O Farense e o Vitória de Guimarães, que estreou o treinador Daniel Sousa, empataram este domingo a dois golos, em encontro da 16.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Faro.
Cláudio Falcão, aos 37 minutos, e Neto, aos 90+8, marcaram os tentos dos anfitriões, enquanto Gustavo Silva, aos 49, e Samu, aos 90, faturaram para os minhotos, que só tinham vencido dois dos últimos 10 jogos sob o comando do agora ‘leão’ Rui Borges.
A formação vimaranense passou a somar 24 pontos, mantendo-se no sexto lugar, enquanto o Farense, que vinha de um triunfo em Famalicão, passou a somar 13, subindo ao 16.º posto.
Farense empata aos 90+8 e estraga estreia de Daniel Sousa no Vitória
Farense e Vitória de Guimarães empataram 2-2, num jogo da 16.ª jornada da I Liga de futebol em que os algarvios impediram, aos 90+8 minutos, a estreia vitoriosa de Daniel Sousa, novo treinador dos minhotos.
Cláudio Falcão deu vantagem aos anfitriões, aos 37 minutos, Gustavo Silva, aos 49, e Samu, aos 90, ambos com assistências de Alberto, viraram o jogo para a equipa vimaranense, cujo melhor futebol justificaria o triunfo, mas Ângelo Neto, aos 90+8, resgatou um ponto para os locais.
O Vitória, que assim leva quatro jogos seguidos no campeonato sem vencer, mantém-se no sexto posto, com 24 pontos, enquanto o Farense, com 13, subiu ao 16.º lugar e deixou a zona de despromoção direta, onde estava desde a terceira ronda.
Com apenas três dias de treinos, Daniel Sousa decidiu operar só uma alteração no ‘onze’ vimaranense face ao empate caseiro com o Nacional (1-1) – ainda com Rui Borges no comando –, com a entrada de João Mendes para o meio-campo, enquanto Tozé Marreco não mexeu na equipa depois do triunfo em Famalicão (2-1).
Os primeiros minutos foram marcados pelo equilíbrio, mas o Vitória, em ‘4x2x3x1’, começou aos poucos a tentar assumir o ascendente, enquanto o Farense, no seu habitual ‘3x4x3’, fechava bem os espaços a defender e, na primeira vez em que delineou uma boa jogada ofensiva, até esteve perto do golo, num remate cruzado de Elves Baldé (24 minutos).
Depois da meia-hora, a formação de Guimarães, a ativar o flanco direito com muito critério, conseguiu finalmente criar perigo, com Gustavo Silva em foco: o avançado brasileiro atirou ao poste esquerdo, aos 33 minutos, aproveitando a passividade da defensiva algarvia, após um remate defeituoso de João Mendes, e cabeceou perto do poste direito, dois minutos depois.
Mais eficaz, o Farense adiantou-se no marcador imediatamente a seguir (36 minutos), de bola parada, num cabeceamento de Cláudio Falcão, após canto da direita de Marco Matias.
Nos descontos da primeira metade, o Vitória voltou a ameaçar, mas João Mendes falhou um desvio à ‘boca’ da baliza e Ricardo Velho ‘voou’ para defender uma cabeçada de Nuno Santos.
O intervalo não travou a dinâmica da equipa minhota, que reentrou em jogo ‘com tudo’, chegando ao empate aos 49 minutos, na sequência de uma grande jogada de Alberto, que recuperou a bola a meio-campo, ultrapassou dois adversários e serviu para a conclusão de Gustavo Silva.
Nesta fase da partida, a superioridade absoluta vitoriana encontrou rival à altura em Ricardo Velho, que parou as tentativas de João Miguel Mendes (54 minutos), Tiago Silva (61) e Gustavo Silva (61), enquanto Nuno Santos rematou ao poste, num lance em que a bola desviou num defensor local (57).
Após 20 minutos de grande fulgor, o ascendente do conjunto de Daniel Sousa continuou a ter expressão na posse de bola, mas já não em ocasiões flagrantes, com o Farense a ganhar de novo tranquilidade defensiva.
Em ‘cima’ do minuto 90, o médio Samu selou a reviravolta, aproveitando mais uma boa jogada e assistência de Alberto, mas, num final de jogo frenético, a equipa de Faro reagiu e garantiu a igualdade aos 90+8, num remate de Ângelo Neto à entrada da área, após corte incompleto da defensiva forasteira, que levou o bem preenchido Estádio de São Luís ‘ao rubro’.
