Ideias-chave:
- 203 ataques, 74 infraestruturas destruídas, Rússia controla aeroporto perto de Kiev. Hospital atingido com quatro mortos registados
- Várias explosões registadas em Kiev, pessoas dirigidas para abrigos
- “Em caso de interferência estrangeira, a Rússia agirá imediatamente”, avisa Putin, que diz que objetivo é o Donbas
- NATO, G7 e Conselho Europeu reunidos hoje
- PSP pronta para reforçar medidas de segurança em torno de representações diplomáticas em Portugal
Braga solidária com cidade-irmã de Ivano-Frankivsk
A Câmara Municipal de Braga declarou, hoje, o seu apoio e solidariedade ao povo ucraniano, em especial à cidade irmã de Ivano-Frankivsk,”neste perigoso e dramático período da sua história”. Ricardo Rio lamenta a situação na Ucrânia e na cidade com a qual Braga se encontra geminada desde 2016, atacada pelas “forças agressoras russas”. Em comunicado, o autarca e transmite também toda a solidariedade ao Presidente da Câmara Ruslan Martsinkiv e a toda a sua equipa.
“Braga é cidade aberta e tolerante e tem uma vasta comunidade ucraniana, muito bem integrada na sociedade”, refere Ricardo Rio, que lembra que a autarquia no último sábado passado recebeu a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, durante a homenagem prestada aos heróis da revolução de 2014 que derrubaram o regime de Viktor Yanukovych e aproximaram a Ucrânia da União Europeia. “Como disse no passado fim de semana, os ucranianos que aqui vivem e dão o seu contributo para o desenvolvimento do Concelho, são, também, bracarenses”, salienta. Ao Expresso, Ricardo Rio adianta que residem no concelho entre 700 a 800 ucranianos, entre os quais se contam professores, trabalhadores dos setores da construção, transportes ou serviços domésticos.
“Alguns chegaram há quase 30 anos e estão integrados na comunidade bracarense”, frisa o autarca. “A invasão da Federação Russa à Ucrânia não poderá deixar de suscitar uma forte reação da comunidade internacional, com a aplicação imediata de sanções económicas e políticas aos agressores. É inaceitável que um país livre e democrático seja atacado desta forma por um país vizinho, colocando em causa a ordem internacional e fazendo regredir a Europa aos anos mais negros da sua história”, refere ainda o comunicado do município, que sustenta estar “em total consonância com o Governo Português”, a União Europeia e a NATO na resposta a dar à Federação Russa, esperando que a reação da comunidade internacional possa “impedir um novo período negro na Europa”.
Biden garante que G7 acordaram “sanções devastadoras” contra a Rússia
Putin diz aos líderes económicos que haverá restrições na economia russa
O Presidente russo alertou os líderes dos maiores grupos económicos que esperava restrições à economia da Rússia, mas assegurou que a Federação Russa tomou a “medida necessária” ao avançar com uma ofensiva de larga escala contra a Ucrânia. “O que eu quero dizer primeiro – o mais importante, para que todos entendam – é que o que está a acontecer é uma medida necessária. Não nos deixaram qualquer possibilidade de agir de outra forma. Criaram tantos riscos na esfera da segurança que era impossível reagir de outra maneira. Todos os nossos esforços resultaram em ‘zero’. […] Criaram tantos riscos que é difícil compreender como o nosso país poderia ter continuado a existir.”
Líderes do G7 unidos em condenar “ultrajante ataque” da Rússia
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou hoje que os líderes do G7 estão unidos na condenação ao “ultrajante ataque à Ucrânia independente”, prometendo “sanções massivas” do bloco ocidental ao Presidente russo.
“Hoje os líderes do G7 revelaram estar unidos em condenar o ultrajante ataque à Ucrânia independente”, vincou Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social Twitter após uma reunião por videoconferência do grupo dos países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) mais a União Europeia (UE).
“Juntos iremos adotar sanções massivas para garantir que Putin pague um preço pesado por esta agressão”, prometeu a presidente do executivo comunitário.
Biden adia declarações para as 18h30
Joe Biden só falará daqui a menos de uma hora, pelas 18h30 (hora em Portugal continental), já que adiou o horário do seu discurso.
Pentágono avisa que a Rússia se dirige para os maiores centros urbanos
Putin chamou os oligarcas e disse-lhes que os “riscos” obrigaram a “intervir”
Santos Silva termina debate a citar Passos Coelho
A encerrar o debate na comissão permanente da Assembleia da República, o ministro dos Negócios Estrangeiros insiste que há “lições a tirar”, designadamente que a segurança não pode estar de costas voltadas para a economia. Augusto Santos Silva cita mesmo o antigo primeiro-ministro do PSD Pedro Passos Coelho quando defendeu que a Europa não pode continuar a depender economicamente da Rússia, devendo ser “forte, independente e soberana” para contribuir para a estabilidade mundial.
FMI alerta para “importante risco económico para o mundo”
Protestos contra a guerra ganham corpo em Moscovo
Zelensky diz que a “cortina de ferro” está a cair e a isolar “a Rússia do mundo civilizado”
O Presidente ucraniano voltou a falar ao país esta tarde, e trocou o fato habitual, aparecendo vestido com um uniforme militar. No seu mais recente discurso, Zelensky comparou este conflito ao “som da nova cortina de ferro que está a cair e a separar a Rússia do mundo civilizado”.
“A nossa tarefa é garantir que essa cortina não caia em território ucraniano” acrescentou.
O líder ucraniano garantiu que as forças do país têm defendido com sucesso a região leste de Donbas, além de lutarem perto de Kharkiv. Zelensky refere que a área mais problemática é, neste momento, Kherson, no sul do país. No norte, descreve Zelensky, o “inimigo continua a avançar”, mantendo “combates pesados” em Chernobyl.
Zelensky admite perdas de tropas, mas também assume que há soldados russos capturados. Muitos aviões e veículos russos terão sido destruídos. “Muitos russos estão chocados com o que está a acontecer”, sustentou.
IL quer “passar das palavras aos atos” e critica “apoio desavergonhado do PCP” à agressão russa
Pela Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo lembra que não foram as palavras que impediram a Rússia de estacionar tropas na fronteira e de invadir mesmo a Ucrânia, pelo que não será com palavras que se vai travar a ofensiva. “Putin não vai ficar por aqui e não são as palavras que o pararão. É preciso passar das palavras à ação”, diz, aplaudindo a posição do governo português e as sanções aprovadas. “A defesa dos direitos humanos não pode ser retórica”, disse ainda.
João Cotrim de Figueiredo não terminaria a sua intervenção sem anter criticar o “apoio desavergonhado do PCP a esta agressão”, lembrando que é “nos dois extremos que estão os inimigos da liberdade”.
Na resposta, Santos Silva fez a defesa do papel da diplomacia. “Pareceu-me ver no senhor deputado a tese de que deveríamos seguir o processo de dente por dente: se Putin escala militarmente devemos escalar também. Mas nós não somos agressivos, ofensivos, não privilegiamos a via militar à via política, por isso na nossa reação seguimos esses princípios”, disse.
“A Ucrânia não tem equipamento militar suficiente para se defender dos ataques”
Vadym Prystaiko, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, admite que o país não tem recursos militares suficientes para se defender. “Neste momento, temos pessoas suficientes, mas não temos equipamento suficiente.”
A Ucrânia já manifestou ter necessidade de receber equipamento militar, bem como apoio internacional.
Boris Johnson quer que Rússia seja impedida de aceder ao sistema de pagamento internacional Swift
Segundo o “Financial Times”, o primeiro-ministo britânico, Boris Johnson, quer que os bancos russos deixem de poder ter acesso ao sistema de pagamento internacional Swift. Atualmente, a maioria das transações bancárias entre países, como transferências, são realizadas através deste sistema.
A avançar, a medida teria um grande impacto sobre os bancos russos e a sua capacidade de negociar com outros países. Mas, por enquanto, não há consenso sobre a aplicação da mesma. Países como a Alemanha não concordam com este bloqueio, como fez saber o chanceler alemão, Olaf Scholz, esta quinta-feira, durante a reunião dos líderes do G7. Todas as opções estão, contudo, “em cima da mesa”, afirmou outra fonte.
