
das conserveiras nacionais (Fotos D.R)
O filme-documentário “Portugal Tem Lata” vai ser exibido no próximo dia 15 de julho, pelas 19 horas, em ante-estreia, no Auditório do Museu de Portimão, sendo posteriormente transmitido pela RTP. A entrada é livre.
Durante anos considerado um alimento de tropas e de pobres, algumas conservas de peixe atingem hoje um estatuto de sabor e qualidade “gourmet” e são já um símbolo português presente em todo o mundo. A história do país dos últimos séculos é indissociável da indústria conserveira, da qual Portugal chegou a ser o maior produtor a nível mundial.
O documentário “Portugal Tem Lata” propõe-se recuar aos primórdios das conserveiras nacionais para depois abordar, durante cerca de uma hora e 40 minutos, o longo caminho que foi necessário percorrer até ao ponto em que se encontra hoje este sector económico tão determinante para o país.

A narrativa divide-se em duas partes. A primeira atravessa as quatro fases principais da indústria em Portugal até ao final da Segunda Guerra Mundial: o período “histórico” até 1855, quando se inicia a “industrialização” (até 1880), entrando depois numa fase “tecnológica” (até 1920) e de desenvolvimento “socioeconómico” (até 1945).
Já a segunda parte do documentário, realizado por João Trabulo da NewTalks e Rui Pregal da Cunha, antigo vocalista da banda Heróis do Mar, reflete sobre “a grave crise e a decadência do sector no pós-guerra”, o período em que as fábricas de conservas quase deixaram de existir, entre o 25 de Abril e os finais dos anos 1980, até à “tendência atual de glorificação das conservas como produto trendy”.
Das 152 fábricas de conservas de peixe que existiam em Portugal nas vésperas da Segunda Guerra Mundial restam hoje 21.
(CM)