O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que o país tem “condições financeiras” para assumir o projeto da alta velocidade Lisboa-Porto-Vigo “com tranquilidade” e sem “sobressaltos que o ponham em causa”, sublinhando que reuniu uma “larguíssima maioria”.
“O país tem hoje condições financeiras para poder assumir este projeto com a tranquilidade” que não haverá “sobressaltos que o ponham em causa”, declarou o primeiro-ministro, António Costa.
O governante, que manhã marcou presença de manhã no terminal ferroviário de Campanhã, no Porto, para a apresentação do projeto de alta velocidade para ligação de Lisboa ao Porto e Porto a Vigo (Espanha), salientou que infraestruturas como esta “transcendem qualquer maioria”.
“Os grandes projetos estruturantes, a rodovia, ferrovia e aeroportuária têm de ser objeto de grande consenso nacional, validados na Assembleia da República e ter, pelo menos, o apoio de dois terços”, disse, sublinhando que o projeto reuniu uma “larguíssima maioria” na AR.
Nova linha de alta velocidade Porto-Lisboa ligará as duas cidades em uma hora e 15 minutos
A nova linha de alta velocidade Porto-Lisboa, que pretende ligar as duas principais cidades do país em apenas uma hora e 15 minutos no serviço direto, não terá paragens e será construída em três fases.
“Esta linha estará totalmente integrada com o resto da rede ferroviária nacional. As cidades [do Porto e de Lisboa] serão servidas nas estações centrais”, disse Carlos Fernandes, do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal (IP).
Numa apresentação que decorrer esta manhã em Campanhã, no Porto, Carlos Fernandes avançou que a nova linha de alta velocidade terá via dupla e ligará o Porto e Lisboa numa hora e 15 minutos.
A construção está dividida em três fases, estando a primeira, o troço entre Porto e Soure, prevista concluir até 2028.
Neste que é, disse o responsável, o “troço mais congestionado da Linha do Norte”, o tempo de percurso estimado será de uma hora e 59 minutos.
O segundo troço, entre Soure e Carregado, que deve estar concluído até 2030, e deverá diminuir o tempo de percurso para uma hora e 19 minutos.
A terceira fase, entre Carregado e Lisboa, “será construída mais tarde”, disse Carlos Fernandes, e permitirá atingir a duração final de uma hora e 15 minutos de toda a ligação.
Carlos Fernandes garantiu, ainda, que estão previstas “múltiplas ligações” entre a linha de alta velocidade e o resto da rede ferroviária.