Na madrugada desta quarta-feira, o grupo “Coletivo Uruçu Mirim” pegou fogo à estátua de Pedro Álvares Cabral, no Rio de Janeiro. No país verificam-se protestos , que têm decorrido nos últimos dias, devido à tese “Marco Temporal”, que retira direitos aos povos indígenas.
Numa publicação no Twitter, a página associada à defesa dos indígenas, entretanto suspensa, afirmou: “mais um momento escravocrata e genocida foi incendiado” e, ainda, queimar a estátua do navegador marítimo português é uma forma de “destruir tudo o que ele simboliza e um protesto contra um marco temporal”.
A expressão “Marco Temporal” refere-se a uma lei que prevê que os povos indígenas só possam reivindicar terras onde se tenham estabelecido antes de 5 de outubro de 1988, a data da promulgação da Constituição brasileira.
Esta lei pode vir a ser travada pelo Supremo Tribunal Federal, que deve começar a discutir o diploma esta quinta-feira, depois de um adiamento.
Milhares de pessoas de 173 grupos indígenas continuam em protesto contra esta lei, sobretudo em Brasília, na capital brasileira, em frente ao Supremo Tribunal.
O Brasil tem, sob análise, mais de 200 pedidos de demarcação de terras indígenas.
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