O projeto “SUSTENTAR” está de regresso ao munícipio de Loulé até 9 de setembro, produzido e organizado pela plataforma Ci.CLO. A artista Joana Dionísio explora a presença humana enquanto força motriz de sustentabilidade do Geoparque Algarvensis, identificando e aproximando-se das pessoas que cuidam do território.
Em Loulé, Joana Dionísio desenvolve o seu projeto sobre o Geoparque Algarvensis e as “suas” pessoas, como exemplo de coesão social, preservação do património imaterial e diversidade cultural. Os resultados deste trabalho serão apresentados numa exposição na próxima edição da Bienal Fotografia do Porto, de 15 de maio a 29 de junho de 2025.
“O projeto trata da relação das pessoas com o território, através de diferentes práticas, desde a coesão social à diversidade cultural. Procurando perceber de que forma é que as atividades e práticas realizadas pela comunidade podem contribuir para um futuro diferente e uma mudança no paradigma deste lugar”, explica a artista Joana Dionísio, acrescentando que gostava que o seu trabalho “abrisse caminhos e novos imaginários artísticos que contribuíssem para a procura de realidades alternativas e para gerar ativismo social” não só em Loulé, mas de forma transversal a outros territórios.
Joana Dionísio foca-se nas pessoas que cuidam do Geoparque Algarvensis
A artista está em residência no território até dia 9 de setembro, com o objetivo de desenvolver um projeto fotográfico que especula sobre os paradigmas deste território através da exploração e reflexão sobre a presença humana enquanto potenciador da sustentabilidade. O foco são as pessoas que, a partir de práticas integradas em diferentes áreas, cuidam do Geoparque Algarvensis.
Resultado de uma parceria entre a Ci.CLO e a Câmara Municipal de Loulé, esta é a terceira vez que o Geoparque Algarvensis acolhe o “SUSTENTAR”: em 2020, o artista Nuno Barroso desenvolveu o projeto Geoparque e, em 2023, o artista louletano Jorge Graça desenvolveu o projeto Petricor (em exposição no Museu da Luz até 16 de outubro). Depois de ser apresentado na Bienal’25 Fotografia do Porto, o projeto que a artista Joana Dionísio está a desenvolver será apresentado em Loulé, na Galeria do Convento Espírito Santo.
“Existem sempre dois eixos que sustentam a Bienal e, no caso do “SUSTENTAR”: um diz respeito à parte processual das residências, onde colocamos o/a artista em diálogo com iniciativas que respondem a questões da sustentabilidade no meio urbano; e o outro é o programático, as exposições e atividades de mediação. Sendo que a fase em que agora nos encontramos, este trabalho de território e de comunidade, acaba por ser quase invisível aos olhos do público”, explica Virgílio Ferreira, fundador e diretor da plataforma Ci.CLO.
Sobre a Ci.CLO Plataforma de Fotografia
A Ci.CLO é uma plataforma de pesquisa, criação e ação na área da fotografia que estabelece uma relação transdisciplinar com outros campos artísticos, ambientais e sociais para abordar criticamente preocupações e emergências do nosso tempo.
Os seus projetos procuram contribuir para uma regeneração socioecológica através das artes: apoiando práticas de produção artística mais sustentáveis, testando processos de criação e formação transformadores, estimulando diálogos com diversos territórios e comunidades.
A Ci.CLO vê-se como parte de um ecossistema em constante autoanálise e mutação, sustentado por uma interligação cíclica entre a conceção, a criação, a exposição e as dinâmicas que emergem destas relações.
Colabora com artistas, curadores, agentes culturais, comunidades, municípios e instituições nacionais e estrangeiras para organizar residências artísticas, implementar programas educacionais, produzir exposições e publicações.
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