O Plano Nacional de Preparação e Resposta à doença pelo novo coronavírus estabelece as fases de resposta que incluem três níveis e seis subníveis, de acordo com a avaliação de risco para o Covid-19 e o seu impacto para Portugal.
Segundo o documento da Direção-Geral da Saúde, a fase de mitigação, nível vermelho de alerta e de resposta três (a mais elevada de uma escala de três), corresponde à presença de casos de Covid-19 em território nacional e divide-se aos subníveis de “cadeias de transmissão em ambientes fechados “e “cadeias de transmissão em ambientes abertos”.
No parlamento, a ministra da Saúde afirmou hoje ser inevitável que Portugal entre “dentro de horas ou dias” na fase de mitigação da doença Covid-19.
Atualmente o país está no nível de alerta e resposta dois que corresponde a uma situação em que o risco de Covid-19 é moderado, sendo uma fase de contenção alargada, com reforço da resposta e contingência.
Na fase de mitigação, as cadeias de transmissão do Covid-19 já se encontram estabelecidas em Portugal, tratando-se de uma situação de epidemia ou pandemia ativa.
Neste contexto, as medidas de contenção da doença são insuficientes e a resposta é focada na mitigação dos efeitos do Covid-19 e na diminuição da sua propagação, de forma a minimizar “a morbimortalidade [relação entre o número mortes provocadas por determinada doença, num dado local e num certo período de tempo], e/ou até ao surgimento de uma vacina ou novo tratamento eficaz”.
Em fase de mitigação, quando se verificar a transmissão comunitária da infeção, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde terão de admitir e tratar doentes da sua área de referência, com suspeita ou confirmação da doença, fazendo a sua gestão de acordo com critérios de gravidade.
O plano indica ainda que a fase de mitigação é a última fase de resposta antes da fase de recuperação.
Em Portugal, a DGS atualizou ontem o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (18), ao passar de 41 para 59.