O professor Carlos Sousa Reis faleceu esta segunda-feira. Dedicou a sua vida ao ensino, à investigação e à operacionalização da Biologia Marinha em Portugal e no mundo. Há largos anos que escolheu a vila de Santa Luzia, no concelho de Tavira, para segunda residência.
As manifestações de pesar multiplicam-se nas redes sociais, sobretudo pelos alunos e amigos que manifestam a sua grande admiração por este homem que dedicou grande parte da sua vida à Ciência,
Carlos Sousa Reis foi biólogo, investigador e professor universitário na Faculdade de Ciências de Lisboa, nos domínios da Ecologia Marinha, Recursos Vivos Marinhos, Pescas e Ordenamento do Litoral.
Entre os cargos que exerceu, destacam-se o de vice-presidente e presidente do INIP – Instituto Nacional de Investigação das Pescas (1987-1992) e do IPIMAR – Instituto Português de Investigação do Mar (1992-1996), organismos que precederam o IPMA na área do Mar. Membro do “Scientific Technical Economic Committee for Fisheries” da União Europeia (1988-1996). Foi delegado nacional no ICES “International Council for the Exploration of the Sea” e membro do “Advisor Council for Fishery Management” de 1990 a 1996. Administrador Executivo do ICAT, Instituto de Ciência Aplicada e Tecnologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (1997-1999).
Carlos Sousa Reis foi membro do European Environmental Advisory Council (2003) e Chairman do “Working Group on Coastal Zones and Marine Environment “(2003-2004). Membro da Comissão de Estratégia dos Oceanos (Presidência do Conselho de Ministros) (2003-2004). Coordenador do Programa Finisterra no âmbito do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e do Ambiente. (2003-2005). Vogal do Conselho Nacional da Água (1995-2005). Membro da direção do Forum Permanente dos Assuntos do Mar (2008). Prémio do Mar Rei D. Carlos em 2004.
Carlos Sousa Reis trabalhou com Luiz Saldanha e Mário Ruivo e com eles atravessou o longo e difícil caminho para desenvolver e afirmar o novo papel de Portugal no Mar nos séculos XX e XXI.
“A ele devemos uma boa parte do que temos feito. Devemos-lhe fazer mais e melhor”, afirma o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na sua página do facebook.