Segundo Boris Johnson, que participa na reunião, devem ser feitos todos os esforços para isolar o Presidente russo, Vladimir Putin, tanto “politicamente
como em termos económicos”. A decisão de suspender o gasoduto Nord Stream 2 foi acertada, mas os aliados devem agir de forma coordenada para impor “as mais fortes sanções” contra o regime de Putin, disse também o primeiro-ministro britânico, segundo o “Guardian”. Boris Johnson também sublinhou que a “inércia” do Ocidente face à situação na Ucrânia terá “consequências inimagináveis”.
Ventura “condena sem reservas” a Rússia, Santos Silva lembra que “a autocracia também leva à guerra”
André Ventura começa por “condenar sem reservas” os ataques russos à Ucrânia e diz que, “apesar de todas as divergências”, o seu partido concorda que Portugal tudo deve fazer para sancionar o Kremlin pelos seus atos nas últimas horas. O presidente do Chega considera “surpreendente que neste Parlamento se fale hoje na dissolução da NATO e na proibição de armas nucleares”, uma vez que não é com “poemas e rosas na mão” que se demovem os russos. Ventura conclui, perguntando “o que vai fazer o governo para uma escalada do preço da energia”.
Na resposta, o ministro Augusto Santos Silva esclarece que Portugal fez “em devido tempo” o que podia para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Mas não deixa de dar uma alfinetada ao Chega: “é também a autocracia que leva à guerra, é o desamor às instituições institucionais e democráticas que leva à guerra, ao belicismo e ao militarismo”. Essa é também uma “lição” que se deve retirar dos mais recentes desenvolvimentos, sugere.
Putin chamou os oligarcas ao Kremlin (com as sanções como pano de fundo)
PAN condena invasão russa da Ucrânia: “A guerra afeta-nos a todos”
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, condenou a invasão russa da Ucrânia e manifestou solidariedade para com o país. “A invasão russa é condenável. A guerra afeta-nos a todos”, pode ler-se num post no Twitter.
Segundo Sousa Real, para além da perda de vidas, a “história já nos retratou as violações grosseiras de Direitos Humanos que ocorrem” e que não se devia permitir que “se repetissem”.
A reação da líder do PAN surge na sequência do início da guerra na Ucrânia e dois dias depois de ter condenado “o reconhecimento de territórios separatistas no leste ucraniano por parte de Putin”.
“A este tempo o mundo, incluindo a Rússia, deveria estar focado não só na retoma socioeconómica decorrente da crise sanitária e no combate à crise climática. Não numa guerra sem sentido, por ocupação de território e que de acordo com a ONU já tirou a vida a cerca 14 mil pessoas”, acrescentou.
Santos Silva critica “equivalência” feita pelos Verdes. “Não basta dizer que somos pela paz e contra a guerra”
Depois da intervenção dos Verdes, Santos Silva critica a posição da deputada Mariana Silva: “Não basta dizer que somos pela paz e contra a guerra, temos de denunciar a guerra e não tentar essa espécie de equivalência em que, como todos têm culpa, os culpados são desculpados”.
Rússia responde a sanções do Ocidente: “Tomaremos medidas severas de retaliação”
A Rússia prometeu hoje uma resposta severa às sanções europeias que venham a ser tomadas, garantindo que “não impedirão” a assistência de Moscovo aos separatistas na guerra contra a Ucrânia.
“De acordo com o princípio da reciprocidade, que é a base do direito internacional, tomaremos medidas severas de retaliação”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, num comunicado.
“As medidas hostis da União Europeia (UE) contra a Rússia (…) não podem impedir o desenvolvimento gradual” dos laços entre Moscovo e os separatistas na Ucrânia, bem como a “prestação de assistência a estes últimos”, acrescentou a nota da diplomacia russa.
Joe Biden volta a falar ao país às 17h30
O Presidente norte-americano falará novamente ao país sobre os ataques da Federação Russa à Ucrânia, às 12h30 (horas locais). A imprensa norte-americana adianta que o discurso de Biden passará por definir a ação de Putin como “guerra premeditada”.
Secretária de Estado britânica e embaixador russo terão tido conversa “tempestuosa”
O encontro entre a secretária de Estado das Relações Externas do Reino Unido, Liz Truss, e o embaixador russo Andre Kelin terá sido “tempestuosa”. Liz Truss convocou o embaixador russo ao Ministério das Relações Exteriores esta tarde, e a reunião encerrou mais cedo, depois de a governante britânica ter dito ao embaixador que deveria envergonhar-se do comportamento da Rússia na Ucrânia.
A secretária de Estado das Relações Externas do Reino Unido terá ainda dito que o Kremlin mentiu repetidamente e que o seu comportamento fez da Rússia um “pária internacional”. A conversa não durou mais de dez minutos.
CDS pede UE a falar a uma só voz e sem partidarite. “Somos todos ucranianos”
Pelo CDS, Telmo Correia defende uma União Europeia a falar “a uma só voz” e pede união: “Devemos estar juntos e próximos de quem assume as responsabilidades em nome de Portugal”, diz, pedindo que o assunto seja tratado sem “partidarite” e com os braços abertos para acolher os refugiados que a guerra vai trazer. “Somos todos ucranianos neste momento”, diz Telmo Correia.
Marcelo condena “violação ostensiva e flagrante do Direito Internacional”: “Sinto orgulho por ser PR de um país que tem uma comunidade ucraniana excecional”
“Sinto orgulho de ser Presidente da República de um país que acolhe uma comunidade tão excecional como é a comunidade ucraniana em Portugal”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na comunicação que fez ao país a partir de Belém após ter recebido a embaixadora da Ucrânia em Lisboa.
O Presidente voltou a condenar “a veemente violação do Direito Internacional” que já antes tinha denunciado, mas que considera “acabar de ser confirmada” pelos ataques desta noite a várias cidades ucranianas. Marcelo falou de uma “violação ostensiva e flagrante” das regras do Direito Internacional e sublinhou ter sido aprovado por unanimidade no seio da NATO o envio de tropas que integrarão também militares portugueses dos três ramos, “Armada, Exército e Força Aérea”.
Eesse envio foi previamente aprovado pelo Conselho Superior de Defesa Nacional, presidido pelo Presidente da República, que fez questão de sublinhar tratar-se de “uma força de disuasão e não de intervenção agressiva”.
Marcelo rebelo de Sousa, que disse estar “a acompanhar” de perto em sintonia com o Governo a situação dos portugueses que se encontram na Ucrânia, “a maioria com dupla nacionalidade” e que “estão a sair do país”, e os 40 que não têm dupla nacionalidade.
Para os turistas ucranianos que se encontram em Portugal, o Presidente disse ser preciso encontrar “uma solução transitória”.
“Os EUA são os verdadeiros interessados numa guerra na Europa”, diz PCP, sem condenar a Rússia
Numa posição distinta dos restantes partidos do hemiciclo, o PCP afirma que uma guerra na Europa serve apenas os interesses dos EUA e exige de Portugal uma intervenção que contrarie a escalada de conflito e que contribua para uma solução negociada que garanta a paz, recusando envolver militares portugueses em missões que contrariem esse objetivo.
“Esta não é apenas uma disputa entre Rússia e Ucrânia, nem um problema de disputa de territórios. O problema de fundo que enquadra a situação que se vive na Ucrânia é o mesmo que já vimos na Jugoslávia, no Iraque, no Afeganistão, na Líbia e na Síria”, começa por dizer João Oliveira, afirmando que, tanto quando se trata de agressão da Rússia como quando se trata de agressão dos EUA, o problema é o do “recurso à guerra para impôr pela força a apropriação de recursos naturais e energéticos”. “É o problema da utilização da NATO como instrumento desses objetivos e a subordinação da UE à política belicista dos EUA e da NATO”, disse.
Foi aí que João Oliveira se atirou contra os EUA, afirmando que são os únicos interessados numa guerra na Europa “para assegurar a venda de armamento em larga escala”.
Em defesa da Rússia, o deputado comunista acrescentou ainda que não é expectável que a Rússia venha a aceitar que o “inimigo [a NATO] esteja acampado nas suas fronteiras”, numa referência à pretensão da Ucrânia de aderir à NATO. Para os comunistas, a “solução de paz só pode ser alcançada travando a escalada de tensão e contando com o contributo da Rússia para uma solução pacífica e negociada”.
