O grupo de cientistas que aconselha o Governo britânico alerta que o aparecimento de uma variante do SARS-CoV-2 resistente às vacinas pode fazer o combate à pandemia regredir um ano. Até agora, as vacinas têm-se mostrado eficazes perante as variantes identificadas. Caso deixem de o ser, a farmacêutica Pfizer diz que demora 100 dias a fazer uma nova vacina, adaptada a qualquer variante que venha a aparecer.
Em todo o continente africano, só três países têm mais de 10% da população com pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19. A maior parte, não chega sequer aos 2%.
Havendo circulação de vírus, aumenta a probabilidade de aparecerem novas variantes. Já surgiram quatro variantes que causaram preocupação: Alfa (Inglaterra), Beta (África do Sul), Gama (Brasil) e Delta (Índia).
Até agora, as vacinas têm-se mostrado eficazes em todas elas, mas o grupo independente de cientistas que apoia o Governo do Reino Unido na resposta à pandemia, diz que a possibilidade de aparecer uma variante que resista às vacinas é real.
Se isso acontecesse, o combate à pandemia recuaria um ano. No entanto, as farmacêuticas parecem já estar preparadas: à SIC, fonte oficial da Pfizer e da BioNTech avança que os laboratórios esperam ser capazes de desenvolver uma nova vacina desenhada para qualquer variante em aproximadamente 100 dias.
Os países mais ricos comprometeram-se a doar 2.000 milhões de doses de vacina para o resto do mundo, até ao final do ano. É um número expressivo, que não chega sequer para vacinar um terço da população dos países mais pobres.
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