A Associação Sindical da Segurança Privada (ASSP) anunciou esta terça-feira uma greve e a realização de concentrações em 19 de janeiro para exigir aumentos salariais de 9,5% para os seguranças privados, informou a direção da ASSP.
No pré-aviso de greve dirigido à Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), à Associação de Empresas de Segurança Privada (AESIRF) e à Associação Empresarial de Segurança (AES), estes trabalhadores exigem “um aumento salarial de 9,5% para os profissionais da segurança privada, visando a valorização do trabalho destes colaboradores e a adequação dos salários à realidade económica atual”.
Salientando que a greve e as concentrações marcadas para Portimão, Lisboa e Porto visam “uma melhoria significativa nas condições laborais e salariais dos trabalhadores do setor”, a ASSP, além do aumento salarial, diz pretender “melhorar as condições de trabalho, garantindo um ambiente laboral seguro e adequado para estes profissionais.
Outra das reivindicações prende-se com o fim do “regime de adaptabilidade de seis dias”, com a ASSP a “rejeitar veementemente” este regime, considerando-o “uma prática que compromete a saúde física e mental dos trabalhadores, bem como a conciliação entre vida profissional e pessoal”.
Seguranças privados exigem ainda
A majoração do trabalho efetuado aos domingos em 50%, e a igualdade no subsídio noturno para todos os trabalhares para contratos anteriores a 2004 são outras das exigências ligadas ao protesto.
“O trabalho noturno tem um enorme peso físico e psicológico nos trabalhadores. A compensação que é dada não tem a força económica merecida. E como tal, deve ser igualada aos trabalhadores com contratos anteriores a 2004, ou seja, a iniciar às 20:00 e terminar às 07:00”, defende a ASSP, presidida por Rui Brito da Silva.
Para reforçar a sua posição e mobilizar os trabalhadores, a ASSP agendou concentrações em 19 de janeiro no Porto, Lisboa e Portimão, justificando que estas concentrações representam “um momento de união e solidariedade entre os profissionais da segurança privada, reafirmando a determinação em alcançar as melhorias necessárias”.
A ASSP é uma entidade sindical com seis anos de existência que diz estar “comprometida com a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores da segurança privada em Portugal, procurando promover condições laborais justas e dignas”.
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