“Defendemos esses princípios quando estavam em causa as guerras do Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria. Voltamos a defendê-lo agora”, disse, recusando-se a condenar a Rússia mas optando por condenar todo o problema que nos trouxe até aqui – e que, no seu entender, é maior e mais antigo do que a simples invasão da Rússia à Ucrânia. O problema, diz, é a utilização da NATO e da UE como instrumento ao serviço da política belicista dos EUA.
MNE concorda com diagnóstico do PCP mas lamenta que partido não aplique “esses princípios à situação presente”
Afirmando-se de acordo com a condenação do comunista João Oliveira “do cerco, da confrontação e da guerra”, o ministro Augusto Santos Silva diz não conseguir perceber como o deputado “não aplica esses princípios à situação presente”.
O governante aponta o dedo à Rússia pela escalada da violência no plano militar e “ainda no plano do discurso político”, que “culminou na declaração delirante de que a Ucrânia não tinha direito à sua própria soberania”.
“Em vez de usar a persuasão, o convencimento, a influência, Putin usa o cerco, a confrontação e, desde ontem à noite, a guerra”, insiste o ministro, que lamenta que o PCP não denuncie isso ali naquela câmara. “Ainda tem 13 segundos para o fazer se quiser”, convida.
Usando um pouco mais do que esse tempo, João Oliveira assegura que o seu partido condena “todo o caminho que nos trouxe aqui”, incluindo “os 30 anos de extensão das fronteiras da NATO junto das fronteiras da Rússia”. E insiste que o caminho só pode ser “defender a paz e não promover a guerra”.
Ataques à Ucrânia são apenas “a fase inicial”. Invasão russa tem o intuito de fazer cair o Governo, dizem os EUA
Os ataques na Ucrânia são apenas uma “fase inicial” do plano russo de invasão ao país, garante a Defesa norte-americana. “É provável que o que estamos a ver irá desenrolar-se em muitas fases; quantas serão, por quanto tempo, não sabemos, mas aquilo a que estamos a assistir são as fases iniciais de uma invasão de larga escala.”
“Eles [os militares da Rússia] estão a avançar sobre Kiev. Continuamos a acreditar, e é a nossa análise, que a intenção é fazer capitular o Governo e instalar o modelo de governação russa, o que explica a ofensiva contra Kiev.”
Os conselhos de Kasparov para derrotar Putin (“Ouçam o que digo agora”)
Vídeo das detenções em Moscovo
Embaixadora da Ucrânia pede ajuda a Marcelo: “Esperamos apoio militar de Portugal, da NATO e da UE”
A Embaixadora da Ucrânia em Lisboa foi esta quinta-feira recebida pelo Presidente da República, a quem foi pedir apoio militar e humanitário para o seu país. Inna Ohnivets foi clara: “A Ucrânia espera apoio da NATO, da UE e de Portugal. Por exemplo, sanções, e apoio se for preciso também militar”.
“A Ucrânia não é membro da NATO mas se for ocupada pela Rússia o que será o país a seguir?”, questionou, reafirmando que “precisamos do apoio de Portugal” e “também de assistência humanitária”.
A diplomata ucraniana disse ter pedido esse apoio “ao Presidente da República português, ao Governo e ao Ministério da Defesa”. E sublinhou ser “muito importante Portugal abrir as suas fronteiras para os cidadãos que vivem na Ucrânia” e que queiram vir para o nosso país.
Marcelo Rebelo de Sousa falará ainda hoje ao país.
“Termos capacidade de defesa é muito diferente de sermos militaristas”, distingue MNE
Em resposta ao Bloco de Esquerda, o ministro dos Negócios Estrangeiros esclareceu que “Portugal cumprirá, como sempre tem cumprido, as suas obrigações humanitárias” a nível internacional. “Dizemos sempre ‘presente’ quando se trata de acolher refugiados”, diz ainda Augusto Santos Silva. E elenca “três divergências” entre o Governo e o BE, rejeitando que haja “uma simetria de imperialismo” entre EUA e Rússia: “há mesmo uma potência agressora que viola o Direito Internacional e os próprios acordos que assinou”. O responsável pela situação atual tem um nome e um rosto: “esse nome é Vladimir Putin e o rosto é o dele”. A segunda divergência tem a ver com a capacidade de dissuasão e, sim, “estamos a reforçá-la porque isso permite a Putin pensar mil vezes antes de agir”, diz. E, por fim, o ministro sublinha que “termos capacidade de defesa é muito diferente de sermos militaristas”.
BE condena invasão russa “sem reservas”, mas não concorda com envio de tropas
Pelo Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares faz uma intervenção condenando a invasão russa da Ucrânia “sem reservas” – uma referência que Santos Silva aplaudiu. Para o líder parlamentar bloquista, contudo, “não há imperialismos bons e maus”, e as vidas perdidas são todas para lamentar. O BE defende um cessar fogo imediato e a retirada das forças russas do território, defendendo também que Portugal e o Ocidente não deviam enviar tropas para o terreno.
Sobre o acolhimento de refugiados, o BE aplaude as palavras escolhidas por Santos Silva para dizer que Portugal vai acolher vizinhos, familiares e amigos e não apenas cidadãos portugueses, mas quer mais: acolhimento total de refugiados.
“Poeira radioativa pode cobrir o território da Ucrânia, Bielorrússia e dos países da União Europeia”
O alerta deixado por Anton Herashchenko, conselheiro do ministro do Interior ucraniano, refere-se à proximidade dos combates da central nuclear de Chernobyl.
Já o Presidente ucraniano acusa: “É o declarar de guerra contra toda a Europa.”
“Tentámos de tudo”. Santos Silva acusa Rússia de “duplicidade”
Ainda nas explicações aos deputados, na Comissão Permanente da Assembleia da República, Santos Silva diz que a diplomacia europeia tentou “tudo” para travar a escalada de violência, mas a única resposta que obteve da Rússia foi “duplicidade”.
“Tentámos tudo, todas as vias diplomáticas, tentativa de compreender os pontos de vista e interesses, mas o que obtivemos da Rússia não foi mais do que duplicidade. Os exercícios militares conjuntos com iam terminar no domingo e nada, a Rússia disse que estava a reduzir forças militares estacionadas na fronteira e na prática estava a aumentá-las, o presidente russo comprometeu-se a trabalhar pelo cessar fogo e acabou a reconhecer as republicas fantoche de Luhansk e Donestk”, disse o ministro, acrescentando que à duplicidade a Rússia acrescentou a agressão. “Foi um ato de agressão ilegal, ilegítimo e imoral”, disse.
Sites do Kremlin estão em baixo
Rússia abriu caminho para Mariupol, cidade essencial no Donbass ucraniano
UE prepara-se para aplicar sanções à Bielorrússia por apoiar ofensiva de Moscovo
O jornal The Guardian avança que os líderes da União Europeia planeiam sancionar a Bielorrússia pelo seu papel de apoio à invasão russa da Ucrânia. Um documento inicial do órgão de soberania europeia, que será finalizado durante o encontro desta noite, condena “o envolvimento da Bielorrússia nos ataques contra a Ucrânia” e exorta Minsk a respeitar as suas obrigações internacionais.
“O Conselho Europeu [dos líderes da UE] apela à rápida preparação de um novo pacote de sanções que também incluirá a Bielorrússia”, pode ler-se nesta proposta inicial. “A Bielorrússia já está sujeita a sanções da UE, visando indivíduos e setores da sua economia, após a brutal repressão do Presidente Alexander Lukashenko a manifestantes pacíficos em 2020.”
O texto repete ainda os alertas da UE de que a Rússia será atingida por mais sanções que “impõem consequências massivas e severas”, mas não especifica quais são essas medidas. É o que deve ser acordado pelos 27 líderes da UE reunidos em Bruxelas nesta noite.
Presidente ucraniano decreta mobilização geral da população para a guerra com a Rússia
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou hoje a mobilização geral de todas as pessoas com idade para servir no exército após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
“O projeto de lei para a aprovação do decreto presidencial sobre a mobilização geral foi submetido à Verkhovna Rada da Ucrânia (Parlamento)” para a sua adoção, informou o Legislativo ucraniano através da rede social Telegram.
Zelensky já havia imposto hoje a lei marcial em todo o país após o início da operação militar da Rússia.
