A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da Polícia Judiciária está a investigar o ciberataque à Vodafone. O SIS, os serviços de informações, bem como o Centro Nacional de Cibersegurança, também estão a monitorizar o caso.
Até ao momento, o ataque não foi reivindicado por qualquer grupo de piratas informáticos, apurou o Expresso. “Numa primeira análise não há ransomware [pedido de resgate em troca da restituição de dados roubados]”, diz uma fonte próxima da investigação.
Esta manhã, a operadora de telecomunicações anunciou que “foi alvo de uma disrupção na sua rede, iniciada na noite de 7 de fevereiro de 2022 devido a um ciberataque deliberado e malicioso com o objetivo de causar danos e perturbações”.
“Assim que foi detetado o primeiro sinal de um problema na rede, a Vodafone agiu de forma imediata para identificar e conter os efeitos e repor os serviços. Esta situação está a afetar a prestação de serviços baseados em redes de dados, nomeadamente rede 4G/5G, serviços fixos de voz, televisão, SMS e serviços de atendimento voz/digital”, indicava a Vodafone.
“Já recuperámos os serviços de voz móvel e os serviços de dados móveis estão disponíveis exclusivamente na rede 3G em quase todo o País mas, infelizmente, a dimensão e gravidade do ato criminoso a que fomos sujeitos implica para todos os demais serviços um cuidadoso e prolongado trabalho de recuperação que envolve múltiplas equipas nacionais, internacionais e parceiros externos. Essa recuperação irá acontecer progressivamente ao longo desta terça feira”, acrescentava a empresa.
A Vodafone realça que “a investigação aprofundada do ato criminoso” se irá prolongar “por tempo indeterminado e com o envolvimento das autoridades competentes”, e disse não ter “quaisquer indícios de que os dados de clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos”.
“A Vodafone continua absolutamente determinada em repor a normalidade dos serviços no menor tempo possível e lamenta profundamente os transtornos causados aos nossos clientes”, referiu ainda a operadora.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL