As chuvas fortes, que se fazem sentir de norte a sul do país, estão a causar cheias e inundações em vários locais do país. No Algarve, são vários os registos fotográficos e vídeo partilhados por populares.
Esta quarta-feira, foi o caso da cidade de Olhão que viu novamente algumas artérias condicionadas ao trânsito automóvel.
Ruas e estradas inundadas são o mais frequente entre os registos partilhados, que mostram o resultado de um dia de chuva e alguma trovoada. Um problema recorrente que persiste no tempo sem solução à vista.
Fique com o registo vídeo de algumas situações de concentração da água da chuva em excesso que não é absorvida por solo já saturado e outras por formas de escoamento, por exemplo, em áreas impermeabilizadas urbanas, onde o fluxo de água segue rapidamente para as baixadas, superando a capacidade de escoamento, causando transbordamentos.
Cuidados a ter
Com as primeiras chuvas, a obstrução originada pela queda de folhas de árvores e os detritos vegetais juntamente com outros materiais inertes que durante a estação seca se depositaram nos canais de escoamento, podem contribuir para situações de obstrução e levar à potenciação de situações de cheias e inundações.
Nunca é de mais recordar o que os serviços de Proteção Civil recomendam à população, isto é, a tomada das necessárias medidas de precaução e especial atenção, às possíveis consequências:
– A desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais ou varandas, e a limpeza de sarjetas, algerozes e caleiras dos telhados de habitações A verificação da funcionalidade dos sistemas de drenagem é essencial.
– A recolha dos resíduos de atividades agrícolas e florestais existentes nas margens das linhas de água;
– A precipitação pode aumentar a instabilidade de solos e rochas em vertentes. Recomenda-se que sempre que sejam detetadas situações de instabilidade ou movimentação de massas sejam comunicadas ao Serviço Municipal de Proteção Civil local, de forma a serem desencadeadas formas de medição de parâmetros e de monitorização dos fenómenos de instabilidade;
– Verificação de todas as estruturas que, pelas suas características possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes (nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas). Nos casos em que tal seja impossível, deve garantir-se a facilidade de remover/desmontar essas estruturas, guardando-as em locais seguros sempre que ocorram ventos fortes previsíveis;
– Caso esteja a conduzir, adote uma condução defensiva, reduza a velocidade e tenha especial cuidado com a formação de lençóis de água nas vias. Evite atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos escondidos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– Tenha especial cuidado na circulação junto à orla costeira e a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando, se possível, a circulação e a permanência nestes locais;
– Não pratique atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar e evite o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima.
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