A marca “Saborear o Algarve” foi esta quarta-feira apresentada em Faro na presença de produtores primários e transformadores do setor alimentar dispostos a promover a produção e o consumo de proximidade na região, através de práticas sustentáveis.
“O que nós queremos com esta marca é agrupar esses pequenos produtores, mas não só os pequenos, também os grandes, utilizando aqui a força da própria marca Algarve”, disse o vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve responsável pela agricultura, Pedro Valadas Monteiro.
A nova marca será de uso exclusivo da Rede de Produtores Locais do Algarve (RPLA) e irá funcionar como “fator de diferenciação, afirmação e valorização dos produtos produzidos”, acrescentou.
“O que queremos agora é, na prática, fazer uma ‘pool’ de vários produtos, de vários produtores, oriundos de várias geografias do Algarve, e conseguir formalizar algo que até agora tem funcionado de uma forma muito atomizada, muito desgarrada”, afirmou o responsável.
O projeto financiado pelos fundos de ajuda europeus é promovido por uma parceria de entidades liderada pela Universidade do Algarve, de que também fazem parte, entre outros, a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), a CCDR do Algarve e a Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António.
“O produtor quando adere fica obrigado a respeitar um caderno de especificações, nomeadamente em termos de questões como a qualidade, as boas práticas agrícolas”, afirmou Pedro Valadas Monteiro.
O objetivo nesta fase inicial do projeto é alcançar, pelo menos, o número de 100 produtores associados.
“Mas queremos, acima de tudo, é que este projeto depois, quando terminar o seu período de execução, tenha continuidade e seja levado a cabo pelos próprios produtores, pelas próprias associações”, explicou o vice-presidente da CCDR Algarve.
Por outro lado, haverá “um selo de garantia” para que o consumidor final tenha “a garantia daquilo que está a comprar” e que “a produção obedece a regras”.
“Hoje em dia, há muitos selos e por vezes é complicado, mas esta abordagem é diferente, está voltada não para os supermercados, mas mais para as cantinas das escolas, e entidades similares” da região, disse um dos produtores presentes no lançamento da nova marca, Luís Silva, da Quinta do Freixo.
Este produtor também sublinhou que este projeto iria “encurtar” os atuais de circuitos de distribuição e aproximar o consumidor dos produtores na região.
No lançamento da marca “Saborear o Algarve” estiveram produtores e transformadores de bens alimentares da região, que foram convidados a aderir à rede e a respeitar os princípios orientadores de sustentabilidade e a cumprir o Regulamento da Rede de Produtores Locais do Algarve.
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