Foi uma noite, com a atuação de Salvador Sobral e Maria João no projeto Mutrama – música tradicional madeirense revisitada, repleta de público encantado que encheu a Praça da República ontem à noite, em mais uma iniciativa Verão Tavira da autarquia

Mutrama reúne vários músicos que foram convidados para reinterpretar 12 canções do cancioneiro tradicional da Ilha da Madeira. São 600 anos de gente que aconteceu viver numa ilha, de ciclos económicos, migrações, colónias, orquestras pobres, festas sagradas e vernáculas e cantigas.

A direção musical é do guitarrista André Santos, que convidou um conjunto de intérpretes para dar vida a estas canções, a maior parte delas perdidas no tempo e desconhecidas do grande público.

Ao trio base assegurado por André Santos, nas guitarras e nos cordofones madeirenses (braguinha, rajão e viola de arame), António Quintino no contrabaixo, e Joel Silva na bateria e percussões, juntaram-se as vozes de Maria João, Salvador Sobral, Ricardo Ribeiro e Mariana Camacho, o saxofone soprano do tavirense Desidério Lázaro e que ontem fez anos, o saxofone tenor de Francisco Andrade, e ainda Graciano Caldeira, também no cordofone madeirense, braguinha. Bernardo Barata (Diabo na Cruz) foi o responsável pela gravação e pós-produção do disco.
Mutrama representa uma reconciliação com o passado e, com ele, a devolução de um cancioneiro português quase completamente desconhecido, abafado que esteve pela promessa de cosmopolitismo e pela folclorização.
Esta iniciativa é coordenada pela Associação Musical e Cultural Xarabanda, a partir das recolhas que realizaram nas décadas de 80 e 90, com a produção da Associação Wamãe e Filipe Ferraz, e é apoiada pela Câmara Municipal do Funchal.
O concerto de estreia do projeto Mutrama deu-se no Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal, há uma ano, dia 19 de julho, com o lançamento do primeiro disco.
O seu primeiro concerto fora da pérola do Atlântico, foi no passado dia 4 de Outubro de 2018 em Lisboa, no São Luiz Teatro Municipal, na sala Luis Miguel Cintra.

Nasceu e viveu em Lisboa. Aos 10 anos de idade, mudou-se e passou a residir na cidade de Tavira
Sempre à procura de novos desafios, Miguel agarrou uma paixão antiga – a fotografia. Vivendo-a no início como um hobby, revela que a inspiração livre e natural por detrás da lente será fruto do seu trabalho final.
Daí nasceu o lema: “Feel Free Photography”
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