O Zoomarine reafirma o seu compromisso com a proteção da franciscana (Pontoporia blainvillei), uma espécie de golfinho costeiro criticamente ameaçada em território brasileiro, através do trabalho desenvolvido na Alliance for the Franciscana Dolphin Conservation Research, Rescue and Rehabilitation (AFCR3), uma organização criada pela Yaqu Pacha – associação sem fins lucrativos que estuda e protege os mamíferos marinhos – e o Jardim Zoológico de Nuremberg, dedicada à investigação, resgate e reabilitação desta espécie em perigo de extinção.
Como membro ativo da AFCR3, o Zoomarine explica em comunicado que tem “trabalhado na implementação de ações concretas que visam a preservação deste pequeno golfinho de águas costeiras e, recentemente, esteve diretamente envolvido no apoio logístico e científico a uma iniciativa de formação realizada no Brasil, que reuniu 24 participantes de diversas instituições brasileiras para desenvolver técnicas essenciais de reabilitação e protocolos padronizados de necropsia”.
O workshop centrou-se em dois aspetos críticos, “a reabilitação de franciscanas arrojadas, desde recém-nascidas até adultas, e a capacidade de realizar necropsias padronizadas para identificar ameaças e causas de mortalidade”.
Ambos os aspetos são importantes por permitirem o aumento das taxas de sucesso na reabilitação desta espécie de golfinho, a elaboração de estratégia de conservação informada e a promoção da colaboração global em prol da conservação deste cetáceo.
Para João Neves, diretor de Ciência e Conservação do Zoomarine, “a proteção da franciscana é um esforço global que ultrapassa fronteiras, exigindo cooperação internacional, partilha de conhecimento e mobilização de recursos. Iniciativas como esta são fundamentais para compreender as causas de mortalidade da espécie, desenvolver estratégias eficazes para a sua conservação e reforçar o nosso compromisso com um futuro mais sustentável para a vida marinha”.
“No Zoomarine, acreditamos que enfrentar os desafios que colocam tantas espécies à beira da extinção só é possível através do trabalho conjunto, complementado pelo esforço individual de mudança de comportamentos que garantam a proteção e a sobrevivência das espécies”, acrescenta.
A franciscana enfrenta múltiplas ameaças, incluindo a captura acidental em redes de pesca, a degradação dos habitats e o impacto das atividades humanas nos ecossistemas costeiros. Estas pressões têm contribuído para a drástica redução das populações desta espécie, que é agora considerada uma das mais vulneráveis entre os cetáceos. No Brasil, a situação é ainda mais alarmante, com a espécie classificada como em perigo crítico.
Com a integração de projetos desta tipologia, o Zoomarine pretende continuar “o seu trabalho de sensibilização do público para a importância de preservar os ecossistemas marinhos, inspirando ações concretas em prol da biodiversidade marinha”.
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