O primeiro-tenente médico naval Guilherme Bernardo concluiu com distinção o mestrado em Medicina Hiperbárica e Subaquática, após defender a sua tese sobre o tratamento da cistite rádica com oxigénio hiperbárico, tendo obtido uma classificação de 19 valores.
Guilherme Bernardo analisou a experiência do Centro no tratamento da crise ráfica hemorrágica que abrangeu mais de 780 doentes tratados ao longo das ultimas três décadas.
“O estudo científico focou-se em 290 destes doentes. O estudo revelou que o tratamento com oxigénio hiperbárico foi eficaz na resolução dos sintomas em 89,8% dos casos que superaram as taxas de sucesso de outra opções terapêuticas disponíveis. Assim, superando significativamente as taxas de sucesso de outras opções terapêuticas disponíveis. Além disso, registou-se uma baixa incidência de efeitos secundários”, explica a Marinha em comunicado.
“A cistite rádica é uma das mais graves sequelas da radioterapia aplicada no tratamento de cancros pélvicos, caracterizando-se por consequências devastadoras e apresentando-se como uma condição de difícil tratamento. A oxigenoterapia hiperbárica tem vindo a demonstrar resultados promissores no tratamento desta patologia”, pode ler-se na nota.
O Mestrado em Medicina Hiperbárica e Subaquática foi desenvolvido no âmbito de um protocolo entre a Escola Naval e a Faculdade de Medicina de Lisboa, promovendo a colaboração entre as esferas civil, académica e militar.
O primeiro-tenente médico naval Guilherme Bernardo é natural de Portimão, ingressou na Marinha em 2017, após terminar a Licenciatura em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Atualmente, está no quarto ano da formação Especialista em Urologia.
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