
A recessão nascida da pandemia da covid-19 afetou a totalidade do País, mas teve um impacto significativamente maior nas regiões mais dependentes do turismo, assinala o Instituto Nacional de Estatística.
O Algarve e a Região Autónoma da Madeira registaram, em 2020, um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 16,7% e 14,3%, respetivamente, devido ao impacto das restrições à mobilidade nos setores do comércio, transportes, alojamento e restauração.
No destaque relativo às contas nacionais divulgado esta quarta-feira, o INE realça que a quebra do PIB na Área Metropolitana de Lisboa, de 9,5%, e na Região Autónoma dos Açores, de 9,2%, ficou acima do número nacional, de uma recessão de 8,4%. As regiões que melhor conseguiram resistir no ano de 2020 em termos de perda de valor económico foram Alentejo (-8,3%), o Norte (-7%) e o Centro (-5,9%).
“A evolução do PIB das regiões Norte e Centro foi menos negativa que a média nacional, tendo o Valor Acrescentado Bruto (VAB) do ramo do comércio, transportes e alojamento e restauração registado decréscimos menos acentuados nessas regiões (-12,6% e -8,6%, respetivamente)”, sublinha o INE.
Já a Região Autónoma dos Açores, apesar de também ter visto a produção nesses ramos cair 25%, “apresentou uma contração próxima da do país em parte justificada pelas evoluções do VAB dos ramos da agricultura, silvicultura e pesca e das actividades financeiras e de seguros”.
“No Alentejo, o decréscimo do PIB foi, em grande medida, determinado pela contração significativa do VAB do ramo da indústria e energia (-19,4%), em particular em unidades de grande dimensão do setor petroquímico, instaladas no complexo portuário, industrial e logístico de Sines”, esclarece o gabinete de estatística português.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL