Vladimir Putin anunciou na madrugada desta quinta-feira uma “operação militar especial” na Ucrânia para alegadamente defender as pessoas de Donbas e Luhansk.
“As circunstâncias requerem uma ação nossa, firme e imediata. As pessoas da República de Donbas pediram ajuda à Rússia”, afirmou o Presidente russo na transmissão televisiva. “Decidi conduzir uma operação militar especial. O objetivo é proteger as pessoas que, durante oito anos, sofreram o abuso e genocídio do regime de Kiev.”
Para justificar esta decisão, o líder russo citou ainda o Artigo 51 da norma das Nações Unidas (que reconhece o direito ao recurso à força em legítima defesa) e os acordos de amizade e apoio mútuo que Moscovo celebrou Donetsk e Luhansk, após as reconhecer a independência destes territórios separatistas no início da semana.
Putin deixou ainda um aviso às outras potências. “Quem tentar travar-nos ou criar mais ameaças ao nosso país, ao nosso povo, deverá saber que a Rússia responderá imediatamente e levará a consequências nunca antes vistas na sua história. Estamos preparados para qualquer resultado.”
Aos militares ucranianos, o Presidente da Rússia exigiu que “deponham as armas”. Putin argumentou que o objetivo desta operação é a “desmilitarização” da Ucrânia e não a sua “ocupação”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL