Esta aldeia histórica, no centro de Portugal, é cenário de vários filmes famosos, como ‘Donzela’, da Netflix e, mais recentemente, de um recém-chegado aos cinemas. É uma aldeia da época medieval que por lá ficou e conta com um prémio de “Melhor Aldeia Turística” pela Organização Mundial do Turismo em 2023.
Há uma aldeia histórica no centro de Portugal que é palco de um novo filme que acabou de chegar aos cinemas. A história de ‘1506 – O Genocídio em Lisboa‘ recua ao tempo da Lisboa quinhentista. Assim, foi necessário procurar cenários para recriar aquele ambiente e, graças à conservação desta aldeia, cuja fisionomia urbana e arquitetónica se mantém inalterada desde o renascimento até aos nossos dias, revelou-se um dos locais ideais para o efeito.
A Aldeia Histórica de Sortelha, localizada no Sabugal, entre a Serra da Estrela e a Reserva Natural da Serra da Malcata, tem sido cenário de outras produções de Hollywood, como é o caso do recente filme ‘Donzela’ da Netflix. É considerada, a par de outras 11, uma das aldeias históricas de Portugal.
A freguesia tem um castelo do século XIII, mandado construir por D. Sancho II em 1228, depois do seu homónimo D. Sancho I ter, em 1187, tomado medidas para repovoar o lugar. De fundação medieval, esta vila fronteiriça tornou-se sede de concelho em 1288, perdendo esse estatuto no século XIX depois da reorganização administrativa liberal.
Com mais de 800 anos de história, esta aldeia parece parada no tempo. Alguns dos seus pontos de interesse são o castelo e o centro histórico, mas também a Casa Número Um (que data dos tempos medievais) ou a Igreja Matriz, que data de 1573. Sortelha recebe em setembro a feira medieval Muralhas com História, um evento temático em que o interior das suas muralhas recua aos tempos da Idade Média.
“O caráter medieval deste aglomerado é a enormidade das muralhas que o rodeiam. A espessura delas, e também a dureza da calçada, as ruas íngremes e empoleirada sobre pedras gigantescas, a cidadela, último refúgio de sitiados, derradeira e talvez inútil esperança. Se alguém venceu ciclópicas muralhas de fora, não há de ter sido rendido por este castelinho que parece de brincar”, escreveu José Saramago na sua obra ‘Viagem a Portugal’, em 1981.
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