A Synlab, líder europeu em serviços de diagnóstico médico, respeita o valor e pertinência da utilização de testes rápidos de antigénio dentro dos parâmetros definidos pelas Autoridades de Saúde, e reitera a sua preocupação na utilização dos mesmos fora dos ambientes recomendados.
A empresa acaba de apresentar novos dados médicos obtidos através de uma comparação direta entre testes RT-PCR e testes rápidos de antigénio, que realçam a inexatidão destes últimos quando utilizados para testar pessoas “saudáveis”.
Neste estudo comparativo foram efetuados mais de 20.000 testes à SARS-CoV-2 em indivíduos no seu local de trabalho, ou seja, que não descreveram quaisquer sintomas (sendo, por isso, considerados “saudáveis”).
“Os resultados destes testes confirmam que quase 40% dos casos positivos de SARS-CoV-2 identificados através dos testes PCR poderiam não ter sido detetados se os indivíduos testados tivessem realizado apenas testes rápidos de antigénio”, explica a Synlab em comunicado, acrescentando que “foi demonstrado de forma clara que as pessoas que testaram negativo com os testes rápidos de antigénio (mas que, na realidade, estavam positivas) podem disseminar o vírus da COVID-19 com consequências graves. Estas situações ocorreram na Casa Branca (EUA) e com associações desportivas de alguns países nas quais o vírus se alastrou no seio das equipas em poucos dias”.
A explicação para as limitações dos testes de antigénios reside “numa queda acentuada da precisão de deteção do vírus nos indivíduos com cargas virais mais baixas, acima de 25 a 30 Ct (limiar de ciclo) (Figura 1)”. O valor Ct indica quantos ciclos de multiplicação PCR devem ser executados para “revelar a presença do material genético viral. Regra geral, quanto mais alto o valor Ct, menos quantidade de vírus está presente na amostra”. Desta forma, fica claro que “os testes de antigénio não detetam a SARS-CoV-2 em pessoas testadas com valores Ct mais elevados; contudo, isto não significa que estas pessoas não possam infetar outras, pois foi demonstrado que o vírus infecioso pode ser isolado mesmo de indivíduos com valores Ct superiores a 35”.
“Os dados médicos que obtivemos reforçam a nossa preocupação relativamente à utilização de testes rápidos de antigénio para garantir ambientes seguros para a interação humana. Os testes de antigénio poderiam falhar a deteção em quase 40% dos portadores do vírus, que seriam identificados por RT-PCR ou métodos equivalentes. Essas pessoas encontrar-se-iam em falsa segurança e poderiam espalhar o vírus sem o saberem, colocando em risco todas as outras à sua volta. Temos observado muitos exemplos destes casos. Todos queremos voltar ao normal, mas só o conseguiremos se agirmos e testarmos de uma forma responsável e precisa”, explica Laura Brum, diretora médica da SYNLAB Portugal.
Dados Synlab
Azul: distribuição de 236 resultados positivos de mais de 20.000 testes RT-PCR realizados num grupode trabalhadores, classificados por valores Ct. O valor mediano foi de 29,0, o intervalo foi 10,4-37,3.
Laranja: Um segundo grupo de 118 indivíduos RT-PCR positivos foi simultaneamente testado com RT-PCR e um conhecido TRAg. A percentagem de positivos TRAg estão agrupados por intervalos Ct
Azul: Os 236 resultados RT-PCR positivos ordenados por valor Ct (cf. Figura 1).
Laranja: Resultados previstos de TRAg nos mesmos indivíduos, com base na sensibilidade observada a diferentes valores Ct. As diferenças de altura entre as barras azuis e laranja demonstram os resultados falso-negativos previstos no TRAg; neste exemplo, prevê-se que o RAT falhe 38% em indivíduos SARS-CoV-2 positivos.
Outras fontes:
– Hospitais Universitários de Genebra
– Lancet Microbe 2020
“Os doentes com infeção por SARS-CoV-2 são provavelmente mais infeciosos na primeira semana da doença, enfatizando a importância do isolamento imediato com início precoce dos sintomas no decurso da doença”.
– Journal of Clinical Virology
– FDA (Food and Drug Administration) dos E.U.A.
Sobre a Symlab
O Grupo Synlab é o líder europeu em serviços de diagnóstico médico, com mais de 500 milhões de análises realizadas anualmente nas áreas de Medicina Humana e Veterinária, Indústria Farmacêutica e Ambiental.
Com uma equipa multidisciplinar de mais de 20.000 colaboradores, está presente em mais de 40 países e alcançou uma posição de liderança nos principais mercados. Mais informação em www.synlab.pt.