O nosso colaborador Mário Beja Santos lançou o seu primeiro livro online, “Leituras Inextinguíveis Volume I”, uma prenda de Natal para os leitores.
Na publicação, Mário Beja Santos fala sobre as obras que o marcaram e que dá a conhecer aos leitores. São leituras do passado que não passam de moda, que ultrapassam por direito próprio a cultura do efémero, que roçam as dimensões do cânone da arquitetura, da estética e do estilo, tidas por obras-primas, mas gentilmente remetidas para as estantes, das bibliotecas públicas ou privadas. Livros ensinadores, tantas vezes, e injustamente, tratados como literatura de entretenimento.
Não é por acaso que se começa por John le Carré, um dos maiores escritores britânicos do nosso tempo, erradamente classificado como autor de livros de espionagem, quando toda a sua dimensão é um alerta para as manipulações e safadezas da contemporaneidade, com espiões ou sem eles.
“Seria tautológico declarar que não passam de nótulas pessoais, um tanto desordenadas, redigidas ao sabor de impulsos, após releituras, numa atmosfera de perfeito descomprometimento, daí o leitor se aperceber facilmente que há memórias profissionais, apreciações íntimas, até recordações de viagens e férias, lembranças de uma guerra colonial, mas sempre agarrado ao bordão de que este ou aquele livro foram de tal modo marcantes que se tornaram duradouros, para quem agora os oferece ao leitor. Quando frequento a Feira da Ladra, assim que apanho um exemplar de Kaputt, de Curzio Malaparte, ou Platero e Eu, de Juan Ramón Jiménez, compro-os imediatamente, fazem parte do meu lote de ofertas afetivas”, explica o autor.
“Neste primeiro volume deixei deliberadamente omitidas obras fundamentais da minha formação, caso de alguns clássicos da literatura portuguesa, e cito ao acaso Raúl Brandão, Vitorino Nemésio, Herberto Helder, Mário Cesariny, Sophia de Mello Breyner Andresen, ou Rúben A., entre tantos outros. Haverá oportunidade para me afoitar a tal empreitada”, acrescenta Mário Beja Santos.
O livro está disponível aqui.