O ator Ruy Carvalho deixou uma sentida homenagem nas redes sociais a ator Igor Sampaio, de 76 anos, que faleceu esta sexta-feira, vítima de acidente vascular cerebral (AVC).
“Adeus, querido amigo… Não é justo. Até sempre”, expressa o ator, na legenda de uma fotografia de Igor Sampaio.
Recorde-se que Ruy Carvalho participou com Igor Sampaio em vários projetos de que são exemplo as séries “Equador” e “Major Alvega”.
Igor Sampaio, que foi também cenógrafo, figurinista e pintor, estava hospitalizado desde 31 de agosto, onde dera entrada de urgência, devido a um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido no dia anterior.
A notícia do internamento de Igor Sampaio foi avançada, na quarta-feira, pelo também ator Joel Branco nas suas páginas nas redes sociais Facebook e Instagram, desejando que o “seu grande amigo” melhorasse “rapidamente”. “Não sei se ainda se fabricam seres Humanos como ele! (perdoem-me os colegas) mas foi a pessoa que mais me animou quando eu estava com as minhas angústias existenciais”, pode ler-se nas publicações de Joel Branco.
O velório de Igor Sampaio teve lugar este domingo na Igreja do Santo Condestável, em Lisboa, e o funeral realizou-se no Cemitério dos Prazeres.
O funeral do ator, que ficará sepultado no talhão dos artistas, foi precedido de uma missa de corpo presente, às 14:00 naquela igreja situada em Campo de Ourique.
Ministra da Cultura considera Igor um “exemplo discreto, de dedicação incondicional à arte e ao público”
A ministra da Cultura também lamentou a morte do ator, considerando-o um “exemplo discreto, de dedicação incondicional à arte e ao público” num trajeto profissional pautado “pela busca apaixonada daquela verdade natural que qualquer ator persegue”.
Em comunicado, Graça Fonseca manifestou o “seu mais profundo pesar” pela morte do “dedicado ator, cenógrafo e figurinista” que teve uma “presença assídua e versátil nos palcos dos teatros e na ficção televisiva”.
O trajeto profissional de Igor Sampaio pautou-se também, “nos vários contextos em que trabalhou, pela busca apaixonada do espanto, do riso, da inquietação e da superação”, acrescenta-se na nota governamental que enviava “sentidas condolências” à família e amigos do ator.
Nascido em Ponta Delgada, em 29 de dezembro de 1944, Igor Sampaio estreou-se profissionalmente no teatro de revista em 1967, e trabalhou como assistente de cenografia no Teatro Monumental.
Desde então, em simultâneo com interpretação, assinou figurinos e cenários em diversos espetáculos na Casa da Comédia em peças como “A cabeça do Baptista”, “Sacrilégio”, “Laço de Sangue”, “As cem moedas de oiro” ou “O rapto das cebolinhas”.
Na década de 1970, integrou diversos elencos de teatro de revista, em peças como “O bombo da Festa” ou “Rei capitão soldado ladrão”, num percurso artístico que passou também pelo Teatro Nacional D. Maria II, cujo elenco fico integrou de 1979 a 2001.
Teatro Aberto e Teatro da Trindade foram outros dos palcos que pisou, tendo, nos últimos anos, presença regular em A Comuna, onde, dirigido por João Mota, interpretou obras como “Os apontamentos de Trigorin” (2018) ou “As artimanhas de Scapin” (2020), refere a ministra.
Ator transversal, Igor Sampaio fez parte do grupo de bailados “Verde Gaio” e tinha presença regular em televisão, nomeadamente em telenovelas e séries.
“A banqueira do povo”, “Vidas de sal”, “Ballet Rose”, “Lusitana Paixão” ou “Velhos amigos” são alguns dos trabalhos em que participou na RTP. Igor Sampaio deu ainda a cara em formatos na SIC e TVI como, “Laços de família”, “Perfeito coração”, “Equador”, “Morangos com Açúcar” ou “Mulheres”, telenovela atualmente em exibição.