O ano de 2022 foi um ano excecional a todos os níveis e profundamente marcado pelo impacto, da pandemia de covid-19 na vida de todos nós, em particular nos setores da hotelaria e restauração, cujo trabalho se pretende elogiar e destacar com este guia. Mantemos, desde a primeira edição deste guia anual, em 2003, o propósito de avaliar e selecionar os melhores restaurantes e alojamentos em território nacional. O resultado está à vista desde 8 de abril, data em que chegou às bancas a edição deste ano do guia. Conheça a seguir os melhores restaurantes portugueses de 2022 para o guia Boa Cama Boa Mesa.
O guia Boa Cama Boa Mesa, nas bancas desde 8 de abril, pode ser adquirido AQUI ou encomendado através do Tel. 214698801 (dias úteis das 9h00 às 19h00 e sábados das 9h00 às 17h00). O guia Boa Cama Boa Mesa 2022, que conta com o apoio do BPI e do Recheio, custa €18,90.
Platina
Foram quatro os restaurantes distinguidos com Garfo de Platina, o mais alto galardão atribuído pelo Boa Cama Boa Mesa, na área da restauração. Esta distinção coube ao Belcanto (Tel. 213420607) de José Avillez, que “atingiu a maturidade, deixando para segundo plano a vertente mais cénica e de surpresa. “Cozinha portuguesa revisitada” é a forma como se anunciam os dois menus disponíveis ao almoço e ao jantar”. Também o Ocean (Tel. 282310200 – Porches, Lagoa), liderado por Hans Neuner conquistou este troféu, pela ementa apresentada que “resulta de muitas viagens à procura de ingredientes e técnicas aprendidas às vezes com cozinheiras locais, às quais o chef presta homenagem”.
O Rei dos Leitões (Tel. 231202093) repete o galardão, no ano em que faz 75 anos, considerando o guia que “a maior distinção vai para o serviço, sempre atento a tempos de espera, preferências e satisfação: cada cliente é, enfim, um rei”. O último Garfo de Platina foi atribuído ao The Yeatman (Tel. 220133100) liderado por Ricardo Costa, por um menu “muito consistente, e pensado para ser uma evolução de aromas e sabores”.
Ouro
A Cozinha por António Loureiro (Tel. 253534022) em Guimarães, mantém a distinção, por “perseguir o objetivo de conceder renovado fundamento a uma palavra cada vez mais imperativa, principalmente aqui, onde goza de estatuto próprio: a sustentabilidade”. Segue-se o Alma (Tel. 213470650) de Henrique Sá Pessoa, eleito também Chef do Ano, pela “exigência máxima, atenção ao detalhe e aposta renovada no menu Costa a Costa”, logo seguido pela Casa de Chá da Boa Nova (Tel: 229940066) onde Rui Paula assume a “missão de fazer brilhar os ingredientes sem mascarar os sabores originais”. Regressado ao Garfo de Ouro, o Feitoria (Tel. 210400200) de João Rodrigues, por assumir que “queremos que quem nos visite volte a sentir o cheiro molhado da terra e da brisa do mar, que tenha contacto com o produto e com as pessoas que o tratam”.
Na lista dos premiados, segue-se o Fifty Seconds by Martín Berasategui (Tel. 211525380) por um menu onde se “entra num mundo de sabores e texturas que tanto impactam os sentidos como convidam a descobrir as subtilezas acrescentadas por cada produto”. Em Bragança, o G Pousada (Tel. 273331493) de António e Óscar Gonçalves é distinguido por uma ementa que “abraça tanto a tradição e novos projetos locais como as aventuras até ao mar”. Na Madeira, o Il Gallo d’Oro (Tel. 291707700) de Benoît Sinthon destaca-se pelo “novo Menu Terroir by Benoît Sinthon é uma soberba ode à tradição madeirense”.
Já em Viseu, o Mesa de Lemos (Tel. 961158503) de Diogo Rocha também é Garfo de Ouro, por um restaurante onde os “dois menus à disposição, o Menu Lemos e o Menu do Chef” apresentam uma “simplicidade dos nomes” que “não traduz a complexidade dos pratos, a riqueza do sabor nem o domínio perfeito das técnicas pela equipa de cozinha”.
Regressado aos premiados está também o Vila Joya (Tel. 289591795 – Albufeira), liderado por Dieter Koschina, um chef que observa os “tachos e panelas como um tela em branco e, como qualquer artista, solta a imaginação, com a certeza de que sairá dali uma obra-prima”.
