A Casa da Serra é um novo polo de atratividade turística, que pretende potenciar os recursos do território serrano.
O novo espaço, que visa dar a conhecer a serra de São Brás de Alportel, o seu território, a sua história de milénios, as suas gentes e tradições, vem complementar a oferta turística da área serrana do concelho de São Brás de Alportel.
À beira de um dos trilhos da Via Algarviana, em plena aldeia de Parises, a Casa da Serra veio reabrir as portas da antiga venda da Ti Joaquina d’Horta, que acolhe agora uma representação em miniatura da Serra do Caldeirão, gentes e tradições, com recurso a figuras nascidas das mãos de artesãos da região.
Um investimento de cerca de 70.000 euros, cuja obra de reabilitação contou com apoio da União Europeia, integrado no PADRE – Plano de Ação e de Desenvolvimento de Recursos Endógenos, no âmbito do Programa Operacional CRESC Algarve 2020.
O Dia de Reis foi de festa na pitoresca aldeia de Parises, (18 quilómetros a norte de São Brás de Alportel) com a celebração do 10.º aniversário do Centro de Convívio de Parises, que abriu portas justamente neste dia, no ano de 2013, em resultado de um projeto de reabilitação da antiga Escola Primária, à qual se seguiu a cerimónia de inauguração da Casa da Serra.
Vice-presidente Marlene Guerreiro enalteceu as dinâmicas desenvolvidas junto da população
A cerimónia contou com a intervenção da vice-presidente Marlene Guerreiro que enalteceu as dinâmicas desenvolvidas junto desta população, que é “um exemplo de resiliência e de sabedoria, extraordinariamente rica em saberes ancestrais que enriquecem a cultura local”.
Vitor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal, aproveitou a ocasião para agradecer a todos os técnicos da autarquia e entidades parceiras, “cujos contributos têm sido decisivos para a diversidade de iniciativas e experiências realizadas com a população serrana ao longo destes 10 anos. Um trabalho recíproco e de proximidade que permite um acompanhamento real às necessidades da população em constante diálogo com a autarquia”.
Neste dia especial, Vitor Guerreiro fez jus à tradição e lançou a Viva que antecedeu a atuação da tradicional Charola da Mesquita grupo que voltou a animar este espaço, dez anos depois da sua abertura.
A música prosseguiu aldeia dentro, até à Casa da Serra que guarda em si histórias de outros tempos… a bonita serra, as suas gentes, costumes e tradições, mas também os seus saborosos produtos que convidam a uma visita obrigatória a este novo espaço, na Rota do Caldeirão.
Autarca Vitor Guerreiro reforçou a importância deste investimento
Na cerimónia inaugural, Vitor Guerreiro, reforçou a importância deste investimento para a continuidade da Estratégia Municipal de valorização territorial e promoção turística, assente nos produtos endógenos e na identidade local.
Aproveitou ainda a ocasião para manifestar o seu apreço pela presença de José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, entidade parceira do município São Brás de Alportel na captação de fundos essenciais ao desenvolvimento das potencialidades de toda a região.
A vice-presidente da Câmara Municipal e vereadora com os pelouros do Património e do Turismo, Marlene Guerreiro, desvendou um pouco da história deste projeto e enalteceu o envolvimento de toda a comunidade na preparação deste espaço de aprendizagem e partilha, que desafia a conhecer os hábitos e costumes da Serra do Caldeirão, numa viagem no tempo. Visitas guiadas para grupos, incluindo escolas, atividades para famílias, caminhadas são algumas das sugestões para toda a família, que podem desde já ser agendadas.
O presidente da CCDR Algarve, José Apolinário, elogiou esta iniciativa de valorização da memória local e respetivo contributo de adicionalidade na intervenção, fulcral para as novas gerações, reforçando que o papel da CCDR Algarve é apoiar investimentos, que, independentemente da sua dimensão, contribuem para a criação de novas sinergias e acrescentam valor ao território.
A antiga Venda da Ti Joaquina d’Horta, onde não faltavam os bailaricos, reabriu as suas portas e deixa espreitar, sob o véu do tempo, a casa típica da serra e os seus mais representativos contextos, em 14 diferentes cenários entre os quais se encontram a cortiça, o mundo do mel, a escola, a fonte e a ribeira, a lida da casa ou o hortejo, enfim uma réplica do passado que traz à memória histórias que enriquecem o presente e lançam sementes para o futuro desta serra que é de todos quanto a visitam.