
Na passada segunda-feira, em frente à Câmara Municipal de Lagos, trabalhadoras das cantinas e refeitórios das escolas do concelho de Lagos protestaram contra o agravamento da situação social que se tem vindo a verificar neste setor. Como consequência da manifestação, todos os refeitórios do concelho “pararam”.
Entre as razões para o manifesto, está a “não atualização da tabela salarial”, que não é revista há 17 anos, como refere o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve.
Este problema afeta a grande maioria das trabalhadoras, que recebem “salários muito baixos e em muitos casos abaixo do Salário Mínimo Nacional”, afirma o partido do PCP num comunicado enviado à redação, “porque são contratadas pelas empresas com reduzido número de horas diárias, muitas vezes, como acontece no concelho de Lagos, em desrespeito pelo que estipulam os cadernos de encargos.”
Face a esta situação, a Comissão Concelhia de Lagos do PCP “solidariza-se com a justa luta das trabalhadoras das cantinas e refeitórios escolares do concelho, e exige da Câmara Municipal de Lagos a clarificação do cumprimento, por parte da empresa concessionária, do caderno de encargos para fornecimento das refeições escolares.”
“Verifica-se que fica mais uma vez provada justeza da reivindicação do PCP e da CDU que o serviço de fornecimento de refeições escolares prestado às crianças do concelho, seja assegurado pelo retorno à gestão direta da Câmara Municipal e executado pelas trabalhadoras da autarquia”, conclui o partido.