Zelensky também anunciou o rompimento das relações diplomáticas entre a Ucrânia e a Rússia após a agressão militar contra o território ucraniano ordenada pelo chefe do Kremlin, Vladimir Putin.
Lavrov diz que o Ocidente “infelizmente não respeita a lei internacional”
O MNE da Rússia, Sergei Lavrov, diz que o Ocidente “infelizmente não respeita a lei internacional, tenta destruí-la”. De acordo com a agência russa pública RIA Novosti, citada pela BBC, Lavrov disse ter tido “conversas intensivas e detalhadas com os colegas americanos e outros membros da NATO” e a Rússia “estará sempre disponível para um diálogo que nos devolva à justiça e aos princípios da carta das Nações Unidas”. À excepção da China, todos os países do Conselho de Segurança são unânimes em dizer que é a Rússia quem está a violar a carta da ONU.
“Putin é responsável por trazer a guerra de volta ao continente europeu”, acusa Rio
Rui Rio descreve esta quinta-feira como “um dos dias mais negros da história recente da Europa”. “Entre a paz e a guerra, a Rússia escolheu a guerra”, acusa, na sequência de “uma mera encenação que todo o mundo constatou”. O presidente do PSD responsabiliza Vladimir Putin por “trazer a guerra de volta ao continente europeu”, apelando à coordenação entre a União Europeia, o Reino Unido e os EUA para a aplicação de “um pesado pacote de sanções”.
Condenando “as aventuras imperialistas e antidemocráticas” do Presidente russo, a quem “incomodam a liberdade, a democracia, a autonomia, o Estado de direito, os direitos humanos e das minorias, a economia de mercado, a globalização imbuída de valores ocidentais”, Rio adverte que “nenhuma ordem internacional pode subsistir quando são postas em causa as fronteiras de um estado soberano”. “Temos de ser soldados” na recuperação da paz e liberdade que tanto custaram a conquistar, apela ainda.
Combates em curso perto de edifício de resíduos nucleares de Chernobyl, alerta Zelensky
Os soldados russos entraram numa área que circunscreve as instalações da central nuclear de Chernobyl, adiantou o Presidente ucraniano. Volodymyr Zelensky confirmou que as tropas da Ucrânia estão a enfrentar o exército russo, que chegou a essa área, a partir da Bielorrússia. “As forças russas estão a tentar tomar o edifício de Chernobyl, mas os nossos soldados estão a dar as suas vidas para evitar que aconteça uma tragédia”, afirmou o chefe de Estado do país invadido.
Santos Silva pede a todos os que defendem o direito internacional que condendem invasão russa
Augusto Santos Silva apela a uma reação firme da comunidade internacional, tanto no plano político como no plano das sanções (que vão ser agravadas), como no plano da defesa e também no plano do acolhimento a eventuais refugiados. “Os que defendem o direito internacional e o sagrado direito de um Estado e de um povo à soberania e integridade do seu território devem condenar sem hesitação o que está a acontecer na Ucrânia, que é uma invasão militar por parte da Rússia”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros português, ouvido no Parlamento.
Quanto aos cidadãos luso-ucraniados, Santos Silva promete acolhimento total aos cidadãos ucranianos que queiram procurar refúgio em Portugal, tenham nacionalidade portuguesa ou não: também os amigos, vizinhos e familiares são bem vindos, disse.
“Entre a paz e a guerra, a Rússia escolheu a guerra”, acusa Rio
Rui Rio descreve esta quinta-feira como “um dos dias mais negros da história recente da Europa”. “Entre a paz e a guerra, a Rússia escolheu a guerra”, acusa, numa “mera encenação que todo o mundo constatou”. O presidente do PSD responsabiliza Vladimir Putin por “trazer a guerra de volta ao continente europeu”, apelando à coordenação entre a União Europeia, o Reino Unido e os EUA para a aplicação de “um pesado pacote de sanções”.
Condenando “as aventuras imperialistas e antidemocráticas” do Presidente russo, a quem “incomodam as liberdades”, Rio adverte que “nenhuma ordem internacional pode subsistir quando são postas em causa as fronteiras de um estado soberano”. “Temos de ser soldados” na recuperação da paz e liberdade que tanto custaram a conquistar, apela ainda.
Gerhard Schroeder, na Gazprom, pede cuidado com as sanções à Rússia
Esta noite há recolher obrigatório em Kiev
“Maior crise de segurança na Europa passa desde o fim da II Guerra Mundial”, diz Santos Silva
O ministro dos Negócios Estrangeiros fala na “maior crise de segurança por que a Europa passa desde o fim da II Guerra Mundial”, deixando palavras de “lamento e consternação pelas dezenas e dezenas de vidas perdidas ingloriamente”. Em debate na comissão permanente da Assembleia da República, agendado ainda antes do início dos ataques russos à Ucrânia, Augusto Santos Silva descreve “um ato de agressão militar intolerável e inaceitável para a comunidade internacional”.
Trata-se de “uma situação dinâmica que temos de acompanhar ao minuto” mas que merece já “uma reação firme da comunidade internacional nos planos político, económico e de defesa”, acrescenta. Secundando as palavras do secretário-geral da ONU, António Guterres, o governante exige à Rússia “para que faça recuar as tropas para o seu território”, ao mesmo tempo que manifesta a sua “solidariedade e apoio às autoridades e povo ucranianos” pela “barbárie que lhes está a ser infligida” e que viola “ostensivamente as mais básicas regras” internacionais.
Ministro russo garante que a Rússia sempre estará aberta ao diálogo
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, declarou que a Rússia sempre estará pronta para o diálogo, apesar de as forças militares russas estarem a avançar no território da Ucrânia. “Infelizmente os nossos amigos do Ociente não respeitam a lei internacional, e tentam destruí-la e proomover o que eles designam como ‘ordem assente em regras'”, afirmou Lavrov.
O governante prossegue dizendo: “Tivemos intensos e detalhados debates com os nossos colegas norte-americanos, com outros membros da NATO. Esperamos que ainda haja hipóteses de voltarmos à lei internacional e às obrigações internacionais.”
Livre diz que é urgente preparar ajuda a refugiados e vítimas de guerra
O Livre diz que a invasão da Ucrânia pela Rússia é “ilegítima” e defende que é urgente começar a preparar a ajuda a refugiados e vítimas de guerra.
“A UE e Portugal tudo devem fazer perante o desastre humanitário que se adivinha. É urgente preparar a ajuda a refugiados de guerra e Portugal deve estar nesta primeira linha de defesa dos Direitos Humanos, disponibilizando-se de imediato para acolher vítimas e deslocados de guerra”, afirma o partido de Rui Tavares em comunicado.
Manifestando-se “solidário” para com o povo ucraniano e milhares de emigrantes do país, o Livre considera que Portugal, através do Conselho da UE, deve obter a garantia de que todos os Estados-membros serão também um porto de abrigo de vítimas do conflito na Ucrânia.
CDS-PP quer solução “efetiva, rápida e consequente” para fim do conflito
O CDS-PP considerou hoje que a ação militar da Rússia contra a Ucrânia é “um ataque infame” e uma “violação grosseira do direito internacional” e defendeu uma “solução efetiva, rápida e consequente” para acabar com o conflito.
“A guerra iniciada hoje pela mão da Rússia na Ucrânia representa um ataque infame a um país soberano e uma violação grosseira do direito internacional que ninguém pode deixar de condenar”, afirma o vice-presidente centrista Pedro Melo.
Em comunicado enviado à Lusa, o CDS solidariza-se “com todo o povo ucraniano e, em especial, com as famílias das primeiras vítimas deste lastimável conflito”.
Os centristas exortam também “o Governo português a atuar em conjunto com a comunidade internacional, no quadro das Nações Unidas, da Nato ou outro, a fim de que se encontre uma solução efetiva, rápida e consequente para pôr cobro à guerra na Ucrânia”.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
Helicóptero russo abatido perto de Kiev
Um vídeo divulgado pela BBC mostra um helicóptero militar russo que foi abatido enquanto combatia nos arredores do aeroporto Hostomel. O general ucraniano Valerii Zaluzhnyi confirmou que as forças da Ucrânia estão a enfrentar o exército russo para recuperar o controlo deste aeroporto perto da capital, que é um dos mais importantes em termos de transporte de cargas e de uso militar.
