Portugal ultrapassou hoje os 4.000 mortos relacionados com a covid-19 ao contabilizar nas últimas 24 horas mais 85 óbitos e 3.919 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 4.056 mortes e 268.721 casos de infeção pelo novo coronavírus, estando hoje ativos 80.432 casos, menos 3.572 do que na segunda-feira.
O boletim refere ainda que as autoridades de saúde têm em vigilância 82.160 contactos, mais 135 em relação a segunda-feira, e que foram dados como recuperados nas últimas 24 horas 7.406 doentes.
Das 85 mortes registadas nas últimas 24 horas, 50 ocorreram na região Norte, 20 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 12 na região Centro e três no Alentejo.
Relativamente aos internamentos, Portugal ultrapassou hoje os 500 internamentos em unidades de cuidados intensivos de pessoas diagnosticadas com covid-19, tendo igualmente subido para 3.275 os internamentos em enfermaria (mais 34 desde segunda-feira).
Os doentes internados em cuidados intensivos têm vindo a aumentar desde o dia 07 de setembro, quando estavam nestas unidades 49 pessoas. Hoje estão 506 pessoas nestas unidades, mais oito do que na segunda-feira.
Os 85 óbitos são o segundo número mais alto desde o início da pandemia, em março, só ultrapassado pelas 91 mortes a 16 de novembro
– Expresso
Segundo o boletim epidemiológico da DGS, 58,2 por cento dos novos casos situam-se na região Norte, que contabilizou nas últimas 24 horas mais 2.284 infeções, totalizando 139.905 casos de infeção e 1.907 mortos desde o início da pandemia.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 1.018 novos casos de infeção, contabilizando-se até agora 91.053 casos de infeção e 1.467 mortes.
Na região Centro registaram-se mais 446 casos de infeção, contabilizando-se agora 25.949 e 521 mortos.
No Alentejo foram registados mais 83 novos casos, totalizando 5.320 e 101 mortos.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 65 casos de infeção, somando 4.870 casos e 43 mortos desde o início da pandemia.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados 18 novos casos nas últimas 24 horas, somando 828 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou cinco novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 796 infeções e dois óbitos.
No boletim, a Direção-Geral da Saúde precisa que a 16 de novembro houve uma atualização do sistema de tecnologia de análise de dados provenientes do SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), tendo sido atualizado o número cumulativo de casos confirmados e recuperados nessa data.
Portugal ainda não tinha superado as cinco centenas nas UCI, onde entraram mais oito pacientes nas últimas 24 horas
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 118.649 homens e 145.191 mulheres, de acordo com os casos declarados.
O boletim de hoje refere que há 4.881 casos confirmados de sexos desconhecidos que se encontram sob investigação, uma vez que estes dados não são fornecidos de uma forma automática.
Do total de vítimas mortais, 2.095 eram homens e 1.961 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.397.322 mortos resultantes de mais de 59,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Os casos Covid-19 no Algarve
Ao que o POSTAL apurou até 12 de novembro (há doze dias), o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 3803 (DGS apresenta hoje 4.870, mais 65), com 41 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 43).
Até à data de quinta-feira, dia 12 de novembro, os concelhos de Faro [223], Portimão [215], Loulé [186] e Albufeira [149] apresentavam o maior número de casos ativos confirmados [ver quadro].
O número de casos ativos e de recuperados por concelho estão no gráfico a cima.
Lamentavelmente, DGS e ainda uma maioria das autarquias algarvias deixaram de publicar regularmente os números Covid-19 por concelho de casos, o que dificulta perceber a evolução diária na região.
Estes dados baseiam-se nas informações disponíveis da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias que disponibilizam essa informação, quer oficialmente, quer oficiosamente.
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DIARIAMENTE, AS NOTÍCIAS MAIS RELEVANTES SOBRE COVID-19
Rede Expressos suspende atividade nos dois próximos fins de semana, pontes e feriados
A Rede Expressos decidiu suspender toda a atividade de transporte de passageiros nos próximos dois fins de semana, pontes e feriados, tendo em conta a proibição de deslocações entre concelhos determinada pelo Governo, anunciou hoje a empresa.
“A Rede Expressos, cumprindo a resolução do Conselho de Ministros, decidiu suspender a atividade nos próximos dois fins de semana perante a impossibilidade de haver deslocações entre concelhos”, avançou em comunicado a empresa de transporte público rodoviário.
Desta forma, a atividade da Rede Expressos será suprimida, na área do transporte de passageiros, entre 28 de novembro e 01 de dezembro inclusive e entre 05 e 08 de dezembro inclusive.
Segundo a empresa, a decisão prendeu-se com o facto de que “a Rede Expressos teria muitas dificuldades na realização de um controlo efetivo de todos os passageiros e do seu fundamento para fazer deslocações entre concelhos”.
A Rede Expressos esclareceu ainda que todos os passageiros que adquiriram antecipadamente os seus bilhetes poderão ser reembolsados ou revalidá-los sem custos.
Criada em 1995, a Rede Nacional de Expressos surgiu com o objetivo de assegurar ligações rápidas entre várias cidades e vilas portuguesas, tendo posteriormente alargado a atividade a Espanha, passando a deter uma cobertura ibérica.
