A exposição “Pela paz, contra as armas nucleares” foi inaugurada no dia 3 de maio, no Edifício dos Paços do Concelho de Silves, e pode ser apreciada até 4 de junho, entre as 9:00 e as 16:00.
Na inauguração estiveram presentes Sofia Costa da Direcção do CPPC, Elídia Luís da direcção da PAX, Saúl de Jesus vice-reitor da UAlg, e vários membros do executivo Municipal de Silves, incluindo a presidente Rosa Palma.
Trata-se de uma iniciativa do Conselho Português para a Paz e Cooperação – CPPC em colaboração com a Peace and Art Society, que conta com o apoio da autarquia de Silves.
“Setenta e cinco anos depois do holocausto de Hiroxima e Nagasaki, em 1945, com centenas de milhares de mortos e efeitos que até hoje perduram, o armamento nuclear continua a ser desenvolvido e hoje apenas um por cento das ogivas nucleares existentes chegaria para destruir a civilização humana”, recorda o Conselho Português para a Paz e Cooperação, acrescentando que “o desarmamento nuclear global é uma questão central na defesa da paz, para a sobrevivência da própria espécie humana e da manutenção da vida sobre a Terra como hoje a conhecemos”.
A questão do armamento nuclear está em “cima da mesa”, e o CPPC tem tido várias acções para promover a campanha pelo Tratado de Proibição de Armas Nucleares.
O Tratado de Proibição de Armas Nucleares foi lançado em Julho de 2017 pelos 122 Estados participantes na conferência das Nações Unidas realizada com o objetivo de negociar um instrumento juridicamente vinculativo para a proibição de armas nucleares, que conduza à sua total eliminação: com a ratificação das Honduras, no passado dia 24 outubro, atingiu-se a marca necessária para a entrada em vigor do Tratado.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação saúda “a ratificação por 50 estados do Tratado de Proibição de Armas Nucleares, que dessa forma entrará em vigor em janeiro de 2021”.
“Este facto constitui uma significativa vitória dos que, em todo o mundo e também em Portugal, se batem há décadas pela interdição deste tipo de armamento. Ao mesmo tempo que aumenta a pressão sobre os restantes Estados para que, com a sua adesão plena ao tratado, contribuam para um mundo livre de armas nucleares”, salienta o conselho.