O Governo está a pedir apoio internacional para reforçar o Serviço Nacional de Saúde nos cuidados aos doentes infetados pelo coronavírus pandémico. Os contactos tiveram início no passado domingo com dois países europeus, que até à conclusão de todos os procedimentos deverão ficar por identificar a pedido dos próprios.
Portugal está a solicitar profissionais para reforçar as equipas de enfermagem e de médicos intensivistas, equipamentos onde se verificam falhas pontuais, como seringas e ventiladores não invasivos, e vagas hospitalares para transferir doentes para fora do país. A hospitalização internacional está a ser equacionada para doentes críticos, em cuidados intensivos, mas também para internamentos em enfermaria. Neste caso, equaciona-se mesmo transferências em grande número.
Fonte associada às diligências em curso garante que o maior problema é a falta de profissionais, sobretudo enfermeiros, para abrir camas em Intensivos e até em enfermaria. Aliás, até já o sector privado tem camas por abrir por não ter as equipas necessárias.
O Expresso sabe que um dos países foi escolhido por iniciativa da própria ministra da Saúde e outro pela Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos.
Na segunda-feira, em entrevista à RTP, Marta Temido já tinha adiantado que o Governo estava “a acionar todos os mecanismos de que dispõe, designadamente no quadro internacional, para garantir que presta a melhor assistência aos utentes”. E a “ajuda europeia” poderá, dizia, passar por “enviar doentes” para outros países. “Estamos num extremo de uma península e, portanto, com maiores constrangimentos geográficos, mas de qualquer forma, há mecanismos e há formas de obter auxílio e de enquadrar formas de colaboração e, naturalmente, que as estamos a equacionar”, garantiu a ministra da Saúde.
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