Coliseu de Roma iluminado com as cores da bandeira da Ucrânia
O Coliseu de Roma vai estar iluminado de azul e amarelo, as cores da bandeira ucraniana, entre o final desta quinta-feira e a tarde de sexta-feira num gesto de solidariedade com o povo ucraniano e em nome da paz.
O correspondente da TVI mostra a escassez de alimentos em Dnipro
Maçonaria portuguesa solidária com o povo ucraniano
A Maçonaria portuguesa condena “veemente da utilização da força como forma de solucionar conflitos”, diz um comunicado divulgado esta quinta-feira pelo Grande Oriente Lusitano – GOL.
Na perspetiva da organização liderada por Fernando Cabecinha “existem organizações internacionais, como a ONU, que são fóruns privilegiados para dirimir quaisquer diferendos que surjam entre Estados, e a elas é imperioso recorrer, sob pena de vingar a lei do mais forte, como já aconteceu por diversas ocasiões e sob pretextos falsos. Os Maçons, que tiveram um papel fundamental na criação destas organizações, não podem deixar de sublinhar a importância de manter em todas as circunstâncias canais de diálogo abertos, como forma de impedir conflitos ou, se iniciados, os conter e os resolver”.
O comunicado refere ainda que o GOL manifesta “a sua solidariedade em relação ao povo ucraniano em geral e à comunidade ucraniana residente em Portugal em particular”, ao mesmo tempo que “denuncia o desencadeamento por parte da Federação Russa da sua intervenção militar e pede às suas congéneres russa e ucraniana, que defendem os valores e princípios da Tolerância, da Justiça, da Verdade, da Solidariedade, da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, para desenvolverem todos os esforços ao seu alcance para impedir a escalada de uma guerra que só pode ser prejudicial para a Humanidade em geral e para os povos envolvidos em particular”.
Tropas russas controlam aeroporto nas imediações de Kiev
Tropas aerotransportadas russas controlam o aeroporto Antonov, situado a cerca de 40 quilómetros do centro de Kiev. “Permitiram-nos que entrássemos com eles, enquanto defendem o perímetro desta base aérea, onde tropas transportadas em helicópteros chegaram às primeiras horas da manhã para estabelecer uma ponte aérea que permita a entrada de mais tropas”, disse um jornalista da CNN que se encontra naquele local.
As tropas em causa envergam uniformes sinalizados com uma lista laranja e preta, que os identifica como forças russas, explicou o jornalista.
O comandante desta unidade russa disse à CNN que houve combates, presumivelmente com militares ucranianos, que afirmam estar a preparar uma contraofensiva para recuperar o controlo deste aeroporto. O mesmo repórter disse ainda que se ouvem aviões no ar, “há uma cortina de fumo negro, cinzento e castanho, que sai das instalações daquela base aérea”. “Creio que há aviões a sobrevoar-nos.”
Rússia diz ter destruído 74 infraestruturas, incluindo 11 aeródromos
“Como resultado dos ataques das Forças Armadas russas, 74 instalações terrestres da infraestrutura militar ucraniana foram desativadas. Isso inclui 11 aeródromos da Força Aérea”, afirmou o general Igor Konashenkov, ministro da Defesa russo, na televisão.
Segundo o general foram também destruídos três centros de controlo e uma base naval. As forças russas afirmam ter ainda abatido um helicóptero e quatro drones Bayraktar TB2.
O porta-voz admitiu também a perda de um caça devido a um “erro de pilotagem”.
IL condena “ataque criminoso” contra a Ucrânia
A Iniciativa Liberal (IL) condenou o “ataque criminoso” da Rússia contra a Ucrânia e manifesta solidariedade para com os cidadãos ucranianos. “Um povo na linha da frente com enorme dignidade e coragem no regresso das trevas da guerra à Europa”, escreveu a IL no Twitter, apelando à intervenção do Governo português.
“Portugal deve ajudar imediatamente os portugueses na Ucrânia e as famílias ucranianas em Portugal”, acrescenta o partido de João Cotrim de Figueiredo, que fala num “ataque a todo o mundo livre”.
203 ataques desde o início do dia, afirma Ucrânia
Segundo a Reuters, a Ucrânia diz que foi alvo de 203 ataques desde as primeiras horas do dia com confrontos em quase todo o território.
Numa atualização emitida às 14h locais (12h em Portugal), o ministério dos Negócios Estrangeiros disse que quatro helicópteros russos (incluindo um K-52) foram abatidos perto de Gostomel, na região de Kiev.
O comunicado acrescenta que os confrontos continuam em Luhansk, onde “o inimigo continua a sofrer perdas”.
Em Odessa, 10 operacionais terão sido feridos por estilhaços durante um ataque.
Quatro civis mortos em ataque a hospital ucraniano
O exército ucraniano denunciou que quatro pessoas foram mortas num ataque russo, com projétil, a um hospital em Vuhledar, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. Dez pessoas ficaram feridas, entre as quais seis médicos.
PSP pronta para reforçar medidas de segurança em território nacional
A Direção Nacional da PSP avança ao Expresso que tem acompanhado a evolução da situação internacional. Sem precisar datas, a PSP refere que têm sido “permanentemente avaliadas as medidas de segurança em território nacional” e junto das representações diplomáticas em Portugal. Em comunicado, é ainda garantido que irão ser “atualizadas permanentemente” as medidas de segurança implementadas, nomeadamente “agora que a guerra, de facto, estalou”.
A PSP não comenta, contudo, as medidas cautelares de segurança em vigor ou a implementar a partir de agora.
O som da ameaça permanente, perto de Kiev
A nota do Conselho Superior de Defesa Nacional
Reunido pelo Presidente da República, terminou o Conselho Superior de Defesa Nacional.
Leia a nota divulgada pela presidência:
NOTA INFORMATIVA
O Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu hoje, 24 de fevereiro de 2022, em sessão extraordinária, sob a presidência de Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, para se inteirar da situação na Ucrânia e eventual participação de Forças Nacionais no âmbito da NATO.
Com base na posição de princípio expressa pelos órgãos de soberania, nomeadamente, o Presidente da República, o Primeiro-ministro e pelo representante da Assembleia da República do principal partido da oposição, e atendendo à informação analisada, o Conselho deu, por unanimidade, parecer favorável às propostas do Governo para a participação das Forças Armadas Portuguesas no âmbito da NATO, que se seguem:
1. Ativação da Very high readiness Joint Task Force (VJTF) e das Initial Follow-On Forces Group (IFFG) para eventual empenhamento nos planos de Resposta Graduada da NATO,
2. Eventual antecipação do segundo para o primeiro semestre de projeção de uma companhia do Exército para a Roménia.
Lisboa, 24 de fevereiro de 2022
UE apela à Bielorrússia para não participar no ataque à Ucrânia
Charles Michel pediu, nesta quinta-feira, à Bielorrússia que não participe nas ofensivas militares russas contra a Ucrânia. “Vocês têm nas vossas mãos a escolha de não seguirem a ação destrutiva da Rússia. Têm a opção de não participarem nesta tragédia contra os vossos vizinhos na Ucrânia”, exortou.
Manifestantes presos em protestos contra a guerra na Rússia
Em Moscovo e noutras cidades russas, dezenas de pessoas foram detidas por protestarem contra a invasão da Ucrânia, escreve o jornal “The Moscow Times”. De Tolyatti, no sul do país, a Khabarovsk, no extremo oriente, multiplicaram-se protestos isolados, a única forma de manifestação permitida na Rússia. As detenções foram cerca de 50, na capital e em São Petersburgo, entre outras localidades. Está convocado para as 19h (16h em Portugal Continental) uma marcha antiguerra em vários sítios, incluindo a Praça Pushkin, no centro de Moscovo. A iniciativa partiu da ativista pelos direitos humanos Marina Litvinovich, que foi detida à porta de casa. Procuradores moscovitas avisaram que os ajuntamentos não autorizados são ilegais e terão “consequências negativas”.
Um mapa das regiões invadidas ou atingidas por Moscovo
BE condena invasão da Rússia, mas diz que é um erro reforço das forças da NATO
A coordenadora do BE condenou hoje veemente a invasão da Rússia à Ucrânia, mas considerou um erro reforçar as forças da NATO por provocar escalada de guerra, defendendo o ataque à “oligarquia russa onde dói”, com sanções económicas fortes.