O Vista Restaurante (Tel. 282460280 – Praia da Rocha, Portimão) de João Oliveira que, além das novidades na sala, “aposta nos produtos do mar e nos surpreendentes menus”.
O último Garfo de Ouro é do Vistas Rui Silvestre (Tel. 281950950 – Monte Rei Golf Club, Vila Real de Santo António) que sobe, em relação ao ano anterior, uma vez que o “menu deste ano comprova que Rui Silvestre atravessa atualmente um dos mais criativos momentos da sua carreira”.
Prata
Por ordem alfabética, o primeiro Garfo de Prata cabe ao 100 Maneiras (Tel. 910918181) do mediático Ljubomir Stanisic, restaurante onde “existe irreverência, experimentalismo, exageros e heresias, mas, acima de tudo, todos os momentos dos menus de degustação revelam técnica e sabores apurados”. O Antiqvvm (Tel. 226000445), por ser um restaurante onde “à mesa, Vítor Matos trabalha produtos sazonais e maioritariamente portugueses e funde-os com sabores de outros cantos do mundo” também é premiado. O Cura (Tel. 213811401) é distinguido pela genialidade e a criatividade que transformam Pedro Pena Bastos num dos mais destacados chefs desta geração”, enquanto o Euskalduna Studio (Tel. 935335301) liderado por Vasco Coelho Santos destaca-se por ser “a sazonalidade, desde, o primeiro dia, um dos focos do projeto”.
O Ferrugem (Tel. 252911700) de Renato Cunha, é distinguido pela “constante procura pela inovação que se reflete numa carta que evolui sem perder a essência e faz brilhar os ingredientes bem portugueses (a maioria regionais), que elevam a qualidade dos pratos”. Quanto à Fortaleza do Guincho (Tel. 214870491) liderado por Gil Fernandes ganha o Garfo de Prata por criar “um conceito de base a partir dos valores essenciais que marcam o restaurante: a localização, junto ao mar, mas com a serra de Sintra sempre presente, bem como a qualidade e sazonalidade dos produtos”. Em Lisboa, o JNcQUOI Avenida (Tel. 219369900) onde comanda António Bóia, destaca-se pelo “objetivo de transformar o JNcQUOI numa grande montra da cozinha portuguesa tradicional, servida na ementa, e nas semanas com produtos e receituário sazonal, ou através do convite dirigido a restaurantes regionais”.
O Largo do Paço (Tel. 255410830) em Amarante, comandado por Tiago Bonito, a distinção deve-se ao menu, “marcado por sabores intensos, contrastes de texturas e detalhes originais, o menu de degustação Homenagem, focado na evolução da cozinha portuguesa” e o LOCO (Tel. 213951861) de Alexandre Silva é premido pelos “jogos cénicos do arranque deste projeto, em 2015, que deram agora o total protagonismo à experiência gastronómica servida em 16 momentos”. O Ò Balcão (Tel. 243055883) de Rodrigo Castelo regressa aos premiados, pela “ligação à memória, tradições e produtos da região, marcada pelas lezírias e pelo Tejo”. No Porto, o restaurante Pedro Lemos (Tel. 220115986) destaca-se pela “perfeição técnica e a complexidade dos molhos e caldos, pela intensidade de sabores que acontece em crescendo”.
O Pequeno Mundo (Tel. 289399866 – Loulé) comandado por Sara Vilela distingue-se pelo “apurado sentido estético e de respeito pela sazonalidade dos produtos, patente nos menus que constrói ao sabor das estações” concebido pelo chef Valentim Carmo, enquanto o Prado (Tel. 210534649), liderado por António Galapito destaca-se por um menu “do campo para a mesa e Antidesperdício. Para o chef, a Natureza dita a ementa”. Novidade nesta lista é o Restaurante Herdade do Esporão (Tel. 266509280) onde Carlos Teixeira apresenta uma ementa onde a “região está representada em prol dos produtores dos arredores. Tudo é aproveitado ao máximo – os legumes, até ao caule; a fruta, até ao caroço; o peixe, até às entranhas; a carne, até ao tutano”.
A Chef do Ano de 2021, e o Restaurante Noélia & Jerónimo (Tel. 281370649 – Cabanas, Tavira) continuam a constar na lista dos premiados, porque “na Noélia o que é bom é o produto, sempre muito fresco, e, se não for, mando para trás”.
Termina esta lista o Solar dos Presuntos (Tel. 213424253) já que, “apesar de ter duplicado o espaço, esta casa mantém o número de lugares e não alterou um milímetro a qualidade do que é servido à mesa”.
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