A Auchan anunciou a abertura de três supermercados autónomos, sem funcionários, em França, uma iniciativa que visa modernizar a experiência de compra e alargar os horários de funcionamento. Estes espaços, situados em Aulnoye-Aymeries, Saint-Saulve e Orchies, no norte do país, operam sem funcionários de loja, permitindo que os clientes realizem as suas compras de forma independente.
Os novos supermercados funcionam até às 20h30 e contam com terminais de autopagamento para que os consumidores possam finalizar as compras sem necessidade de interação com trabalhadores. No entanto, a segurança não foi descurada, sendo assegurada por um vigilante e por uma linha de apoio para esclarecimento de dúvidas.
Uma aposta na automação
Esta iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla da Auchan para integrar tecnologia e automatizar os supermercados, fazendo com que possam existir lojas sem funcionários. Em 2023, a empresa já tinha testado este conceito ao lançar o Auchan Go Le Lab, um supermercado de 86 metros quadrados totalmente automatizado e monitorizado por câmaras, na sede da empresa em Villeneuve d’Ascq.
Com esta nova aposta, a retalhista procura aumentar a flexibilidade dos horários de funcionamento sem comprometer o tempo de descanso dos seus funcionários. No entanto, a medida não foi recebida sem controvérsia, uma vez que levanta preocupações sobre o impacto no mercado de trabalho e a redução de postos de emprego.
Funcionamento dos supermercados autónomos
Os novos estabelecimentos contam com tecnologia de autopagamento, dispensando caixas tradicionais. Os clientes escolhem os produtos e finalizam a compra nos terminais eletrónicos. Em caso de dúvida ou necessidade de assistência, uma linha de apoio está disponível.
A Auchan garante que a ausência de funcionários de loja não compromete a segurança. Para além da monitorização por câmaras, um segurança acompanha as operações e pode intervir em caso de necessidade.
Impacto no emprego e reações
A introdução destes supermercados autónomos tem gerado reações mistas. Enquanto alguns consumidores apreciam a conveniência e a rapidez no pagamento, os sindicatos alertam para a possível redução de postos de trabalho e o impacto social da automatização no setor do retalho.
Os representantes dos trabalhadores argumentam que a digitalização excessiva pode comprometer a criação de empregos e colocar em risco a relação entre consumidores e funcionários, que muitas vezes desempenham um papel fundamental no atendimento e na assistência.
Tendência crescente no setor
A automatização dos supermercados não é uma tendência exclusiva da Auchan, explica a Markteer. Outras cadeias de retalho, incluindo a Amazon com o seu conceito Just Walk Out, também têm investido neste modelo – supermercados sem funcionários. A tecnologia, aliada à crescente digitalização dos pagamentos, permite que as compras sejam feitas de forma mais rápida e autónoma.
No entanto, esta transformação levanta questões sobre o equilíbrio entre inovação tecnológica e a necessidade de manter empregos no setor. Para as empresas, a implementação de supermercados autónomos representa uma redução de custos operacionais, mas, ao mesmo tempo, pode gerar resistência por parte dos trabalhadores e consumidores mais tradicionais.
O futuro da experiência de compra
O sucesso desta iniciativa poderá determinar se o modelo de lojas sem funcionários será expandido para outros locais. A Auchan já demonstrou um interesse contínuo na modernização dos seus espaços e pode seguir o exemplo de outras cadeias que estão a testar lojas 100% automatizadas.
Os próximos meses serão decisivos para avaliar se este conceito será bem recebido pelo público e se a adoção de supermercados autónomos se tornará uma realidade cada vez mais presente no mercado do retalho.
Leia também: Pingo Doce lança aspirador vertical 2 em 1 sem fios de fácil manuseamento com mais de 35% de desconto