A velejar em casa, João Pinto, atleta do Clube Naval de Portimão conquistou o título de vice-campeão do mundo na muito competitiva classe Hansa 303 Single ao vencer 2 das 9 regatas realizadas.
Outro velejador em destaque foi António Nóbrega, atleta do Clube Naval do Funchal que concluiu este mundial na 3ª posição na classe Hansa 2.3, uma classe para velejadores que estão numa fase mais inicial da sua carreira desportiva.
Entre os 19 velejadores nacionais em competição esteve a dupla Guilherme Ribeiro e Pedro Câncio Reis, atletas da Vela Solidária, e que se sagrou recentemente vice-campeã do mundo da classe adaptada RS Venture Connect, em Haia, nos Países Baixos.
Neste mundial de Portimão competiram pela primeira vez na classe Hansa 303 Double como dupla e o resultado final (12º lugar) espelha a adaptação que os 2 velejadores tiveram de desenvolver em relação a um barco diferente.
O polaco Piotr Cichocki, velejador olímpico e já detentor de títulos mundiais, dominou totalmente as 2 classes em que participou. Em Hansa 303 Single venceu 5 das 9 regatas, levando para casa o título de campeão mundial.
Em Hansa 303 Double, onde fez dupla com a sua compatriota Joanna Cichocka, terminou sempre as regatas entre os 3 primeiros lugares e foi sem surpresa que conquistou o troféu mundial nesta classe.
Com a tempestade Aline pelo e dias de vento muito forte, a Organização deste evento, verdadeiramente inclusivo – Iate Clube Marina de Portimão e projeto Vela Solidária – enfrentou um desafio enorme em termos logísticos: “É quase como se tivéssemos a organizar 2 ou 3 campeonatos em simultâneo. É um campeonato do mundo de vela normal e depois é um campeonato em que temos de ter as condições para que estes velejadores se desloquem em todo o recinto, de forma fácil e segura”, referiu Luis Brito, diretor do evento.
“Em terceiro lugar, e é algo que nos orgulhamos, conseguimos proporcionar um programa social intensivo, o que traz um enriquecimento maior do evento e que permite a estes velejadores irem daqui com uma experiência de vida única», referiu Luis Brito, diretor do evento”, acrescenta.
O número de praticantes desta disciplina de vela adaptada está a crescer em Portugal. Na qualidade de presidente da Classe Hansa a nível nacional, Guilherme Reis considera que o que tem acontecido em Portimão é a prova de que a frota de vela adaptada está a crescer, mesmo apesar da falta de apoios.
“Está aqui a prova, mais do que dada. Temos neste momento mais de 200 velejadores de todo o mundo a fazer vela em Portimão. No passado, alguém disse que tudo isto era impossível. Entretanto, já se fez, em 2019, um campeonato da europa com mais de uma centena de velejadores e agora este mundial com mais do dobro”, destaca o dirigente.
Entre 14 e 21 de outubro as águas de Portimão serviram de cenário à maior competição de vela adaptada alguma vez realizada a nível mundial.
Cerca de 230 velejadores de 18 países competiram no Hansa Worlds Portimão Championship, disputando o título de campeão do mundo em 5 classes diferentes, de acordo com o seu nível de deficiência/condicionamento.
Para conhecer os resultados completos basta clicar aqui.
Leia também: Mundial de vela adaptada em Portimão aumenta a autoestima e permite que todos se sintam iguais