A utilização do filtro de partículas foi uma das estratégias adotadas pelos fabricantes de automóveis para reduzir as emissões de partículas de carbono (fuligem) resultantes da combustão incompleta nos motores a combustão interna. No entanto, com a sua disseminação, tornaram-se evidentes os problemas de obstrução, que podem levar a outras avarias mais ou menos dispendiosas, e houve mesmo relatos de incêndios causados pelo contato de filtros superaquecidos com detritos inflamáveis, como papel ou tecido. Será que existe motivo para preocupação? Descubra agora com a ajuda do Motor 24.
Os filtros de partículas (DPF/FAP) são dispositivos presentes na grande maioria dos veículos Diesel atuais e em muitos modelos a gasolina. Como todos os componentes automóveis, a sua operação e segurança estão regulamentadas pelas normas da indústria. No entanto, não estão isentos de falhas ou avarias.
Normalmente, os filtros de partículas funcionam com um sistema sequencial, armazenando fuligem por um período (geralmente 500 a 700 km) e, periodicamente, realizando a sua regeneração, que envolve o aumento da temperatura interna (com injeção adicional de combustível) até atingir a temperatura necessária para queimar as partículas, convertendo-as em monóxido de carbono, explica o Motor 24.
No entanto, é desafiante controlar a temperatura correta no filtro para promover a combustão e, simultaneamente, evitar um aumento excessivo da temperatura durante uma regeneração violenta, o que pode causar problemas.
A substituição de um filtro de partículas é rara, uma vez que este componente tem uma vida útil que normalmente acompanha a do veículo. No entanto, a limpeza deve ser realizada aproximadamente a cada 100.000 km ou sempre que as luzes de aviso do painel indiquem algum problema relacionado com o motor, sendo fundamental contactar uma oficina de imediato, informa a mesma fonte.
Em resumo, a utilização de filtros de partículas em veículos modernos é uma solução eficaz para reduzir as emissões prejudiciais de partículas de carbono. No entanto, esses dispositivos não estão isentos de problemas, como obstruções e riscos de superaquecimento. Portanto, a manutenção adequada e a atenção às luzes de aviso do veículo são essenciais para garantir um funcionamento seguro e eficiente.
A gestão adequada dos filtros de partículas é crucial para manter a qualidade do ar e a segurança nas estradas.
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