O secretário de Estado da Saúde esclareceu hoje que apenas seis das 14 mortes de covid-19 incluídas no boletim epidemiológico ocorreram nas últimas 24 horas, resultando os restantes da verificação dos certificados de óbitos feitas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
“Apenas seis dos 14 novos óbitos ocorreram nas últimas 24 horas e os restantes nove óbitos incluídos no relatório da situação de hoje resultam da verificação dos certificados de óbitos levado a cabo pela DGS”, disse António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária para atualização dos dados referentes ao covid-19.
Portugal regista hoje 1.330 mortes relacionadas com a covid-19, mais 14 do que no domingo, e 30.788 infetados, mais 165, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela DGS.
Em comparação com os dados de domingo, em que se registavam 1.316 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 1,1%.
O secretário de Estado referiu ainda que a taxa de letalidade global é de 4,3% e a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 16,7%.
Na sua intervenção inicial, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que os certificados de óbitos eletrónicos emitidos pelo médico são feitos a pacientes suspeitos de covid-19, mas sem terem ainda um teste positivo.
“Nesta situação covid pode acontecer um óbito e a pessoa tem sintomatologia compatível com covid, o médico regista como covid e depois nas horas seguintes, se chegar um teste a dizer que afinal era negativo, que a causa seria outra, obviamente que esse óbito não é contabilizado. O inverso também pode acontecer”, disse Graça Freiras.
A diretora-geral da Saúde frisou que “pode haver pequenas diferenças” no número de óbitos novos em cada dia.
“Agora há muitos poucos casos de óbitos, não estranhem poder haver pequenas diferenças no dia-a-dia que se devem apenas à precisão do certificado de óbito”, sustentou.