Paisagens que prevaleciam em Moçambique há aproximadamente 252 milhões de anos são agora interpretadas e transformadas numa ferramenta de ensino e de promoção da literacia científica e ambiental, podendo ser visitadas numa exposição a inaugurar no dia 8 de junho, na Biblioteca da Universidade do Algarve, no Campus de Gambelas.
Através do projeto de investigação científica Paleoclimoz, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, foram realizados estudos de pólenes e esporos fósseis e de geoquímica por investigadores do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da UAlg, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) e do Instituto Dom Luiz.
Segundo explica a Universidade do Algarve, “através destes estudos, estão a conseguir caraterizar-se os paleoambientes e paleoclimas que existiam no antigo continente Gondwana, área geográfica que atualmente contempla Mozambique, incluindo as alterações que se verificaram durante a maior extinção em massa que se conhece no registo geológico”.
Ancorando-se nos dados científicos deste projeto, os investigadores resolveram dar um passo em frente, e tornar os conteúdos obtidos numa ferramenta de ensino e de promoção da literacia científica e ambiental a diversos níveis, nomeadamente, ao nível do público em geral. Para tal, desenvolveu-se uma sinergia entre investigadores da área da Geologia e docentes da área das Artes da Universidade do Algarve, criando-se um exercício concreto numa unidade curricular do 2º ano da licenciatura em Imagem Animada, que deu origem aos elementos que compõem esta exposição.
A conexão estabelecida entre a Ciência e a Arte deram origem à criação de diversas paisagens que ilustram a curiosidade do público.
A exposição irá passar por diversos eventos regionais e nacionais, incluindo o Algarve Design Meeting, a decorrer entre 21 e 26 de junho deste ano.
Sobre a Universidade do Algarve:
A Universidade do Algarve (UAlg) tem atualmente cerca de 8 mil estudantes, 23% dos quais internacionais, oriundos de mais de 85 nacionalidades, onde se destaca o Brasil, país com maior representatividade, ultrapassando os 900 estudantes.
Com 41 anos de existência, aparece pela segunda vez consecutiva no ranking do Times Higher Education (THE) Young University Rankings 2019, que analisa o desempenho de instituições de ensino superior criadas há 50 anos ou menos, destacando-se no indicador que avalia a projeção internacional.
Em 2019 voltou a integrar a lista das melhores do mundo no Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects, destacando-se como a melhor universidade portuguesa na área de Hospitality & Tourism Management. O Shanghai Ranking’s selecionou as 300 melhores instituições de todo o mundo, colocando a UAlg no Top 100, com a melhor classificação nacional nesta área, entre as posições 51-75, liderando o lote das quatro universidades portuguesas avaliadas. Pela primeira vez, na posição 101-125, também apareceu no ranking do Times Higher Education (THE) Europe Teaching Rankings 2019, que analisa o desempenho do ensino em instituições de ensino superior europeias.
Em 2020 integra pela primeira vez o Times Higher Education Impact Rankings, que avalia o desempenho e contributo das universidades para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, colocando-se na posição 201-300, entre 766 IES, de 85 países, que cumpriram os requisites de inclusão.
A UAlg oferece cursos de formação inicial e pós-graduada, nas suas diversas áreas de formação: Artes, Comunicação e Património; Ciências Sociais e da Educação; Ciências e Tecnologias da Saúde; Ciências Exatas e Naturais; Economia, Gestão e Turismo; Engenharias e Tecnologias.
A sua localização privilegiada junto ao Aeroporto Internacional de Faro e o grande número de novas rotas aéreas de ligação às principais cidades portuguesas (Porto e Lisboa) e europeias, bem como as excelentes condições que a UAlg e a região têm para oferecer, fazem com que, cada vez mais, a academia do sul do país adquira um estatuto central e internacional.