O Portimonense venceu esta sexta-feira em casa o Desportivo de Chaves, por 1-0, no jogo de abertura da sétima jornada da I Liga portuguesa de futebol, subindo provisoriamente à quarta posição.
Na marcação de uma grande penalidade, Paulo Estrela marcou, aos 19 minutos, o golo do triunfo dos algarvios, que subiram ao quarto lugar, com 15 pontos, os mesmos do FC Porto, terceiro, que tem menos um jogo.
O Desportivo de Chaves, que terminou reduzido a 10 unidades, devido à expulsão de Steven Vitória (90+2), somou o terceiro encontro seguido sem vencer e é 11.º classificado, com oito pontos.
Penálti de Paulo Estrela conduz Portimonense à terceira vitória caseira consecutiva
O Portimonense somou a terceira vitória consecutiva em casa, na receção ao Desportivo de Chaves (1-0), com golo de penálti de Paulo Estrela, igualando provisoriamente o campeão nacional FC Porto no pódio da I Liga portuguesa de futebol.
Em jogo da sétima jornada da prova, com quatro bolas nos ‘ferros’, duas para os locais e duas para os forasteiros, acabou por ser decisiva a grande penalidade convertida por Paulo Estrela, aos 19 minutos, coroando uma grande exibição do médio português.
Com o regresso às vitórias, a equipa algarvia igualou à condição o FC Porto no terceiro lugar da tabela, ambos com 15 pontos, enquanto os flavienses, que terminaram o encontro com dez unidades, por expulsão de Steven Vitória (90+2), e somaram o segundo desaire seguido, ocupam o 11.º lugar, com oito.
Ambos vindos de derrotas contra dois ‘grandes’, os algarvios frente ao Sporting (4-0) e os transmontanos no terreno do FC Porto (3-0), o Portimonense mudou três ‘peças’ no ‘onze’, enquanto no Desportivo de Chaves se registou apenas uma alteração nas escolhas iniciais.
O início de partida foi equilibrado, mas o conjunto de Chaves aproveitou os espaços na defesa da equipa de Portimão para criar as primeiras ocasiões: aos 13 minutos, João Mendes atirou para defesa de Nakamura e, na sequência da jogada, Héctor Hernández cabeceou ao poste direito da baliza algarvia.
Após o primeiro quarto de hora, Luquinha foi abalroado por Juninho na grande área e o médio Paulo Estrela, em grande plano durante toda a partida, a ‘roubar’ bolas e a construir, converteu a respetiva grande penalidade (19 minutos), estreando-se a marcar pelos algarvios na I Liga.
A equipa de Paulo Sérgio tranquilizou-se com o golo inaugural e começou a assentar o seu jogo, cenário para o qual contribuiu bastante a mudança do ‘4-3-3’ com que tinha iniciado a partida para um ‘4-4-2’ com Welinton e Rochéz no ataque.
O Portimonense esteve logo perto do 2-0, aos 25 minutos, num cabeceamento à barra de Bryan Rochéz, após boa jogada de envolvimento à direita e cruzamento de Luquinha.
Na fase final da primeira parte, os flavienses ‘tremeram’ bastante com o ascendente dos locais, mas Paulo Vítor defendeu os ‘tiros’ perigosos de Luquinha e Ewerton, na mesma jogada (39), e um remate de Welinton Júnior, com ressalto num defesa, foi travado pela barra (43).
No arranque do segundo tempo, o Desportivo de Chaves começou a impor-se, criando perigo num cruzamento de João Correia que saiu direto à barra, quase enganando o guardião Nakamura (54), que aos 61, com o pé, ‘tirou’ a igualdade a Héctor Hernández.
Paulo Sérgio decidiu robustecer o meio-campo algarvio, colocando o ‘trinco’ Diaby pelo avançado Rochéz, troca que permitiu ‘sacudir’, de alguma forma, o ímpeto transmontano, voltando a equilibrar a posse de bola.
Nos minutos finais, uma finalização deficiente de Héctor Hernández em excelente posição (85) e um livre de João Teixeira para defesa de Nakamura (89) tiveram resposta de Luquinha, que viu o guardião Paulo Vítor evitar o 2-0 após jogada em esforço de Gonçalo Costa (90+1).
O Desportivo de Chaves terminou o jogo em inferioridade numérica, face ao cartão vermelho direto para Steven Vitória (90+2), por travar Welinton Júnior, que se isolava após má reposição de bola do guardião forasteiro.
Declarações
Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Foi um jogo difícil, como antevi ontem, porque o Chaves tem uma bela equipa. Naqueles primeiros 15 minutos, o jogo foi dividido, mas o Chaves tem duas boas ocasiões, uma no poste e outra situação.
Ajustámos, mudámos o posicionamento do trio ofensivo e correu bem. Durante a primeira parte, além do golo, de grande penalidade, temos cinco ou seis ocasiões em que podíamos ter matado o jogo e não fomos eficazes.
A segunda parte foi muito dividida, com o Chaves à procura de mudar o rumo dos acontecimentos e nós sempre perigosos, com algumas boas transições para sentenciar o jogo, mas não fizemos o golo e o jogo ficou sempre em aberto até ao final. Um jogo competitivo, agradável de seguir, com jogadas bastante bonitas e um jogo de muito trabalho.
Tiro o ‘chapéu’ ao grupo, um grupo bastante jovem. O campeonato vai fazer deles melhores a cada dia que passa, certamente, mas nunca lhes pode faltar esta humildade, vontade de trabalhar e fazer bem as coisas. É isso que nos tem permitido somar pontos.