“A invasão da Rússia à Ucrânia é algo que nada pode justificar. Está em causa algo que é gravíssimo e que deve ser assim encarado. Há um país soberano que está a ser invadido à margem de qualquer lei internacional e isto merece a mais veemente condenação e merece ação”, disse aos jornalistas a líder do BE, Catarina Martins, à margem de uma visita ao IPO de Lisboa.
Na opinião de Catarina Martins, “uma escalada de guerra não vai proteger o povo ucraniano nem vai proteger a Europa”, considerando por isso o BE “que o reforço das forças da NATO é um erro porque vai provocar escalada e não dissuadir”.
“O que achamos que é fundamental neste momento é uma ação muito forte do ponto de vista económico, com sanções muito eficazes contra os oligarcas russos porque é assim que se pode obrigar à Rússia a voltar à via diplomática. Portugal deve apoiar as sanções fortes no seio da União Europeia contra os oligarcas russos, deve fazê-lo também em Portugal”, defendeu.
Para a líder do BE, “uma escala de forças militares na região não vai dissuadir movimentos de guerra, vai pelo contrário fazer escalada de guerra”.
“O mais eficaz é atacar a oligarquia russa onde dói e é do ponto de vista económico. Isso deve ser feito do ponto de vista europeu, deve ser também feito a nível nacional”, apelou.
O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, anunciou hoje de madrugada o início de uma operação militar na Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas regiões de Donetsk e Lugansk que reconheceu como repúblicas independentes na segunda-feira.
Presidente checo diz que Vladimir Putin é “louco” e deve ser internado
O Presidente da República Checa, Milos Zeman, disse hoje que é preciso “internar o louco” referindo-se ao chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, por quem chegou a demonstrar admiração em várias ocasiões. “É preciso internar o louco”, disse Zeman referindo-se a Putin, numa mensagem transmitida pela televisão e dirigida ao país, na qual acusou a Rússia de ter cometido um “delito contra a paz” e expressou “total apoio à Ucrânia”, ao “governo e povo”.
Zeman admitiu que não acreditava na invasão russa e que chegou a questionar o profissionalismo dos serviços de informações dos Estados Unidos que alertaram sobre o ataque. “Esta decisão irracional da Rússia vai provocar danos consideráveis ao Estado russo”, disse o Presidente checo, que até ao momento era defensor de uma diplomacia económica com Moscovo.
Ex-chefes de governo de Itália e Finlândia abandonam empresas russas
Com a invasão da Ucrânia, Matteo Renzi e Esko Aho demitiram-se dos conselhos de administração das empresas russas Sberbank e Delimobil. O ex-chanceler alemão Schröder continua na Gazprom.
Imagens do fumo que sai de um aeródromo militar em Chuguev
Forças militares russas entraram na região de Kiev a partir da Bielorrússia
Unidades militares russas entraram na região de Kiev, a partir da Bielorrússia, para realizar um ataque com mísseis Grad contra alvos militares, informaram hoje autoridades militares ucranianas, num comunicado.
Os guardas fronteiriços ucranianos não especificaram a natureza da incursão bélica terrestre, mas acrescentaram que a manobra militar ocorreu através do posto de controlo de Vilcha, cerca de 150 quilómetros a norte da capital ucraniana.
Um jornalista da agência France-Presse (AFP) destacado no território ucraniano relatou a presença de vários helicópteros não identificados a voar em grupos, a baixa altitude, nos subúrbios de Kiev. Relatos não confirmados também registaram este género de operação de voo em grupo, a partir da vizinha Bielorrússia.
Míssil russo atinge aeroporto ucraniano
A BBC adianta que um míssil russo atingiu um aeroporto ucraniano, no Oeste do país. Nas últimas horas, têm sido muitos os relatos de ataques a infraestruturas militares da Ucrânia.
Presidente da Lituânia declara estado de emergência
O Presidente da Lituânia declarou estado de emergência, adianta a agência Reuters. Gitanas Nausėda revela que pretende enviar tropas para defender as fronteiras lituanas, em resposta a “possíveis perturbações e provocações iniciadas pelas forças massivas russas e bielorrussas”.
Rússia vai sofrer “consequências duras e profundas”, avisa Macron
“Eles terão consequências duras e profundas”, disse Emmanuel Macron referindo-se à Rússia. Em declarações a partir de Paris, o presidente francês condenou a ofensiva militar contra a Ucrânia e afirmou que tudo fará “para garantir a soberania e a segurança dos aliados europeus”.
Macron diz que França vai proteger todos os seus compatriotas, com base no princípio de “soberania, liberdade e democracia”. “Vamos responder à guerra sem medo, com determinação e unidade”, vincou o presidente.
França vai continuar a acompanhar a evolução da situação na Ucrânia, para decidir quais as melhores decisões a tomar, disse ainda Emmanuel Macron. Como pano de fundo, atrás, tinha as bandeiras de França, da União Europeia e da Ucrânia.
Cobertura noticiosa russa fala em defesa das pessoas “sujeitas a abuso e genocídio pelo regime de Kiev”
A maioria dos órgãos de comunicação russos é controlada pelo Estado. As televisões russas estão a fazer uso da narrativa de “medida de autodefesa” para descrever a invasão da Ucrânia. Tem sido repetida a declaração do Ministério da Defesa, que anunciou a utilização de “armas de alta precisão” contra o exército ucraniano, o que não constituiria ameaça para os civis.
O canal Rossiya 1 TV iniciou a transmissão noticiosa dizendo: “Hoje a Rússia começou a operação militar com o propósito de proteger as pessoas que, nos últimos oito anos, têm sido sujeitas a abuso e genocídio pelo regime de Kiev.”
São ainda divulgados, nos canais televisivos russos, entrevistas nas ruas das regiões controladas pelos ‘rebeldes’. “É magnífico, não há outra forma de o descrever”, declara um dos entrevistados. “Estou muito feliz, esperei oito anos por isto”, disse uma mulher ao canal.
UE a uma só voz, promete cercar financiamento de Moscovo. “É um ataque à paz da Europa e às fundações da UE”
A presidente da Comissão Europeia dá uma conferência, Vamos apresentar um novo e massivo pacote de sanções, “muito superior ao que já foi anunciado”, limitando o acesso de Moscovo aos mercados financeiros, mas também cortando o acesso de Moscovo a tecnologia – onde a Rússia cria mais valor económico. “O presidente Putin terá de explicar isto aos seus cidadãos”. Von der Leyen diz que é dever da Europa ser firme face a este ataque, uma resposta que será “concertada com a NATO”. “Estamos mais unidos do que nunca”, diz.
Charles Michel, por sua vez, fala de um “ataque não provocado, que não acontece desde a segunda Guerra Mundial”, em violação da lei internacional. “É um ataque à paz da Europa e às fundações da UE”.
Von der Leyen diz que a UE está “preparada” para a entrada de refugiados – e sublinha que eles “são bem-vindos”. Mas acrescenta esperar que sejam no menor número possível. E promete ajuda económica a Kiev.
Na mesma conferência de imprensa, o secretário-geral da NATO diz que a decisão de integrar a Ucrânia é do país e da organização, não da Rússia.
“Esta é uma invasão deliberada, a sangue frio e planeada há muito tempo”, acusa o líder da NATO
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou “a invasão russa de larga escala à Ucrânia”, acrescentando que “a paz no nosso Continente foi quebrada”
“Esta é uma invasão deliberada, a sangue frio e planeada há muito tempo”, afirmou Stoltenberg em declarações a partir de Bruxelas esta quinta-feira de manhã, anunciando uma cimeira de líderes da NATO para sexta-feira.
Ainda assim, a NATO não vai intervir militarmente na Ucrânia: “Não vamos provocar um conflito, vamos preveni-lo”, reforçando a presença militar nos países que fazem fronteira com a Ucrânia. Stoltenberg diz que vão continuar a ser impostas sanções económicas pesadas à Rússia. “Continuamos juntos a condenar a invasão à larga escala à Ucrânia”.
As declarações prosseguiram: “Devemos responder de forma unida e assertiva”, “democracia vai sempre prevalecer”, “temos de preencher as nossas pessoas e os nossos valores”.