Declarações após o jogo Farense-Vitória de Guimarães (2-2)
– Tozé Marreco (treinador do Farense): “A primeira parte foi boa. Foi um jogo equilibrado, disputado, fomos perigosos em alguns momentos. Mais bola do Vitória, mas só me lembro de uma situação perigosa a acabar a primeira parte. O foi jogo dividido e nós estivemos bem no jogo.
Depois, na segunda parte, o Vitória foi melhor. Não conseguimos condicionar da forma que queríamos, chegávamos um pouco atrasados nos momentos em que tínhamos de pressionar.
Tinha alertado que era importante, nos últimos minutos da primeira parte e nos primeiros minutos da segunda parte – onde o Vitória faz mais golos –, sermos bastante assertivos no incentivo para não deixar ‘adormecer’ e tivemos dificuldades em entrar no jogo na segunda parte.
Quando não dá de uma forma, chegamos de outra. É um ponto resgatado no último suspiro e isso só acontece porque há uma alma, uma crença muito grande, de acreditar até ao fim, sofrer ao minuto 90, ir atrás e ter esse mérito de nunca deixar de acreditar.
Já perdemos pontos nos descontos também e eu acredito muito nos momentos finais. Quando não dá tanto na organização e no que tínhamos planeado, temos de ir com outras ‘armas’.
Esta equipa não se vai salvar só pela qualidade, vai salvar-se muito por causa desta agressividade, desta crença e desta atitude. Davam-nos como absolutamente mortos à sexta jornada e isso é que é de realçar”.
– Daniel Sousa (treinador do Vitória de Guimarães): “[Um ponto sabe a] muito pouco. É frustrante quando os jogadores fizeram tudo para sair daqui com a vitória e tivemos imensas oportunidades.
Na primeira parte, senti alguma intranquilidade em alguns lances, o jogo não fluiu da mesma forma que na segunda [parte]. Ainda assim, tivemos um controlo bom.
Na segunda parte, merecíamos ter saído com outro resultado, claramente. Temos o Ricardo [Velho] a fazer outra vez a fazer um ‘superjogo’.
Sentimento positivo. Obviamente que perder [a vitória] assim, naquele momento do jogo, é sempre muito difícil, mas o sentimento que tinha até ali era extremamente positivo.
A atitude, o comportamento em campo, a forma como estávamos a jogar, a conseguir pôr ideias em jogo e a criar situações de finalização – não concretizámos todas as que tivemos – estavam a agradar-me bastante. O lance [do 2-2] quebra um bocadinho este sentimento que podia ter ficado.
Para que fique registado, é ímpar o apoio que tivemos aqui no estádio dos adeptos que vieram lá de cima. A viagem não é fácil e tivemos uma boa moldura de apoio, o que é muito importante para nós”.
Jogo no Estádio de São Luís, em Faro
Farense – Vitória de Guimarães, 2-2
Ao intervalo: 1-0
Marcadores:
1-0, Cláudio Falcão, 37 minutos.
1-1, Gustavo Silva, 49.
1-2, Samu, 90.
2-2, Ângelo Neto, 90+8.
Equipas:
– Farense: Ricardo Velho, Marco Moreno, Cláudio Falcão, Lucas Áfrico (Artur Jorge, 46, Paulo Victor, 87), Pastor, Miguel Menino (Filipe Soares, 59), Ângelo Neto, Derick Poloni, Elves Baldé (Merghem, 72), Marco Matias e Darío Poveda (Tomané, 59).
(Suplentes: Lucas Cañizares, Paulo Victor, Artur Jorge, Tomané, Álex Millán, Filipe Soares, Raúl Silva, Jaime Pinto e Merghem).
Treinador: Tozé Marreco.
– Vitória de Guimarães: Bruno Varela, Alberto, Óscar Rivas, Mikel Villanueva, João Miguel Mendes (Miguel Maga, 84), Manu Silva (Tomás Händel, 70), Tiago Silva, Nuno Santos (Telmo Arcanjo, 84), João Mendes (Samu, 70), Kaio César e Gustavo Silva (José Bica, 90+3).
(Suplentes: Gui Ribeiro, Miguel Maga, Marco Cruz, Tomás Händel, Telmo Arcanjo, Samu, Zé Carlos, Jorge Fernandes e José Bica).
Treinador: Daniel Sousa.
Árbitro: Bruno Vieira (AF Lisboa).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Cláudio Falcão (30), Óscar Rivas (31), João Miguel Mendes (64), Kaio César (79) e Artur Jorge (84).
Assistência: 6.012 espetadores.
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