O Município de Loulé vai integrar uma exposição que evoca o sismo de 1969. A exposição vai estar patente ao público, de 20 de agosto a 16 de setembro, nos Claustros do Convento Espírito Santo, em Loulé.

A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal de Loulé, através do Serviço Municipal de Proteção Civil e da Divisão de Cultura, Museu e Património.
No ano em que se assinala 50 anos desde este momento que assolou o país, em especial o sul, “a exposição ’28 de fevereiro de 1969, memórias do sismo’, promovido pela Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES) e Centro Europeu de Riscos Urbanos (CERU), tem como principal objetivo ajudar a preservar a memória coletiva do sucedido nessa data, lembrar o passado para compreender o presente e preparar o futuro, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis”, conforme dá conta a nota de imprensa enviada pela autarquia louletana.
Recorde-se que o sismo de 1969, de magnitude 7,9 na escala de Richter, deu-se pelas 3:41 horas de 28 de fevereiro. Atingiu o sul de Portugal e a região de Lisboa mas também foi sentido no Norte, sendo considerado o mais importante do século XX em território nacional.
O sismo provocou alarme e pânico entre a população, cortes nas telecomunicações e no fornecimento de energia elétrica. Registaram-se 13 vítimas mortais em Portugal continental, dois como consequência direta do sismo e 11 indiretas.
É fortemente expetável que o território do concelho de Loulé, bastante atingido no passado por diversos abalos sísmicos, por se situar numa zona de sismicidade de grau 9 e 10 (“sismicidade máxima”), possuindo também as falhas sísmicas denominadas de Loulé e de Querença, venha a ser afetado com consequências graves por um evento relacionado com este risco natural pelo que a sensibilização para as medidas a adotar numa situação de catástrofe natural como é o caso de um sismo continua a ser uma das grandes apostas do Serviço Municipal de Proteção Civil de Loulé.
A inauguração da exposição vai realizar-se no dia 20 de agosto, pelas
18 horas, com enquadramento histórico do sucedido no Município de Loulé e apresentação de memórias vivas contadas na primeira pessoa.
(SP/HDF)