A Lisfina foi alertada ontem para movimentações no seu terreno, junto à praia do Ancão. Ao chegar ao local, os responsáveis da empresa constataram que “haviam sido cortadas, indiscriminadamente, algumas árvores, nomeadamente pinheiros”, denuncia em comunicado.
Algumas testemunhas confirmam ter ouvido o som de motosserras durante a manhã de sábado, numa altura em que, além de não serem permitidos trabalhos, o terreno não tem vigilante.
“Estes atos sucedem-se a outros praticados nas últimas semanas, de destruição de sinalética de ‘propriedade privada’ e remoção de vedação de delimitação do terreno”, pode ler-se no comunicado.
A Lisfina apresentou queixa durante a tarde de domingo no posto da GNR de Almancil. Foram também informados, no dia 7 de junho, a Câmara de Loulé e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
A Lisfina repudia estes atos de vandalismo contra “a sua propriedade e contra a natureza, estranhando a proximidade dos mesmos com algumas notícias, publicadas no passado mês de maio”.
Recorde-se que foram publicadas várias notícias relativas a um alegado “crime ambiental”, sendo a Lisfina acusada de ter destruído parte do património florestal. Como foi oportunamente esclarecido, “a intervenção visou minimizar a carga de combustível e a perigosidade de incêndio, além de procurar valorizar o local, do ponto de vista paisagístico, intervenção essa que foi previamente comunicada ao ICNF”.
Na sequência das referidas notícias, a empresa solicitou reuniões “à Câmara de Loulé e ao ICNF, nas quais ficaram definidos procedimentos subsequentes que serão acompanhados por ambas as entidades”.
“A Lisfina tem absoluta confiança nas autoridades e dará o seu contributo incondicional para que os autores deste crime sejam punidos, de acordo com a lei”, conclui.
RELACIONADO:
Investigado abate de árvores em terreno no Algarve onde já existira corte excessivo
ICNF embarga limpeza de terreno que destruiu habitats naturais de flora em Loulé
Câmara de Loulé repudia abate de árvores nos terrenos do Ancão