Vários moradores têm vindo a manifestar a sua preocupação com um terreno localizado na Estrada Nacional (EN) 2, em Faro. Este terreno, que aparenta ser de propriedade privada devido à vedação que o circunda, tem vindo a acumular lixo ao longo do tempo, transformando-se numa espécie de lixeira ao ar livre. Esta situação tem gerado indignação não apenas entre os residentes locais, mas também entre quem passa pela área.
A comunidade tem acompanhado com crescente preocupação a degradação da situação ao longo dos últimos cinco anos. É cada vez mais o lixo no terreno que se encontra localizado numa das principais entradas para a cidade de Faro. É, portanto, um cenário muito visível, mesmo para quem passa de carro junto ao local.
Uma testemunha, que preferiu manter o anonimato, partilhou a sua perspetiva ao CM sobre o problema.
“Esta situação tem vindo a agravar-se ao longo dos últimos cinco anos. As pessoas continuam a depositar lixo aqui, e agora chegamos a um ponto em que parece mais uma lixeira, dada a sua condição atual”, começou por relatar.
Questionada sobre se o terreno está ocupado, a testemunha anónima diz que “o terreno não está ocupado, pelo menos de forma permanente. Mas fazem passagem por aqui. Tudo o que se leva para os contentores, levam para o terreno e deixam por lá espalhado”.
Sobre se se trata de uma questão de saúde pública, a entrevistada concorda, acrescentando que, na sua opinião, “as autoridades já deviam ter feito alguma coisa, mas infelizmente, quando se chega aos extremos, é que medidas começam a ser tomadas”.
Relativamente às ações da Câmara Municipal de Faro, a testemunha lamenta a falta de mobilização da comunidade para abordar esse tipo de problemas.
Comenta também que “a câmara não foi formalmente informada, mas muitas pessoas já denunciaram a situação nas redes sociais, o que tem gerado uma grande adesão”.
“Penso também que representantes da câmara já estiveram no local para conversar com o proprietário e discutir a imposição de custos relacionados com a situação”, rematou.
Por último, a testemunha reafirma que esta situação “tem-se agravado nos últimos meses, sobretudo por agora carregarem tudo o que está no lixo”.
O CM contactou a Câmara Municipal de Faro para obter informações sobre o caso, mas até à data, ainda não havia obtido uma resposta oficial em relação às preocupações levantadas pelos moradores.
A comunidade alega que se trata de um problema ambiental e de saúde pública que requer atenção urgente.
Leia também: Vai nascer o Museu da Imprensa de Faro no antigo espaço da Tipografia União