A exposição “Memória Futura”, de corpo atelier, vai inaugurar na próxima sexta-feira, às 17:00, na Galeria Gama Rama, em Faro, com 17 desenhos que exploram a essência de espaços imaginários desabitados, desafiando as fronteiras do tangível e do efémero.
Esta exposição remete-nos para um universo onde a arquitetura se entrelaça com a imaginação, proporcionando aos visitantes uma oportunidade única de explorar aqueles espaços, vazios ou em escombros e a refletir sobre a persistência das memórias. Por vezes, mudamo-nos, mas continuamos a habitar as casas onde vivemos.
Segundo a Gama Rama, “nenhum dos espaços representados nesta coleção existiu verdadeiramente. Nenhum foi construído e, provavelmente, nenhum virá a sê-lo. De qualquer modo, isso não significa que não tenham sido, de alguma forma, habitados. Muito pelo contrário, percebes? Todos eles testemunharam algum tipo de permanência imaginária. Vestígios de movimentos e quietudes, de encontros e solidão. Promessas do que poderia ou viria a acontecer mas, por ora, não aconteceu. Ainda assim, todos eles foram, em algum momento, tão reais como outra coisa qualquer. É uma pena que não tenhas estado lá para ver.”
“Memória Futura” oferece-nos, assim, “uma visão única da mente criativa de corpo atelier, explorando a interseção entre arquitetura e arte. Cada desenho é uma narrativa visual que desafia a perceção tradicional do espaço, convidando os espectadores a mergulhar num reino de possibilidades e reflexões”.
A exposição estará patente até 13 de abril e pode ser visitada de terça a sexta-feira, entre as 11:00 e as 17:00 e sábados, das 10:00 às 14:00.
Corpo é um atelier de arte e arquitetura focado na exploração e expansão da anatomia arquitetónica, fundado por Filipe Paixão em 2014, em Faro.
Selecionado pelo ArchDaily como um dos” 20 Best Young Practices of 2020″, destaca -se a sua presença na Bienal de Arquitetura de Veneza em 2023.
Os seus trabalhos artísticos integram várias coleções, como a Casa da Cerca e a Fundação Calouste Gulbenkian.
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