Atualmente, a Rede Expressos opera as marcas Rede Expressos, Renex, Mundial Turismo e Citi Express, com 300 destinos nacionais, inclusive 86 cidades, contando com 352 viaturas de transporte.
Portugal entrou às 00:00 de hoje num novo estado de emergência devido à pandemia de covid-19, passando os 278 municípios do continente a estar divididos em quatro grupos, consoante os níveis de risco de transmissão.
O novo estado de emergência, que vai prolongar-se até às 23:59 de 08 de dezembro, impõe novas medidas consoante o nível de risco por concelho, que poderá ser “moderado,” “elevado”, “muito elevado” ou “extremamente elevado”, bem como restrições para todo o país.
As medidas gerais para todo país passam pela proibição de circular entre concelhos entre as 23:00 de 27 de novembro e as 05:00 de 02 de dezembro e entre as 23:00 de 04 de dezembro e as 23:59 de 08 de dezembro.
Madeira não concede tolerância de ponto nem suspende aulas e autoriza circulação entre concelhos
A Madeira não vai conceder tolerância de ponto ao setor público nem suspender as aulas nos dias 30 de novembro e 07 de dezembro, indicou hoje o presidente do executivo, sublinhando que também não será proibida a circulação entre concelhos.
“É fundamental perceber o seguinte: nós não temos uma situação [pandémica] equivalente àquilo que se está a passar no continente”, disse Miguel Albuquerque, à margem da inauguração de 15 novos pavilhões no Parque Industrial de Câmara de Lobos, na zona oeste da ilha da Madeira.
O presidente do Governo regional, de coligação PSD/CDS-PP, afirmou que o decreto que regulamenta o novo estado de emergência, em vigor desde as 00:00 de hoje, motivou “alguma interpretação errónea”, nomeadamente ao referir que o disposto entre os artigos 3.º e 31.º e entre os artigos 45.º e 53.º “é aplicável a todo o território nacional”.
“Não temos, neste momento, uma situação equivalente à maioria dos concelhos do continente e, por conseguinte, as medidas cá serão adequadas à nossa realidade e não vamos aplicar cegamente o decreto nacional”, disse, reforçando: “Obviamente, há uma omissão, mas que do ponto de vista da interpretação é clara, que é a circunstância de aquele decreto ser aplicado ao território continental.”
Miguel Albuquerque indicou que foram já solicitados esclarecimentos sobre a situação aos gabinetes do primeiro-ministro e do Presidente da República, e remeteu para quarta-feira o anúncio de novas medidas de contenção da covid-19 no arquipélago.
O chefe do executivo deixou, no entanto, claro que não haverá tolerância de ponto nem suspensão da atividade letiva nos dias 30 de novembro e 07 de dezembro, e também não será proibida a circulação entre concelhos.
“Isso não vai acontecer na Região Autónoma da Madeira porque o nosso índice de infeção por 100 mil habitantes é 58”, disse, sublinhando que o arquipélago ainda não tem transmissão comunitária ativa.
De acordo com os mais recentes dados da Direção Regional de Saúde, a Madeira regista 166 infeções ativas de covid-19, num total de 691 casos positivos assinalados desde 16 de março.
Apesar da posição do Governo Regional, a Câmara Municipal do Funchal, liderada pela coligação Confiança (PS/BE/PDR/Nós, Cidadãos!), já anunciou que vai aplicar o disposto no decreto que regulamenta o estado de emergência em relação à tolerância de ponto e ao uso obrigatório de máscara pelos funcionários nos locais de trabalho.
Também os Açores indicaram, através do gabinete do representante da República, que as medidas decretadas pelo Governo da República se aplicam naquele arquipélago, com exceção das restrições aplicadas aos concelhos de risco elevado, muito elevado ou extremamente elevado, uma vez que a região não tem concelhos com mais de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 15 dias.
Surto em lar de Gavião com 20 infetados
Um surto de covid-19 num dos três lares da Santa Casa da Misericórdia de Gavião, no distrito de Portalegre, infetou pelo menos 20 utentes e funcionários, disse hoje à agência Lusa o presidente do município, José Pio.
“Neste momento estão infetados 13 funcionários e sete utentes”, indicou o autarca.
O presidente da Câmara de Gavião explicou que a instituição tem um total de 135 utentes e 150 funcionários nos três lares, estando apenas uma das valências a ser afetada por este surto, que surgiu na passada semana.
“Neste lar estão 135 utentes e quanto aos funcionários há muitos que são comuns, prestam serviço noutras valências da instituição”, explicou.
O presidente da Câmara de Gavião adiantou que os utentes infetados estão “isolados” em vários pontos da instituição e estão “assintomáticos”, ao passo que os funcionários infetados estão nas suas residências.
“Nós partimos para a testagem imediata de todos os utentes e funcionários e isso é que permitiu detetar as outras situações. Agora, a instituição com o apoio do município adquiriu testes rápidos e todos os funcionários à entrada são testados, há testes diariamente”, acrescentou.
