A segurança nas estradas é uma preocupação cada vez mais presente em Portugal e em toda a Europa. Com o aumento do tráfego e da sinistralidade rodoviária, compreender e respeitar a sinalização torna-se essencial para todos os condutores. Entre os diversos sinais existentes, há alguns menos conhecidos, mas com um papel crucial na prevenção de acidentes.
Radares como aliados da segurança
Os radares de velocidade têm vindo a ganhar destaque como ferramentas importantes para promover uma condução mais segura. Para além de fiscalizarem o cumprimento dos limites de velocidade, funcionam como um incentivo à adoção de comportamentos mais responsáveis ao volante.
Durante o ano de 2024, foram instalados 37 novos radares de velocidade em várias zonas do país. Esta medida reforça a rede de fiscalização existente e pretende reduzir o número de infrações associadas ao excesso de velocidade.
Na região do Algarve, foram colocados três destes novos equipamentos: um no concelho de Faro e dois no concelho de Albufeira. Estes dispositivos fazem parte do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO).
De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), todos os radares pertencentes ao SINCRO estão devidamente assinalados. Isso significa que os condutores são previamente informados da existência de fiscalização, através de sinais específicos colocados na estrada.
Conhece os sinais H42 e H43?
Entre os sinais de trânsito que mais levantam dúvidas, estão os sinais H42 e H43. Embora menos falados no dia a dia, têm uma função muito concreta: alertar os condutores para a presença de radares de velocidade.
O que indica o sinal H43?
O sinal H43 é utilizado para assinalar a presença de radares de velocidade imediata. Este tipo de radar regista a velocidade do veículo no momento exato em que este passa pelo dispositivo. O sinal é colocado alguns metros antes do radar, para permitir que o condutor ajuste a velocidade se necessário.

O que significa o sinal H42?
O sinal H42, por sua vez, identifica zonas onde existem radares de velocidade média. Ao contrário dos anteriores, estes dispositivos calculam a velocidade média do veículo entre dois pontos distantes.

Como funcionam os radares de velocidade média?
O sistema de velocidade média regista a matrícula do veículo no início e no fim do percurso controlado. A partir daí, calcula o tempo que o veículo demorou a percorrer essa distância. Se a média ultrapassar o limite de velocidade permitido, a infração é registada.
Este modelo de radar é especialmente eficaz em autoestradas e vias rápidas, onde os condutores podem ser tentados a circular a velocidades superiores durante longos períodos.
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Prevenção, e não punição
A instalação de radares não tem como principal objetivo aplicar multas ou gerar receitas para o Estado. Como salienta a ANSR, o propósito fundamental é prevenir comportamentos de risco e aumentar a segurança rodoviária.
A importância da redução da velocidade
A velocidade excessiva continua a ser uma das principais causas de acidentes em Portugal. Ao obrigar os condutores a moderarem a velocidade, os radares ajudam a salvar vidas e a evitar ferimentos graves.
Informar para proteger
A sinalização prévia dos radares, com recurso aos sinais H42 e H43, garante que os condutores são devidamente avisados, podendo assim ajustar a condução e evitar infrações. Saber identificar estes sinais e compreender o seu significado contribui para uma atitude mais responsável ao volante. A segurança na estrada depende, em grande parte, das escolhas de cada condutor.
A instalação dos novos radares insere-se numa estratégia mais ampla de combate à sinistralidade rodoviária, que inclui também campanhas de sensibilização, fiscalização intensiva e melhoramentos na infraestrutura viária.
O papel da ANSR
A ANSR tem reforçado o investimento em tecnologias de controlo e fiscalização, apostando numa abordagem preventiva e educativa. O objetivo passa por reduzir o número de mortes e feridos graves nas estradas portuguesas.
Reduzir a velocidade não só aumenta o tempo de reação dos condutores, como também permite uma melhor convivência entre automóveis, motociclos, bicicletas e peões. Estes avanços na segurança rodoviária beneficiam não apenas quem conduz, mas todos os utilizadores da via pública. Uma estrada mais segura é uma responsabilidade partilhada.
Estar informado sobre as regras de trânsito e os dispositivos de controlo existentes é uma forma de contribuir para um ambiente rodoviário mais seguro e civilizado. Reduzir a velocidade alguns quilómetros por hora pode parecer insignificante, mas faz uma enorme diferença no resultado de um eventual acidente.
A presença de radares e a sinalização associada devem ser vistas como lembretes úteis de que a estrada é um espaço partilhado, onde o respeito pelas regras salva vidas.
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