Os pneus novos devem ir à frente ou atrás? Saiba qual a opção (bem) mais segura

A substituição de pneus é uma questão essencial para a segurança rodoviária. Muitos condutores deparam-se com a dúvida sobre onde devem instalar os pneus novos quando apenas podem trocar dois de cada vez. A escolha entre o eixo dianteiro ou traseiro pode ter um impacto significativo no desempenho do veículo e na estabilidade em estrada.

A recomendação dos especialistas

Segundo a Euromaster, o ideal é substituir os quatro pneus ao mesmo tempo para manter um equilíbrio adequado na condução. No entanto, como o desgaste nem sempre é uniforme, muitas vezes os condutores optam por trocar apenas dois. Nestes casos, saber em que eixo colocar os novos é essencial para evitar problemas de segurança.

O motivo para trocar dois em vez de quatro

Comprar um conjunto completo de pneus pode representar um investimento elevado, o que leva muitos condutores a tentar prolongar a vida útil dos que ainda estão em boas condições. Desde que respeitem a profundidade mínima legal de 1,6 milímetros e não apresentem danos estruturais, pode fazer sentido manter dois pneus antigos.

A escolha mais segura: eixo traseiro

Os fabricantes e especialistas são unânimes: os pneus novos devem ser instalados no eixo traseiro, independentemente do tipo de tração do veículo. Esta escolha está suportada por testes realizados em estrada, que demonstram que um eixo traseiro com melhor aderência reduz significativamente o risco de perda de controlo do carro.

A importância da aderência traseira

Colocar os pneus novos atrás traz várias vantagens, como maior aderência em pisos molhados, estabilidade em curvas, melhor resposta em travagens e menor risco de derrapagem. Estas características tornam a condução mais segura e previsível, especialmente em condições adversas.

Os riscos de instalar pneus novos à frente

Muitos condutores pensam que colocar os pneus novos no eixo dianteiro é a melhor opção, pois estas rodas são responsáveis pela direção e maior parte da travagem. No entanto, esta decisão pode comprometer a segurança, já que os pneus traseiros mais desgastados reduzem a estabilidade do veículo em curvas e em pisos escorregadios.

Efeito da tração dianteira ou traseira

A ideia de que a tração do carro influencia a decisão é um mito. Independentemente de um veículo ser de tração dianteira, traseira ou integral, o mais seguro continua a ser instalar os pneus novos atrás. Isto porque, em caso de perda de aderência, é mais difícil recuperar o controlo se os pneus traseiros forem os mais desgastados.

Recomendamos: “Para ganhar, é preciso jogar”: conheça os ‘truques’ do homem que venceu 7 vezes a lotaria

O perigo da sobreviragem

Se os pneus dianteiros forem novos e os traseiros estiverem desgastados, o carro pode entrar em sobreviragem, ou seja, a traseira perde aderência e desliza para fora da curva. Esta situação é extremamente perigosa e difícil de corrigir, podendo levar a acidentes graves.

Subviragem versus sobreviragem

Quando os pneus dianteiros têm menos aderência, o veículo tende a subvirar, o que significa que resiste a virar nas curvas e tende a deslizar para fora da trajetória. Apesar de não ser desejável, a subviragem é mais fácil de corrigir do que a sobreviragem, onde a traseira do carro foge de forma descontrolada.

Equilíbrio na troca de pneus

Manter um equilíbrio na aderência entre os eixos do veículo é essencial para garantir uma condução segura. Pneus novos no eixo traseiro ajudam a evitar situações de descontrolo em travagens bruscas ou em curvas apertadas.

A influência das condições meteorológicas

Em estradas molhadas, a importância de ter os pneus novos no eixo traseiro é ainda maior. A água reduz a aderência do asfalto, aumentando o risco de derrapagem. Pneus desgastados na traseira aumentam as probabilidades de perda de controlo do veículo em situações inesperadas.

Manutenção regular para evitar trocas parciais

Para evitar a necessidade de trocar apenas dois pneus de cada vez, é aconselhável rodar os pneus entre eixos regularmente. Esta prática ajuda a garantir um desgaste uniforme e prolonga a vida útil do conjunto completo.

Conclusão: a escolha que faz a diferença