O Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup) promove esta quinta-feira, dia de greve geral, concentrações de investigadores e docentes nas cidades de Faro, Porto, Coimbra e Braga.
Num comunicado divulgado pelo sindicato, é referido que “em causa está a rejeição” do anteprojeto de reforma da legislação laboral “Trabalho XXI”, uma posição tomada “em convergência com as centrais sindicais e sindicatos independentes”.
De acordo com o Snesup, a proposta apresentada pelo Governo “ataca a qualidade de vida familiar, facilita os despedimentos, torna permanente a precariedade e limita gravemente a ação dos sindicatos”.
O protesto visa ainda manifestar “o descontentamento dos docentes e investigadores” das universidades e institutos politécnicos “pela diminuição acentuada e continuada do poder de compra”.
O sindicato recorda que “há mais de uma década que os aumentos salariais anuais são inferiores à taxa de inflação, com perdas na ordem dos 30%”, apontando igualmente “a instabilidade e precariedade de vínculos contratuais” que afetam investigadores e professores convidados.
“Acresce, ainda, que professores e investigadores estão sujeitos a constantes bloqueios nas oportunidades de progressão e promoção nas respetivas carreiras”, acrescenta o Snesup.
Em Faro a concentração decorrerá na entrada do ‘campus’ de Gambelas da Universidade do Algarve, enquanto no Porto será na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
A concentração em Braga realizar-se-á em frente à estátua do Prometeu no ‘campus’ de Gualtar da Universidade do Minho e em Coimbra à porta do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
A greve geral desta quinta-feira contra o anteprojeto do Governo de reforma da legislação laboral será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais, CGTP e UGT, desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da ‘troika’.
















