A CP e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) assinaram esta terça-feira um acordo, que estabelece que o sindicato aceita as condições de retribuição negociadas com as outras estruturas, ficando desconvocada a greve destes trabalhadores.
“A CP informa que chegou a acordo com o SFRCI. O acordo foi formalizado com a assinatura de ambas as partes, terça-feira às 18:00”, indicou, em comunicado, a empresa.
De acordo com a mesma nota, o SFRCI aceita as condições de retribuição, que tinham sido acordadas com as outras estruturas sindicais.
Por sua vez, a CP reitera que se compromete a tratar todos os trabalhadores de forma justa, bem como a analisar, nos próximos meses, “outras matérias de relevância sinalizadas pelas partes”.
Caso, neste âmbito, sejam aplicadas quaisquer medidas, “estas serão transversais a toda a empresa”, assegurou a CP.
Perante este acordo, o sindicato desconvocou, de imediato, a greve e concordou em privilegiar a via do diálogo para resolver diferendos futuros.
“A CP destaca com satisfação este desfecho positivo e reconhece a abertura ao diálogo demonstrada pelo SFRCI”, concluiu.
Os trabalhadores das bilheteiras da CP iniciaram em 05 de junho uma greve parcial para contestar a “falta de equidade” salarial na CP.
Posteriormente, decidiram alargar esta greve, agora desconvocada, até 06 de agosto, de modo a abranger o período em que decorre, em Lisboa, a Jornada Mundial da Juventude.
Esta tarde, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, tinha-se manifestado otimista quanto à assinatura de um acordo entre as duas partes.
Questionado sobre notícias que indicavam que o seu ministério já tinha chegado a acordo com o SFRCI, faltando apenas o aval das Finanças para o mesmo ser fechado, João Galamba não as confirmou, afirmando que as negociações decorrem.
“Não confirmo, de todo, essa notícia. Confirmo, isso sim, que estamos em conversações, como sempre temos estado com os sindicatos todos, e em concreto (o SFRI é), neste momento, o último com que falta chegar a acordo, mas continuamos a acreditar e (estamos) otimistas de que é possível chegar a acordo e evitar a manutenção de greve”, referiu, na altura, Galamba.