De acordo com o relatório publicado hoje pela Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), na sua página na Internet, o distrito de Portalegre conta com um total de 16 mortes associadas à covid-19 desde o início da pandemia.
No documento, é referido que o distrito de Portalegre regista 493 casos ativos, sendo a lista liderada pelo concelho de Portalegre, com 259 casos, seguindo-se Elvas, com 53 casos ativos, Crato (48), Nisa (35), Gavião (30), Arronches e Ponte de Sor com 18 casos cada.
O concelho de Marvão apresenta 10 casos ativos, Campo Maior sete, Monforte e Castelo de Vide com cinco casos ativos cada e Fronteira com três casos.
Os concelhos de Avis, Alter do Chão e Sousel não apresentam hoje qualquer caso ativo.
No mesmo relatório, a ULSNA indica que foram feitos até hoje 26.995 testes de diagnóstico no distrito de Portalegre e que estão internados 33 infetados nas duas unidades hospitalares da região.
Portugal contabiliza pelo menos 3.971 mortos associados à covid-19 em 264.802 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 08 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana e feriados a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
Governo pede uso de máscaras reutilizáveis para evitar danos ambientais
O Governo apelou hoje para o uso de máscaras respiratórias reutilizáveis para reduzir os custos ambientais das descartáveis, que podem representar seis toneladas de plástico a ir parar aos mares todos os meses, só a partir de Portugal.
A secretária de Estado do Ambiente, Inês Santos Costa, afirmou que as máscaras reutilizáveis são “completamente seguras” na proteção que conferem das gotículas através das quais se pode transmitir o novo coronavírus e que as máscaras cirúrgicas na população em geral devem ser reservadas para pessoas “com problemas de saúde específicos que exijam a sua utilização”.
As reutilizáveis são “uma barreira de segurança fiável para o dia a dia” desde que lavadas e tratadas, indicou ainda.
A governante referiu que a nível mundial estão a ser usadas “120 mil milhões de máscaras descartáveis todos os meses” e que em Portugal, onde o uso de máscara no exterior foi tornado obrigatório pelo Governo desde que não haja condições para manter o distanciamento físico entre as pessoas, esse número rondará “150 milhões” mensalmente.
“Se 1% for depositado incorretamente [fora dos contentores de lixo indiferenciado], são seis toneladas de plástico a entrar nos nossos solos, rios, ribeiros e no nosso mar todos os meses”, afirmou.
Inês Santos Costa falava no lançamento da campanha “Não deixes cair a máscara”, em que se apela, além do uso de reutilizáveis, a pôr as descartáveis usadas no lixo normal, uma iniciativa que é financiada pelo Fundo Ambiental.
A secretária de Estado afirmou que foi pessoalmente andar na rua para ver se encontrava máscaras no chão e se deparou com uma situação “aflitiva, com máscaras às dezenas em parques de estacionamento, em canteiros, levadas pelo vento, abandonadas a escassos metros dos caixotes de lixo”.
Pelo menos 1,397 milhões de mortos no mundo desde o início da pandemia
A pandemia da covid-19 já causou pelo menos 1.397.322 mortos no mundo desde que o novo coronavírus foi descoberto em dezembro na China, indica um balanço da agência France-Presse até às 11:00 TMG (mesma hora em Lisboa).
Mais de 59.256.310 infeções foram diagnosticadas no mesmo período, das quais pelo menos 37.691.800 foram consideradas curadas.
Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 7.896 mortes e 593.934 casos em todo o mundo, segundo a AFP.
Os países que registaram mais mortes no último dia foram os Estados Unidos, com 835 mortos, a Itália, com 630, e a Polónia, com 540.
Os Estados Unidos são o país mais afetado, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 257.707 mortos entre 12.421.216 casos, segundo o balanço da universidade Johns Hopkins. Pelo menos 4.633.600 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais atingidos são o Brasil com 169.485 mortos em 6.087.608 casos, a Índia com 134.218 mortos (9.177.840 casos), o México com 101.926 mortes (1.049.358 infetados) e o Reino Unido com 55.230 mortes (1.527.495 casos).
Entre os países mais afetados, a Bélgica é o que conta com mais mortos em relação à sua população, 136 por cada 100.000 habitantes, seguido do Peru (108), Espanha (92) e Itália (83).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) declarou um total de 86.464 casos (22 nas últimas 24 horas), incluindo 4.634 mortos (0 no último dia), e 81.508 curas.
A América Latina e as Caraíbas totalizavam hoje às 11:00 TMG 435.916 mortos em 12.523.367 casos, a Europa 377.263 mortes (16.657.311 infetados), os Estados Unidos e o Canadá 269.201 mortos (12.755.021 casos), a Ásia 189.142 mortos (11.975.641 infetados), o Médio Oriente 74.880 mortes (3.160.744 casos), África 49.979 mortos (2.154.039 casos) e a Oceânia 941 mortos (30.196 infetados).
O número de casos diagnosticados só reflete, contudo, uma fração do número real de infeções. Alguns países só testam os casos graves, outros utilizam os testes sobretudo para rastreamento e muitos países pobres dispõem de limitadas capacidades de despistagem.
O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da Organização Mundial de Saúde.