A Rússia avisa que tem meios nucleares em prontidão e o chefe da diplomacia, Sergei Lavrov, diz esta quarta-feira que uma III Guerra Mundial será nuclear e devastadora. Já a Ucrânia pede ajuda à Agência de Energia Atómica para garantir a segurança das centrais nucleares dos ataques russos.
Antes de Putin ter lançado a ameaça nuclear, avisando o Ocidente de que colocara as forças em máxima prontidão, já havia exercícios com submarinos no mar de Barents, no Ártico, a norte da Noruega, e treinos com armamento nuclear na Sibéria.
No entanto, nos últimos dias, as movimentações terão acelerado, com as forças armadas russas a posicionarem estes meios, enquanto as Nações Unidas procuram, numa conferência sobre desarmamento, conter um ataque desta escala.
Na véspera, o discurso pré-gravado do chefe da diplomacia russa mereceu, de muitas das delegações, um boicote, com os diplomatas a abandonarem a sala.
Lavrov respondeu esta quarta-feira ao discurso de Joe Biden, dizendo que o Presidente dos Estados Unidos sabe que a única alternativa às sanções contra Moscovo seria entrar numa III Guerra Mundial, e que essa seria nuclear e devastadora.
Os Estados Unidos e a Rússia têm os dois maiores arsenais nucleares do mundo, mas, face à escalada do Presidente russo, Vladimir Putin, os norte-americanos não elevam o nível de alerta, tal como a NATO.
Perante a tomada de centrais nucleares pelos russos, a Ucrânia pede a intervenção da Agência Internacional de Energia Atómica, que marcou uma reunião extraordinária e promete mediar a questão nuclear com as duas parte do conflito.
Para já, o diretor-geral da agência vai dizendo que não acredita num ataque às centrais e nega, de forma clara, que a Ucrânia estivesse a desenvolver armas nucleares, a alegação do ministro russo para justificar a invasão.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL