Mais de 400 mercenários russos operam em Kiev com ordens diretas do Kremlin para assassinar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os membros do Governo, tendo como outra missão a preparação no local para que o regime de Vladimir Putin assuma o controlo do país, apurou o Times.
O Grupo Wagner, uma milícia privada dirigida por um dos aliados mais próximos do Presidente russo e que opera como braço do Estado, trouxe mercenários de África, há cerca de cinco semanas, numa missão para fazer cair o Governo de Zelensky em troca de um valor monetário elevado.
Informações sobre esta missão terão chegado ao Governo ucraniano na manhã deste sábado. Horas depois, Kiev declarou um recolher obrigatório de 36 horas para procurar estes elementos por toda a cidade, alertando os civis de que estes seriam vistos como agentes do Kremlin e correriam o risco de serem “abatidos” se fossem encontrados na rua após o toque de recolha para casa.
A ofensiva russa na Ucrânia
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL