O Presidente dos Estados Unidos da América deu ordem ao Departamento de Justiça para começar o processo de tornar públicos documentos referentes à investigação do FBI sobre os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. A desclassificação da informação deve estar concluída num prazo de seis meses.
Joe Biden tinha feito esta promessa durante a campanha para as eleições presidenciais de 2020. “Quando me candidatei a Presidente dos EUA, assumi o compromisso de assegurar transparência em relação à desclassificação dos documentos referentes aos ataques terroristas do 11 de setembro de 2001”, sublinhou Biden num comunicado oficial divulgado esta sexta-feira, a uma semana de se completarem 20 anos desde a tragédia.
“Nunca podemos esquecer a dor duradoura dos familiares e entes queridos das 2.977 pessoas inocentes que foram mortas no pior ataque terrorista da história dos EUA”, apontou ainda.
Há vários anos que os familiares das vítimas do ataque pressionam o governo federal para revelar mais informação sobre o envolvimento da Arábia Saudita no financiamento dos ataques. Em 2019, William P. Barr, à época Procurador Geral dos Estados Unidos durante a presidência de Donald Trump, declarou em tribunal que os documentos deveriam continuar classificados para proteger a segurança nacional. Esta posição surpreendeu as famílias das vítimas.
No mês passado, mais de 1.600 pessoas afetadas pelo ataque terrorista – sobreviventes, profissionais de emergência médica e familiares das vítimas, entre outros – disseram a Biden que, se não desse ordem para que os documentos fossem tornados públicos, escusava de comparecer ao evento no local do ataque que irá ocorrer este ano.
Agora, estão satisfeitos com a decisão: “Estamos entusiasmados por ver o Presidente a forçar a publicação de mais provas sobre as conexões da Arábia Saudita com o ataque”, disse esta sexta-feira em comunicado Terry Strada, cujo marido, Tom Strada, morreu no World Trade Center. “Estamos a lutar contra o FBI e contra os serviços de informação há demasiado tempo, mas isto parece como um ponto de viragem”, completou.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso