A bateria de um automóvel é essencial não só para o arranque do motor, mas também para alimentar diversos componentes eletrónicos como as luzes, os vidros elétricos, os fechos centrais, a rádio ou o ecrã digital. A sua durabilidade média ronda os quatro a cinco anos, embora alguns hábitos possam acelerar o seu desgaste.
Rádio ligada com o motor desligado
Um dos comportamentos que mais contribui para a redução da vida útil da bateria é o uso de equipamentos elétricos com o carro parado. Ouvir música ou notícias com o motor desligado pode parecer inofensivo, mas, na verdade, consome energia diretamente da bateria.
Durante um apagão, é fácil esquecer-se
Nos recentes cortes de energia que afetaram Portugal e Espanha, muitos recorreram ao carro como alternativa para se manterem informados ou simplesmente passarem o tempo. No entanto, esta prática pode ter custos inesperados, como a descarga total da bateria.
Sem motor, sem recarregamento
Segundo o El Motor, quando o motor está desligado, a bateria não consegue recarregar-se, pois depende do alternador em funcionamento para recuperar energia. Assim, qualquer utilização elétrica retira-lhe capacidade, sem que esta seja reposta.
A descarga da bateria pode ocorrer se o sistema de som for usado durante longos períodos ou se o condutor se esquecer de o desligar antes de sair do veículo. Alguns modelos mais recentes já incluem um modo de desligamento automático para prevenir este tipo de situações.
Há formas de evitar problemas
Uma medida simples para quem pretende ouvir música por mais tempo é ligar o motor de meia em meia hora, mantendo-o em funcionamento cerca de dez minutos. Desta forma, a bateria vai-se repondo e evita-se o risco de ficar com o carro parado.
Veículos elétricos também são afetados
Nos automóveis elétricos, o impacto é semelhante. Embora o sistema de áudio consuma menos energia do que o necessário para circular, a sua utilização contínua reduz a autonomia disponível, afetando a gestão da bateria.
Um estudo publicado pela revista Wired analisou mais de cinquenta componentes de carros elétricos. A conclusão foi clara: o conjunto de equipamentos ligados pode diminuir a autonomia em até 16 quilómetros por hora de uso contínuo.
Recomendamos: Não se distraia a abastecer em Espanha: esta ‘nova’ infração é cada vez mais comum e multas vão até 6.000€
Entre os sistemas analisados incluem-se os de climatização, infoentretenimento, carregadores USB, limpa para-brisas e o próprio sistema de som. Tudo contribui para uma redução gradual, mas significativa, da autonomia.
Em carros convencionais, o consumo varia
Num automóvel a combustão, um sistema de som em volume máximo pode atingir os 100 watts de potência. Apesar de parecer pouco, é suficiente para ter impacto se usado durante muito tempo sem o motor ligado.
Equivalência em quilómetros
No caso dos elétricos, esse consumo equivale a cerca de 100 Wh (watts-hora), o que se traduz numa perda de aproximadamente meio quilómetro de autonomia por cada hora de uso apenas do sistema de som.
Modelos topo de gama não gastam mais
Segundo o mesmo estudo, os sistemas de som premium não consomem significativamente mais do que os convencionais. O verdadeiro impacto na bateria está no uso prolongado do ar condicionado ou aquecimento.
O sistema de climatização é apontado como o mais exigente em termos de consumo, retirando até 3,5 kWh por hora. Para os condutores de carros elétricos, isto representa uma perda mais acentuada de autonomia.
Cuidados simples prolongam a vida útil
Para evitar surpresas desagradáveis, é importante conhecer os hábitos que desgastam a bateria. Desligar equipamentos elétricos quando o carro está parado e usar o motor para recarregar regularmente são boas práticas que ajudam a prolongar a vida útil da bateria.
Leia também: Esta localidade a meia hora do Algarve tem uma “alta qualidade de vida” e fica ao pé da praia