Aeroporto ucraniano atacado por helicópteros russos
O conselheiro do Presidente ucraniano denuncia, em declarações à Reuters, que, por esta altura, já ocorrem ataques em toda a fronteira com a Rússia. Moscovo iniciou os ataques aéreos ainda antes do discurso de Vladimir Putin a anunciar a invasão da Ucrânia, declara ainda a mesma fonte.
Imagens de um novo ataque aéreo, nos arredores de Kiev
China recusa-se a apontar o dedo à Rússia e começa a importar trigo russo
A China continua a recusar censurar a ofensiva russa na Ucrânia, e repete os apelos para que ambas as partes “ajam com moderação”. O Governo chinês acusa ainda os Estados Unidos da América de “atiçarem o fogo” das tensões entre os países.
Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, adiantou ainda que a China vai começar a importar trigo russo, para aliviar os efeitos das sanções impostas pelo Ocidente.
Boris Johnson promete sanções que vão “enfraquecer a economia russa”
Boris Johnson revelou que já conversou com o Presidente Zelensky, manifestando o apoio do Reino Unido à Ucrânia. O primeiro-ministro britânico declarou que “os nossos piores medos revelaram-se verdadeiros, e todos os avisos acerca de uma invasão russa estavam tragicamente corretos”.
Reconhecendo que Putin desencadeou uma guerra na Europa, Boris Johnson analisou que o ataque à Ucrânia foi realizado sem que qualquer provocação prévia tenha acontecido. As bombas estão agora a cair sobre uma população “completamente inocente”, prosseguiu. Com uma ampla invasão em curso em terra e no mar, o primeiro-ministro britânico garantiu: “Não podemos permitir que a liberdade seja sufocada. Não podemos desviar os olhares.”
Uma das medidas que o líder do Governo britânico adianta para já é o envio de armas para ajudar a Ucrânia. Serão também acertadas novas sanções: “Hoje, em concertação com os nossos aliados, vamos aprovar um pacote massivo de sanções económicas desenhado para enfraquecer a economia russa.”
Porta-voz do Kremlin não revela objetivo da operação militar
O porta-voz de Vladimir Putin nega que a Rússia esteja a levar a cabo uma “invasão” da Ucrânia e que pretenda ocupar o país. Dmitri Peskov, citado pelo canal americano CNN, insiste na expressão “operação especial”, mas recusa-se a explicar o objetivo da mesma. “Não posso dar informação sobre as componentes miltiares, tecnológicas. Os nossos departamentos militares e de defesa devem ser a única fonte primária.”
“Ninguém está a falar de ocupação, esse cenário não se aplica”, assegurou Peskov. Não crê pertinente dar mais justificações, pois “o próprio Presidente deu explicações exaustivas”. Vladimir Putin afirmou, num vídeo divulgado na madrugada de quinta-feira, que o seu propósito é “proteger pessoas sujeitas a maus-tratos e genocídio pelo regime de Kiev desde há oito anos”. Não há fundamento para esta afirmação.
“Esta é uma invasão deliberada, a sangue frio e planeada há muito tempo”, acusa o líder da NATO
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou “a invasão russa de larga escala à Ucrânia”, acrescentando que “a paz no nosso Continente foi quebrada”.
“Esta é uma invasão deliberada, a sangue frio e planeada há muito tempo”, afirmou Stoltenberg em declarações a partir de Bruxelas esta quinta-feira de manhã, anunciando uma cimeira de líderes da NATO para sexta-feira.
Ainda assim, a NATO não vai intervir militarmente na Ucrânia: “Não vamos provocar um conflito, vamos preveni-lo”, reforçando a presença militar nos países que fazem fronteira com o país. Stoltenberg diz que vão continuar a ser impostas sanções económicas pesadas à Rússia. “Continuamos juntos a condenar a invasão à larga escala à Ucrânia”.
As declarações prosseguiram: “Devemos responder de forma unida e assertiva”, “democracia vai sempre prevalecer” e “temos de preencher as nossas pessoas e os nossos valores”.
Fumo negro a sair da sede dos serviços secretos da Defesa ucraniana
A Reuters divulgou, nesta manhã, uma imagem que mostra fumo negro a emergir do edifício dos serviços secretos da Defesa ucraniana, em Kiev. Ainda não foram adiantados mais detalhes, mas a Ucrânia já tinha alertado que alguns dos seus centros de controlo militar tinham sido atingidos por mísseis russos.
Forças bielorrussas podem colaborar com a Rússia, admite Lukashenko
Alexander Lukashenko vinca que as tropas bielorrussas ainda não participaram na ofensiva russa, mas que o farão se for necessário. Comboios russos entraram na Ucrânia a partir do país aliado da Rússia, e Moscovo tem, há semanas, tropas no território bielorrusso, que foram utilizadas em exercícios militares.”Reforço: as nossas tropas não estão lá. Mas, se necessário for para a Bielorrússia e para a Rússia, seguirão para lá.”
Mais explosões ouvidas em Kiev
Navalny condena a invasão russa e diz que serviu para “desviar as atenções”
Aleksei A. Navalny, opositor de Putin, durante uma audiência em tribunal, condenou a invasão da Ucrânia por parte da Rússia. “A guerra com a Ucrânia foi iniciada para esconder o roubo aos cidadãos russos e para desviar as atenções dos problemas internos, que degradam a economia da Rússia”, declarou Navalny.
Irão pede negociações e acusa NATO e Estados Unidos de provocarem
O Governo iraniano está a acompanhar os acontecimentos na Ucrânia “com profunda preocupação”. Um tweet do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano diz que “contínuas provocações da NATO, lideradas pelos EUA, criaram uma situação que está a conduzir a Eurásia para uma crise total”.
O Irão apela à paz e pede a “ambos os lados para pararem o conflito, declarem cessar-fogo e iniciar negociações”.
Antiga ministra da Defesa alemã diz-se “furiosa” porque esta é uma nova “falha histórica”
Kremlin continua a alegar que “o objetivo é libertar a Ucrânia dos fascistas”
Ucrânia pede à Turquia para impedir acesso da Rússia ao estreito de Bósforo
A Ucrânia pediu à Turquia que feche os estreitos de Bósforo e Dardanelos para impedir os navios de guerra russos de entrar. As embarcações da Rússia recorrem a estas passagens para entrar no Mar Negro. A Turquia é o único país a controlar os estreitos, de acordo com a Convenção de Montreal, de 1936, que estipula que navios de guerra pertencentes a nações que fazem fronteira com o Mar Negro podem passar. Já embarcações dos restantes Estados podem passar por um tempo limitado apenas se atenderem a certas condições baseadas principalmente no peso.
UE vai agravar sanções à Rússia, anuncia MNE alemã
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha anunciou que a União Europeia irá impor “o pacote completo de sanções” à Rússia. Annalena Baerbock defende que à falta de reação determinada à invasão da Ucrânia, o mundo pagará um preço ainda mais alto. “Acordámos num mundo diferente”, comentou numa conferência de imprensa em Berlim.
A responsável pela diplomacia germânica assegurou que Moscovo “rejeitou as propostas de diálogo” e que a Ucrânia “não fez nada de mal” que justificasse a agressão. Baerbock dirigiu-se diretamente ao Presidente Vladimir Putin: “Nunca irá destruir o sonho da democracia”.
A ministra aconselhou todos os alemães a saírem da Ucrânia ou, se tal não for possível, a ficarem em locais seguros. As embaixadas alemãs nos países vizinhos apoiarão os cidadãos nas fronteiras, promete.
Espaço aéreo da Ucrânia já muito limitado
Em Kiev, depois de duas explosões, as pessoas são encaminhadas para abrigos improvisados
O relato é da equipa da SIC na capital, 20 minutos depois de duas explosões em Kiev.
À BBC aconteceu o mesmo:
O Governo ucraniano sugere ao povo que se proteja:
Mais imagens assustadoras da Ucrânia
Kiev agora mesmo:
E um pouco mais longe da capital:
Com impacto em zonas civis:
O Governo ucraniano sugere ao povo que se proteja:
Costa: “A NATO não intervirá na Ucrânia”, mas Portugal pode mandar militares para “dissuasão” em países da NATO vizinhos
António Costa deixa uma “condenação veemente” do ataque russo, acrescenta que ouviu já o chefe de Estado Maior-General das Forças Armadas. O primeiro-ministro diz que o Conselho Europeu aplicará sanções à Rússia, lembra que o Conselho do Atlântico Norte vai decidir “o empenho de forças de dissuasão para proeteger os países da NATO” . “Portugal integra este ano as forças de reação rápida. Temos um conjunto de elementos com prontidão a cinco dias para serem alocados para a realização dessas missões de dissuasão. A NATO não intervirá na Ucrânia, estas serão missões de dissuasão em países que têm fronteira com a Ucrânia”, se assim for solicitado.
