O ciclista português João Almeida (Deceuninck-QuickStep) é o novo líder da Volta a Itália, após a terceira etapa, que terminou no topo do Monte Etna e que foi ganha pelo equatoriano Johnatan Caicedo (Education First).
Almeida tem o mesmo tempo de Caicedo na geral, mas tem vantagem nos centésimos de segundo no contrarrelógio da primeira etapa. O espanhol Pello Bilbao (Bahrain-McLaren) é terceiro, a 37 segundos.
Após uma longa fuga, Caicedo cortou a meta, instalada no Monte Etna, 150 quilómetros depois da partida em Enna, em 4:02.33, menos 21 segundos do que o italiano Giovanni Visconti (Vini Zabú-KTM) e 30 do que o holandês Harm Vanhoucke (Lotto Soudal).
Na segunda-feira corre-se a quarta etapa, entre Catania e Villafranco Tirrena, num percurso de 140 quilómetros, com apenas uma contagem de terceira categoria a meio da tirada.
“Ainda não consigo acreditar, estou superfeliz”
João Almeida confessou, após a terceira etapa, estar “sem palavras”, mas “superfeliz”.
Emocionado, o jovem das Caldas da Rainha explicou aos jornalistas que ainda não conseguia “acreditar” no que tinha acabado de fazer. “Estou superfeliz, sem palavras”, atirou.
Sabia que tinha sido “muito perto”, que tinha cortado a meta “com pouco mais de um minuto” para o vencedor da tirada, o equatoriano Jonathan Caicedo (Education First), passando depois o tempo de espera até ver confirmada a ‘maglia rosa’ com “excitação”.
Os dois têm o mesmo tempo, desempatando para o luso o tempo conseguido no contrarrelógio da primeira etapa, e João Almeida tornou-se assim no segundo português a liderar o Giro, conseguindo o feito no mesmo local onde Acácio da Silva, em 22 de maio de 1989, tinha ganho a rosa, que vestiu apenas por um dia.
Olhando para a frente, João Almeida define uma prioridade imediata: “descansar bem”. Depois, afirmou, é “dar o melhor nos próximos dias”, a começar pela defesa da camisola rosa já na quarta etapa, na terça-feira, entre Catânia e Villafranco Tirrena, num traçado de 140 quilómetros.