A candidata do Livre à presidência da Câmara de Faro disse esta sexta-feira querer melhorar a mobilidade para ter uma cidade de “15 minutos”, criando uma rede contínua de ciclovias e reforçando o sistema de transportes públicos.
“Nós sabemos que existem muitos carros em Faro, mas também porque não existem alternativas para as pessoas, não existe outra alternativa eficaz para além do carro, da viatura própria, portanto, o que nós precisamos urgentemente de fazer é de reforçar os transportes públicos”, defendeu Adriana Marques Silva.
Em declarações à Lusa, a candidata defendeu ainda a expansão da rede de ciclovias no concelho, que existem mas são dispersas, não apresentando continuidade, no sentido de tornar Faro numa cidade em que se consegue aceder aos principais serviços, a pé ou de bicicleta, em 15 minutos.
Relativamente ao transporte público, Adriana Marques Silva defende um serviço mais integrado e também mais conexões com as freguesias não urbanas, que considera não estarem tão bem servidas, reforçando igualmente a ligação entre os ‘campi’ da universidade, o aeroporto e a estação ferroviária.
“Nós queremos que as pessoas tenham forma de ir para o trabalho e estudar, ou ir para onde bem entenderem dentro do município com transportes públicos. Nós queremos que qualquer pessoa que viva, por exemplo, numa freguesia não urbana possa vir ao teatro à noite a Faro – vem de transportes públicos e volta de transportes públicos, e de momento isso não existe e não é possível”, lamentou.
Outra das propostas da sua candidatura é a expansão de rede de ciclovias no concelho, incluindo uma ligação a Olhão e às freguesias rurais de Conceição e Estoi, assim como a implementação de um projeto-piloto de bicicletas elétricas partilhadas, à semelhança do que existe em Lisboa.
O programa da candidatura do Livre propõe ainda a limitação de velocidade a 30 quilómetros por hora em zonas residenciais e escolares e a implementação de serviços municipais de transporte a pedido nas freguesias não urbanas.
“Portanto, com estas medidas nós pretendemos criar uma verdadeira cidade de 15 minutos. Bicicleta, transportes públicos, mesmo andar a pé, portanto, nós pretendemos interligar e interconectar os nossos cidadãos”, argumentou, defendendo também uma maior integração dos transportes públicos a nível intermunicipal.
Oito candidatos disputam a presidência da Câmara de Faro, sob gestão do PSD há 16 anos, nas autárquicas de domingo, numa corrida que inclui três partidos estreantes em Faro (Livre, Volt Portugal e ADN – Alternativa Democrática Nacional).
Adriana Marques Silva tem como adversários António Miguel Pina, do PS, Cristóvão Norte, da coligação “Faro Capital de Confiança” (PSD/IL/CDS-PP/PAN/MPT), Duarte Baltazar, da CDU (coligação PCP/PEV), José Freitas Oliveira, do ADN, José Moreira, do Bloco de Esquerda, Pedro Oliveira, do Volt Portugal, e Pedro Pinto, do Chega.
Em 2021, a coligação liderada pelo PSD venceu as autárquicas, elegendo seis dos nove mandatos em disputa, enquanto o PS ficou na segunda posição, garantindo os restantes três eleitos. A CDU, que ficou em terceiro lugar, e o Chega, em quarto, não elegeram qualquer vereador.
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