A Tertúlia Farense inaugurou, na passada quinta-feira, no Parque Ribeirinho, em Faro, um Memorial em homenagem a Fernando Silva Grade, que faleceu inesperadamente em 2019, com 64 anos.
“O Fernando Silva Grade, para além de ser um relevante artista plástico farense, foi um corajoso e acérrimo defensor do património ambiental e cultural algarvios. Defendeu, ao longo de toda a sua vida, o património ambiental e paisagístico, o património construído, o património cultural e identitário algarvios”, afirma a Tertúlia Farense em comunicado.
Este Memorial e a sua localização foram inspirados na sua personalidade, na sua vida e nas escolhas que fez, quer como artista, quer como cidadão.
O Memorial está centrado num imponente bloco bruto de rocha calcária algarvia, com mais de 10 tonedas, enquadrado numa “moldura” em aço corten, da autoria de Amélia Santos. E está localizado no Parque Ribeirinho, um espaço verde que confina com o Parque Natural Ria Formosa.
O Fernando Silva Grade pintava as formações rochosas algarvias, sendo um dos seus principais temas. E do local do Memorial, junto ao Passeio do Parque Ribeirinho com o seu nome, podemos fruir e contemplar a natureza e o paraíso que é Ria Formosa.
O concelho de Faro e o Algarve (ainda) têm um enorme potencial no seu território. Como o Algarve deixou de ouvir voz vibrante do Fernando Silva Grade, única e incessante na sua proteção, a Tertúlia Farense pretende, com este Memorial, “influenciar e perpetuar, nos agentes políticos e sociedade civil, os valores subjacentes ao seu admirável trabalho de cidadania e de intervenção cívica ativa na defesa do património algarvio, com consequências práticas na verdadeira preservação e valorização do território algarvio”.
A Tertúlia Farense convida todos a “fazerem parte deste Memorial, um ‘quadro vivo’ que começou a ser pintado pelo Fernando Silva Grade e que, a partir de agora, é de todos nós”.
A Tertúlia Farense agradece “a todos os que contribuíram para a execução deste Memorial e para o momento festivo em que decorreu a sua inauguração, com destaque para a Algarbritas, S.A., um colecionador, que solicitou anonimato, e a União de Freguesias de Faro, entre muitos outros amigos”.