Costa espera que não haja uma “escalada” e insiste em soluções diplomáticas, que passem por um recuo da Rússia. Para já, o chefe de Governo apela à “tranquilidade” dos portugueses e diz que são bem-vindos todos os que quiserem vir da Ucrânia.
A proposta em concreto do Governo ao Conselho de Defesa Nacional ficou sob reserva. E Costa acaba a apelar à UE para rever a sua estratégia energética, para não depender de Moscovo.
Rio diz que este é “um dos dias mais tristes do pós-Guerra Fria”
Costa espera que não haja uma “escalada” e insiste em soluções diplomáticas, que passem por um recuo da Rússia.
A proposta em concreto do Governo ao Conselho de Defesa Nacional ficou sob reserva.
Petróleo ultrapassa a barreira dos cem dólares por barril
Não foram apenas as bolsas europeias a ressentirem-se da invasão russa à Ucrânia. O preço da energia (gás natural e eletricidade) aumentou em 30%. Nos Países Baixos, o mercado sentiu flutuações de 40%. O Brent, petróleo de referência na Europa, subiu em mais de 6%, chegando a ultrapassar os 103 dólares por barril, o que não acontecia desde 2014, aponta a CNN.
Muitos ucranianos começam a sair do país. Imagem da fronteira com a Eslováquia
Ucrânia corta relações diplomáticas com a Rússia
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky , anunciou que as relações diplomáticas do país com Moscovo cessaram, num momento em que, em território ucraniano, avançam as tropas russas.
De acordo com o último balanço, mais de 40 soldados ucranianos já morreram e dezenas de militares ficaram feridos.
Lituânia e Moldávia declaram estado de emergência e fecham espaço aéreo
Ucrânia fala de 50 mortos: 40 militares, 10 civis
Alemanha promete ajuda à Polónia para acolher refugiados ucranianos
Quatro países da NATO acionaram o Artigo 4
A Polónia, a Estónia, a Letónia e a Lituânia, quatro Estados-membros da NATO, acionaram o Artigo 4, que prevê consultas dentro da Aliança para ponderar como reagir ao ataque da Rússia à Ucrânia. “As partes envolvidas consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer uma delas, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada”, teoriza o Artigo 4 do Tratado do Atlântico Norte.
O processo de consulta, ao abrigo do Artigo 4, pode levar a uma ação coletiva entre os 30 Estados-membros.
Uma imagem de Kiev de madrugada…
… via correspondente do FT em Moscovo
Zelensky anuncia distribuição de armas “a quem as quiser”
O Presidente da Ucrânia promete que não haverá punições para quem estiver disposto a defender o país através das armas. A agência Reuters adianta que Zelensky admitiu facilitar a distribuição de armas “a quem as quiser”.
O chefe de Estado ucraniano apelou ainda à população russa que saia às ruas para se manifestar contra esta invasão.
Pedro Filipe Soares apela ao “cessar-fogo”
Com perdas gigantescas, a bolsa de Moscovo suspende operações
Tropas ucranianas dizem ter provocado a morte de 50 soldados russos
O exército ucraniano adiantou que matou 50 soldados russos peto de Luhansk. Segundo as tropas da Ucrânia, as forças militares conseguiram destruir quatro tanques russos numa estrada nas redondezas de Kharkiv, bem como abateram seis aeroves russas no leste ucraniano.
São alegações que a Rússia rejeita.
Um mapa com os ataques já realizados à Ucrânia
Primeiro-ministro australiano diz que invasão russa da Ucrânia é “brutal” e “não provocada”
Scott Morrison, primeiro-ministro australiano, disse esta quinta-feira que a invasão da Ucrânia foi “brutal” e “não provocada”, fazendo referência a “ações hostis e unilaterais” por parte da Rússia. De acordo com o líder do Governo da Austrália, a Federação Russa está “claramente” a violar as normas do direito internacional. “A Rússia escolheu a guerra”, atirou Scott Morrison, apelando à união entre toda a comunidade internacional.
Esta é mais uma das posições que mostra a Rússia isolada, por quase todos os países, na sua visão bélica.
Presidente da Ucrânia compara invasão de Putin à de Hitler na 2ª Guerra Mundial
Presidente da Ucrânia compara invasão de Putin à que Hitler impôs à Ucrânia na segunda Guerra Mundial. E apela aos russos que vão para a rua protestar contra o Kremlin:
Várias aldeias de Luhansk ocupadas pelas tropas russas
O Ministério do Interior e o Serviço Estadual de Fronteiras da Ucrânia confirmaram a ocupação, pelas tropas russas, das aldeias de Milove e Horodyshche, em Lugansk.
A ofensiva russa é “uma das horas mais negras para a Europa desde a II Guerra Mundial”, diz Borrell
Josep Borrell considera que o ataque à Ucrânia levado a cabo pela Rússia está entre as “horas mais negras para a Europa” nos últimos 80 anos. O chefe da diplomacia da União Europeia compara mesmo este momento com a II Guerra Mundial, e promete “assistência urgente à Ucrânia”, bem como apoio na evacuação do território.
Mas há relatos desse envolvimento no terreno. E até imagens de mísseis russos a passar por território bielorrusso em direção à Ucrânia.
Mais sanções no caminho da Rússia
Os líderes europeus vão discutir esta noite a imposição de “consequências severas e massivas à Rússia”.
Milhares de ucranianos correm para os multibancos para levantar dinheiro. Em Kiev estações de metro convertem-se em bunkers
A CNN expõe imagens de milhares de ucranianos a correrem para os multibancos em Kiev, após o início da ofensiva russa. Os ucranianos tentam levantar dinheiro, sobretudo na capital.
Também em Kiev, as estações de metro foram convertidas em ‘bunkers’ improvisados. Estes locais estão a encher-se de pessoas, que se organizam em grupos.
Nas primeiras horas da manhã, várias imagens mostravam o trânsito dos ucranianos em fuga nos seus carros.
Ex-comandante da NATO avisa para guerra contra a Rússia
Bolsas europeias com quebras abruptas após início da operação militar na Ucrânia
Os mercados reagiram em baixa esta manhã, depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter lançado a operação militar na Ucrânia. Nos minutos iniciais de negociação, o FTSE 100 caiu 2,5%, o francês CAC 40 caiu 4% e o alemão Dax registou uma queda de 4%.
Os mercados asiáticos e as ações nos EUA também assinalaram decréscimos. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 3%. O Kospi da Coreia caiu 2,6%. O Nikkei 225 do Japão perdeu quase 2%, depois de um feriado. O Shanghai Composite da China caiu 1,7%.
O mercado de ações dos EUA também caiu. Estas perdas seguem-se à queda acentuada em Wall Street na quarta-feira.
Presidente bielorrusso desmente participação na operação militar da Rússia
Alexander Lukashenko, aliado de Putin, garantiu, em declarações à agência de notícias bielorussa Belta, que as forças da Bielorrússia não participam na operação militar da Rússia contra a Ucrânia.
Forças ucranianas superadas em número e preparação pelo exército russo
Mesmo com as toneladas de armas, munições e equipamentos que foram fornecidos à Ucrânia por aliados ocidentais nas últimas semanas, os militares ucranianos são superados em número e em preparação pelas forças russas. As tropas da Rússia são mais vastas e tecnologicamente mais avançadas, prontas para lançarem uma invasão multifacetada.
Em dezembro, o comandante dos serviços secretos da Ucrânia, o general Kyrylo O. Budanov, delineou um cenário em que uma invasão russa começaria com ataques aéreos e ataques com mísseis contra depósitos de munição e tropas nas trincheiras. Foi o que aconteceu na madrugada desta quinta-feira.
Presidente da Ucrânia dá ordem para provocar “máximo de baixas” às forças russas
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL