A diretora-geral da Saúde avisou hoje que nem todas as pessoas vacinadas contra a covid-19 vão ficar imunizadas, uma vez que a vacina administrada não é 100% eficaz e ainda não há imunidade de grupo.
Graças Freitas falava na habitual conferência de imprensa na Direção-Geral da Saúde (DGS), em Lisboa, sobre a evolução da pandemia da covid-19 em Portugal.
“Vacinar não quer dizer abandonar critérios de proteção”, frisou, advertindo que “nem todas” as pessoas vacinadas “vão ficar imunizadas”.
“A vacina não é 100% eficaz e nós não temos ainda imunidade de grupo”, justificou.
Graça Freitas reforçou, por isso, a necessidade de se manterem medidas de proteção até se atingir a imunidade de grupo, como o uso de máscaras, a higienização das mãos, a ventilação de espaços e o distanciamento físico.
A campanha de vacinação contra a covid-19 iniciou-se em Portugal em 27 de dezembro com a inoculação de profissionais de saúde nos hospitais. Na segunda-feira, foi alargada aos lares de idosos.
A vacina que está a ser administrada é a do consórcio Pfizer-BioNTech, para cujo uso de emergência foi aprovada em 21 de dezembro pela Agência Europeia do Medicamento.
Até à data foram dadas em Portugal 32 mil doses.
Em Portugal, morreram 7.286 pessoas dos 436.579 casos de infeção de covid-19 confirmados, de acordo com o boletim mais recente da DGS.
O país contabilizou hoje mais 90 mortes relacionadas com a covid-19 e 4.956 novos casos de infeção pelo novo coronavírus.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.