O Paulo Estrela está a dar ‘conta do recado’. A qualidade técnica já a reconhecíamos, há três anos que o acompanhamos nos sub-23, mas houve um crescimento muito grande no ano passado, com um trabalho que o tornou mais agressivo, mais forte. Tínhamos de esperar que o corpo desse, porque ele é sereno e tem muita qualidade na decisão.
Mas são vários [jovens], é muita gente que vai andando para a frente, agarrando as oportunidades. Damos oportunidades a quem merece, mas lá dentro têm de justificar, com muito trabalho e atitude, para as suas qualidades serem valorizadas.
Quando estamos a ver os jogos da Liga no sofá, ouvimos falar de nomes e temos aí vários exemplos de jogadores que vêm emprestados de clubes de topo. O nosso campo de recrutamento é outro, dá mais trabalho, mas também quando temos resultados dá um gozo tremendo.
[Portimonense é a surpresa do campeonato?] A classificação assim o diz. Uma equipa bastante jovem. Há grandes apostas noutros lados que não têm os nossos resultados e daí a surpresa. Mas, para quem trabalha todos os dias com eles e vê o quanto eles se dedicam, sabemos que é possível.
Há três/quatro clubes com qualidade muito acima da média e com esses será sempre mais difícil, mas o que nos propomos é arranjar planos e estratégias para tentar sempre conquistar pontos. A semana passada não conseguimos, saiu ‘furado’ [derrota com Sporting]. Mas com muita humildade e pés no chão, nada está feito. Felizes pelo acumulado de pontos, mais do que pela posição na tabela, porque os pontos é que fazem falta, e é com esta humildade e muita vontade de trabalhar que nos apresentaremos depois [da paragem no campeonato].”
Vítor Campelos (treinador do Desportivo de Chaves): “Entrámos muito bem no jogo, entrámos fortes, a fazer aquilo que tínhamos trabalhado. Sabíamos que o Portimonense é uma equipa de qualidade, que procura muito o jogo direto para ganhar segundas bolas e em organização defensiva procura muito o homem, por isso, trabalhámos algumas situações para libertar o Héctor [Hernández] no meio e tentar jogo interior, para depois aparecer apoio frontal e acelerar em corredor.
Fizemos isso a preceito e, nos primeiros minutos, tivemos duas ou três oportunidades em que podíamos ter feito o golo, enviando inclusivamente uma bola ao poste.
A seguir ao penálti e ao golo do Portimonense, ficámos algo intranquilos, errámos muitos passes, com decisões erradas, o que não é característico na nossa equipa. E até ao intervalo, o Portimonense ‘por cima’.
Retificámos no intervalo, falámos que tínhamos de estar muito mais concentrados, muito mais agressivos, no bom sentido, e soltar a bola mais rápido. Creio que na segunda parte estivemos ‘por cima’, enviámos uma bola à barra e tivemos duas oportunidades excelentes pelo Héctor e outra pelo João Mendes.
Triste pelo resultado, não contente com aquilo que fizemos desde o golo até ao intervalo, mas na segunda parte controlámos o jogo, tivemos mais posse de bola e oportunidades e, com mais eficácia, podíamos ter feito o empate.
Não quero falar sobre a arbitragem, como é óbvio, não me compete a mim. [Penálti do 1-0] Daquilo que vi no campo, pareceu-me um lance dividido entre o Juninho e o jogador do Portimonense. Há outra situação em que o Héctor chega primeiro à bola, remata e vê-se claramente que o guarda-redes do Portimonense toca no Héctor. Agora, tenho a certeza que o árbitro fez o melhor trabalho e não posso estar a falar nisso, tenho é de me preocupar com o que consigo controlar.”
Jogo disputado no Estádio Municipal de Portimão
Portimonense – Desportivo de Chaves, 1-0
Ao intervalo: 1-0
Marcadores:
1-0, Paulo Estrela, 19 minutos (grande penalidade).
Equipas:
– Portimonense: Nakamura, Moufi, Pedrão, Relvas, Seck, Paulo Estrela (Henrique Jocú, 90+4), Ewerton (Bruno Reis, 80), Luquinha (Zié Ouattara, 90+4), Rui Gomes (Gonçalo Costa, 80), Welinton Júnior e Bryan Rochez (Diaby, 67).
(Suplentes: Berke Ozer, Zié Ouattara, Henrique Jocú, Ricardo Matos, Gonçalo Costa, Diaby, Sapara, Vinícius e Bruno Reis).
Treinador: Paulo Sérgio.
– Desportivo de Chaves: Paulo Vítor, João Correia, Steven Vitória, Nelson Monte, Bruno Langa, João Teixeira (Hélder Morim, 90+1), Guima (Jô Batista, 90), João Mendes, Benny (Patrick, 70), Juninho (Jonny Arriba, 70) e Héctor Hernández.
(Suplentes: Rodrigo, Habib Sylla, Patrick, Sandro Cruz, Carlos Ponck, Jonny Arriba, João Queirós, Hélder Morim e Jô Batista).
Treinador: Vítor Campelos.
Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Filipe Relvas (45), João Correia (51), Rui Gomes (56), Guima (60), Nakamura (68) e Diaby (88). Cartão vermelho direto para Steven Vitória (90+2).
Assistência: 1.411 espetadores.